O FRACASSO DAS NEGOCIAÇÕES PARA UM ACORDO GLOBAL DO CLIMA, QUE PASSARAM NO ANO PASSADO PELA DINAMARCA, NÃO FORAM SUFICIENTES PARA QUE O PAÍS DESISTISSE DE SER LÍDER MUNDIAL EM IDEAS VERDES. NEM QUE SEJA FEITO COM BASE EM ALTOS IMPOSTOS.
COM TAXAS BASTANTE "GORDAS", O GOVERNO DINAMARQUÊS ESTÁ CONSEGUINDO, POR EXEMPLO, REDUZIR A EMISSÃO DE CO2 NOS TRANSPORTES E DIMINUIR O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA PELA POPULAÇÃO.
COPENHAGUE, A CAPITAL DO PAÍS, POSSUI 350 KM DE CICLOVIAS. HOJE, 37% DOS MORADORES DE COPENHAGUE PERCORREM DE BICICLETA 1,2 MIL KM PELAS RUAS DA CIDADE. O MOTIVO DE TANTAS BIKES NAS RUAS É SIMPLES: UM CARRO NA DINAMARCA CUSTA CARO, E CERCA DE 60% DO PREÇO DOS CARROS VAI PARA IMPOSTOS.
"TEMOS UMA POLÍTICA DE IMPOSTOS AGRESSIVA. É UMA MANEIRA DE ATRAIR AS PESSOAS ECONOMICAMENTE PARA A QUESTÃO AMBIENTAL", DIZ LARS HANSEN, DA ASSOCIAÇÃO DE ENERGIA DINAMARQUESA.
" OS VEÍCULOS ELÉTRICOS TÊM MENOS IMPOSTOS E A PARTIR DO ANO QUE VEM ESTARÃO MAIS BARATOS", DIZ HANSEN. BOA PARTE DOS TÁXIS DINAMARQUESES SÃO ELÉTRICOS E APRESENTAM O SELO VERDE.
PARA APAGAR A LUZ
AS CONTAS DE ENERGIA ELÉTRICA, POR SUA VEZ, TÊM UMA INCIDÊNCIA DE 50% DE IMPOSTOS. O OBJETIVO É MOTIVAR OS DINAMARQUESES A EVITAREM DESPERDÍCIOS.
OS DINAMARQUESES TAMBÉM PODEM OPTAR PELO CONSUMO DE ENERGIA RENOVÁVEL, COMO A EÓLICA, PAGANDO CERCA DE 20 EUROS A MAIS POR TRIMESTRE NAS CONTAS DE LUZ.
QUESTÃO CULTURAL
O AUMENTO DE IMPOSTOS PARA INCENTIVAR, POR EXEMPLO, O USO DE BICICLETAS PODERIA NÃO DAR CERTO NO BRASIL.
" NOS PAÍSES COM DESIGUAL DISTRIBUIÇÃO DE RENDA, OS MAIS RICOS PAGARIAM AS CONTAS ALTAS E OS MAIS POBRES SIMPLESMENTE NÃO TERIAM COMO PAGAR", DIZ KRIESTIAN OLSEN, DO CONSÓRCIO CLIMÁTICO DA DINAMARCA.
COMO PODEMOS PERCEBER O MUNDO APRESENTA BONS EXEMPLOS DE USO SUSTENTÁVEL DE ENERGIA. SERÁ QUE OS ESPECIALISTAS DINAMARQUESES ESTÃO CERTOS EM RELAÇÃO A REALIDADE BRASILEIRA? SERIA O CASO DE UMA VERDADEIRA EDUCAÇÃO AMBIENTAL? EFEITO "MARINA SILVA" NO BRASIL? POST E COMENTE A RESPEITO DA GEOPOLÍTICA DAS FONTES DE ENERGIA E A SUSTENTABILIDADE DE SEU USO EM UMA SOCIEDADE DE CONSUMO. 21/10/10
8 comentários:
Acho que não pondemos comprar a realidade da Dinamarca com a brasileira. Somos MUITO dependentes da energia elétrica e isso fica meio obvio com o numero de hidro-eletricas que nos possuimos. E acho que para começar a pensar em questões ambientas e etc, problemas QUE EU JULGO mais importatntes devem ser parcialmente resolvidos como a educação e a DISTRIBUIÇÃO DE RENDA. Acho que um país com esses dois aspectos bem desenvolvidos pode se voltar para questões ambientais, até pq no mundo capitalista em que vivemos não tem outro jeito. "Ta no inferno, abraça o capeta".
AWAY
Meu primeiro pensamento foi "é claro que os especialistas estão certos". Dá, ao menos, p imaginar isso aqui no Brasil? ...
Nossa "solução", a medida que acalma os brasileiros e satisfaz toda a população é justamente o contrário, diminuir os impostos. (Poder comprar é poder ser feliz na linguagem popular, grosseiramente falando). Qual é o governo que vai se atrever a fazer o contrário em prol do amadureciemnto da cultura de "consciência verde" do país? Como dizem, neguinho e branquinho iam cair matando.
Estamos muito acostumados (e acomodados) à nossa disponibilidade de energia e espaço, desconstruir esses padrões dando lugar a outros mais econômicos é missão quase impossível.
Não digo que é utopia chegar onde se encontra a Dinamarca, mas muitas Marina's Silva teriam que assumir a presidência antes disso acontecer.
Não podemos cair na ilusão de que a simples transpoisção de ideias e medidas que por ventura deram certo em algum outro lugar vão dar ao Brasil o necessário e, ainda que pouco, almejado status de ecologicamente sustentável. De fato, aumentar os impostos sem reduzir a corrupção no nosso país seria infrutífero como medida de redução da insustentabilidade e só aumentaria o problema. Contudo não creio que o Brasil deva esperar algum milagre econômico ou educacional para começar a se preocupar com o meio ambiente. Não, devemos desde já colocar a conservação do meio em nossas pautas de discussão desde já, afinal está mais que provado que esta é uma questão urgente.
O Brasil precisa se tornar um país mais justo socialmente, a população precisa ter acesso a saneamento básico, saúde, educação, segurança... mas por que não colocar neste rol o próprio meio ambiente? Afinal, o brasileiro de modo geral é conhecido por sua criatividade, então vamos criar soluções criativas que sejam efetivas em nosso país!
Essa frase de Kriestian Olsen tem procedência, afinal, Dinamarca e Brasil tem diferenças abismais, tanto na distribuição de renda (a Dinamarca é um dos países com mais igualdade de riqueza do mundo) quanto na extensão territorial, que eu imagino seja importante levarmos em conta, uma vez que medidas agressivas como essas devem mexer com toda a "estrutura" do país. Penso que a preocupação EFETIVA com o meio ambiente ainda vai demorar no Brasil, afinal, tudo aqui é burocracia, burocracia, burocracia. Mas parabéns à Dinamarca, tomara que achemos uma solução viável para o nosso país também. :)
Uma alteração dos meios de transporte no Brasil , tal como existe na dinamara, seria algo bem interessante pensando na proteção do meio ambiente.Com a taxação incidindo fortemente em veículos particulares a população seria forçada a optar pelos meios de transporte públicos.Entranto, é preciso primeiro aprimorar as frotas de ônibus sucateados que andam pelas ruas.Mas... como nem tudo são flores, as montadoras fariam o que for preciso pra impedir alguma mudança nesse sentido.Funcionando como "indústrias circo" elas optariam por países com leis ambientais menos rígidas e , dessa forma,desestrutaria a circulação de cargas e pessoas.A Dinamarca e os demais países nórdigos são bons exemplos para proteção ambiental.Está aí um bom caminho a ser seguido pelo Brasil, nem que para isso devamos esperar mais tempo..!
Não acho que seria impossível a implantação de medidas que preservem o meio ambiente aqui no Brasil, como fez a Dinamarca. Todos os paises, independentes de serem desenvolvidos ou não, precisam se dar conta da necessidade de ideias verdes, não pensando somente no benefício particular, mas do mundo inteiro. O grande problema é a forma de implantar essas novas medidas, que são realmente novas em todos os aspectos. Preservar efetivamente o meio ambiente, requer abrir mão de coisas que a sociedade capitalista de consumo com certeza vai sentir falta. No Brasil cabem muitas medidas, mas radicalizar (no melhor sentido da palavra), como fez a Dinamarca, ainda não estamos preparados. São paises diferentes, com realidades diferentes, niveis de desigualdade, alfabetização... também diferentes e exatamente por isso precisam ser tratados sobre outra ótica. Implantar medidas como aumento dos impostos causaria uma verdadeira revolta na população. Os brasileiros precisam antes de tudo, se acostumar com a ideia. Afinal de contas... preservar o meio ambiente tem e deve ser uma decisão de todos !
Não acho que o Brasil seja capaz de suportar medidas tão drásticas, como as que a Dinamarca tomou, pois é claro que para que essas sejam efetuadas outros problemas devem antes ser resolvidos, o que não quer dizer que o meio ambiente deva ser deixado de lado até que esses outros problemas se resolvam, não é necessário mudar da água para o vinho do dia para a noite, mas o Brasil poderia começar com coisas menores, e com o passar do tempo ir ampliando as medidas e um dia alcançar o patamar de países como a Dinamarca, mesmo que Marina fosse a presidente eleita, não acho que seria possível uma mudança tão radical no Brasil.
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