Primeiro satélite dedicado a vigiar asteroides é lançado

Posted by João Luis


O primeiro telescópio espacial especificamente dedicado à busca de asteroides foi lançado nesta segunda (25) com sucesso.
Do tamanho de uma mala grande e batizado de NEOSSat (Satélite de Vigilância de Objetos Próximos à Terra, na sigla em inglês), o aparelho foi desenvolvido pela Agência Espacial do Canadá e custou cerca de R$ 50 milhões.
O satélite circulará a Terra cada cem minutos e será posicionado a 800 km do planeta. Por sua localização, ele conseguirá vasculhar uma área bem próxima ao Sol, até cerca de 45º. Essa região é de difícil observação pelos telescópios terrestres, que atualmente fazem o grosso do monitoramento.
Editoria de Arte/Folhapress
Uma outra vantagem é que, diferentemente dos em solo, o espacial vai operar o dia inteiro. Os de solo só funcionam durante a noite.
Além dos bólidos, o satélite canadense também vai prestar atenção ao lixo espacial --como resto de satélites e foguetes. O objetivo é evitar que eles colidam com algum satélite operacional.
O dispositivo tirará centenas de imagens por dia, que serão enviadas para pesquisadores no Canadá. São eles que vão determinar se o asteroide é novo ou já catalogado, além de sua trajetória e o potencial risco de colisão.
Editoria de Arte/Folhapress
Pequeno caçador satélite asteroide
Pequeno caçador satélite asteroide
Os criadores do satélite deixam claro, no entanto, que o objetivo não é apenas encontrar bólidos que possam ser perigosos. Eles querem entender melhor do que são feitos e como se comportam asteroides que ficam inteiramente, ou durante boa parte do tempo, na órbita da Terra.
Isso poderia contribuir para futuras pesquisas científicas ou para a mineração.
O dispositivo conseguirá identificar asteroides entre 50 milhões e 100 milhões de quilômetros de distância.
O telescópio foi elaborado para achar grandes objetos, com mais de algumas centenas de diâmetro. Asteroides pequenos, como o de 17 metros que explodiu sobre a Rússia há pouco mais de uma semana, não serão detectados pelo aparelho.
ATENÇÃO AOS PEQUENOS
Na opinião de Scott Hubbard, professor da universidade Stanford e um dos diretores da Fundação B612, ONG que reúne cientistas e astronautas e alerta para o perigo da colisão de asteroides, o grande problema hoje são os pequenos objetos.
"A Nasa está fazendo um bom trabalho de monitoramento e localização dos grandes asteroides. O que falta mesmo é prestar atenção aos pequenos corpos", disse Hubbard àFolha.
Sua fundação pretende construir e lançar um satélite bem maior que o canadense, batizado de Sentinela, para identificar também esses objetos menores.
Segundo o cientista, o ideal é localizar os asteroides com muito tempo de antecedência, para que haja tempo para decidir o que fazer.
Umas das possibilidades deverá ser testada em 2022 por americanos e europeus para desviar o asteroide Didymos. Trata-se de um sistema binário com um objeto menor que orbita o maior. O objetivo dos cientistas é lançar o menor sobre o maior, alterando o sistema e desviando sua trajetória.
Monitorar o espaço deixou de ser ficção a muito tempo. A preocupação da comunidade terrestre vai além dos problemas terrenos. Será que temos competência para evitar uma catástrofe vinda do espaço? Aguardar e verificar. Post a respeito da temática! 28/02/13

Mesmo sem base própria após incêndio, Brasil continua a enviar cientistas à Antártida

Posted by João Luis


Palmas, gritos e assobios ecoam pelo avião de carga barulhento e frio da Força Aérea Brasileira.
Apesar das quase três horas viajando "joelho com joelho", apertados em duas longas fileiras de bancos não reclináveis, cerca de 30 cientistas estão entusiasmados na chegada à Antártida.
Passa das 15h quando eles colocam os pés na base chilena Presidente Eduardo Frei, cuja pista de pouso de apenas 1.300 metros é a porta de entrada de pessoal e suprimentos para muitas das instalações científicas do continente gelado.
Junto com pinguins e baleias, uma legião de cientistas desembarca por lá a cada verão antártico. Eles só têm o período de outubro a março para o trabalho de campo.
O Brasil fez sua primeira Operantar (Operação Antártica) em 1982. Desde então, há operações regulares.
A Folha acompanhou, no início de fevereiro, o desembarque e parte do trabalho de militares, cientistas e pessoal de apoio na operação 31, a primeira após o incêndio que destruiu a Estação Antártica Comandante Ferraz, em fevereiro de 2012, quando dois militares morreram.
MIGRAÇÃO
Mesmo sem sua "casa" no gelo, o país não parou sua atividade científica no continente. "O Brasil tem um longo e consolidado trabalho na Antártida e que, cada vez mais, não se resume à base", diz Jefferson Simões, coordenador de projetos científicos do Proantar (Programa Antártico Brasileiro) e diretor do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Hoje, o coração das operações científicas brasileiras são duas milionárias embarcações: os navios de apoio oceanográfico Ary Rongel e Almirante Maximiano.
Editoria de Arte/Folhapress
Apelidado de "Tio Max" por sua tripulação, o Almirante Maximiano foi reformado para atender às principais demandas dos cientistas.
Com mais de R$ 11 milhões em equipamentos, ele tem um dispositivo com 10 mil metros de corda que é capaz de colher amostras de solo de regiões profundas do oceano.
O navio tem ainda cinco laboratórios, que podem ser configurados de acordo com as necessidades de cada pesquisador. Até 32 deles podem ficar lá confortavelmente.
Um pouco menor, o Ary Rongel, desde 1994 nas operações antárticas, tem três laboratórios e pode receber 27 cientistas.
Nas embarcações, os cientistas têm cinco refeições diárias, acesso à internet e aquecimento. Ainda assim, há quem abra mão do conforto e prefira ficar acampado no meio do gelo.
"É muito mais produtivo para a pesquisa. Não tem de ficar indo e voltando toda hora. Podemos nos dedicar mais intensamente", afirma o botânico Jair Putzke, da Unisc (Universidade de Santa Cruz do Sul), que está em sua 14ª temporada antártica.
As dificuldades logísticas, como levar e trazer todo o material do acampamento --inclusive os resíduos orgânicos--, não desanimam o pesquisador. "Só banho é difícil tomar. Mas nunca vi ninguém morrer por causa disso em um mês", brinca Putzke.
O projeto de estudos do qual o botânico participa investiga a vida vegetal e microbiana em áreas de degelo.
Pesquisas sobre clima e a busca por fósseis são também temas de interesse dos cientistas brasileiros por lá.
As 29 nações com estações de pesquisa na Antártida têm intercâmbio científico ou logístico, o que dá aos brasileiros margem de manobra em seus projetos. O acampamento de Putzke, por exemplo, fica próximo à base uruguaia, o que traz segurança em caso de problemas.
Enquanto a nova base brasileira não fica pronta, o país está instalando módulos emergenciais ao lado da estação destruída. Mas, nos últimos três anos, o Brasil está se aventurando mais para o interior do continente.
"Dizer que se conhece a Antártida bem estando só em Comandante Ferraz é como dizer que se conhece o Brasil todo só tendo pisado no Rio", diz Jefferson Simões, que chefia também o Criosfera 1, um módulo de pesquisa brasileiro a 2.500 km da base que foi destruída, um local com condições climáticas extremas e de difícil acesso.
"Esse é só o primeiro passo. Temos que investir mais", diz Simões, que sonha com mais módulos brasileiros espalhados na Antártida.
A jornalista GIULIANA MIRANDA viajou de Punta Arenas à Antártida a convite da Marinha do Brasil
Após o incêndio que vitimou brasileiros na base científica Comandante Ferraz  na Antártida, o Brasil começa o processo de retorno para continuar suas pesquisas até 2041 (final do tratado da Antártida assinado em 1991). Os trabalhos são valiosos para conhecermos os potenciais verdadeiros do continente gelado.  26/02/13 

União Europeia prevê que zona do euro só voltará a crescer em 2014

Posted by João Luis



A Comissão Europeia (braço executivo da União Europeia) previu que a zona do euro não deverá voltar a crescer até 2014, em relatório publicado nesta sexta-feira. A estimativa revisa as previsões de crescimento após a forte recessão no quarto trimestre.
Nos últimos dois meses, o presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mario Draghi, disse que o conjunto dos 17 países da moeda única deveria se recuperar no segundo semestre deste ano. No entanto, os últimos dados sobre o crescimento e os cortes fiscais nos integrantes da euro deixaram a desejar.
O grupo prevê que a economia da zona do euro irá encolher 0,3%, menos que a alta de 0,1% estimada no final de 2012, em mais um ano de recessão. No ano passado, o PIB da região se contraiu 0,6%, puxado pelas dificuldades na França e na Alemanha, as maiores economias do bloco.
A alta do PIB só deverá voltar em 2014, quando está previsto um crescimento de 1,4%. O principal motivo é o pouco crescimento do crédito pessoal e a fraqueza no curto prazo para a melhora na atividade econômica dos países.
No conjunto da União Europeia, que inclui os outros 11 países que não usam o euro, o crescimento deverá ser de 0,1% em 2013, enquanto em 2014 a alta prevista é de 1,6%. Apesar dos maus resultados, a Comissão Europeia diz que o pior da crise já passou, devido ao aumento das exportações e à recuperação do consumo.
DESEMPREGO
A preocupação com as taxas de desemprego e inflação continuam na agenda da Comissão Europeia. Devido à crise, o percentual de pessoas sem trabalho deverá subir na União Europeia e na zona do euro, atingindo novos recordes históricos.
A previsão para 2013 nos 17 países da moeda única é de 12,2%, atingindo 19 milhões de pessoas. O cenário ruim nos países mais afetados pelas dificuldades financeiras, como Espanha e Grécia, influenciarão o novo recorde. No bloco de 27 países, a previsão é de taxa de 11,1%.
Já a inflação deverá se manter abaixo de 2%, a meta considerada saudável pelo BCE. A previsão para 2013 é de alta de 1,8% nos preços na zona do euro e em 2014 chegará a 1,7%. Na UE, os índices devem se manter em torno de 1,5% nos dois anos.
A baixa inflação pode incentivar o BCE a diminuir as taxas de juros, que estão há dois anos em 0,75%, como forma de pressionar um aumento do crescimento na região.
E a Inglaterra vibra com a falta de competência da zona do euro. Post e comente a temática! 22/02/13

Eventos climáticos extremos se intensificam

Posted by João Luis


O ano de 2012 provavelmente ficará na história como um período de eventos climáticos extremos, tendência que tem se mantido nas primeiras semanas de 2013.
A China vem enfrentando o pior inverno dos últimos 30 anos; a Austrália sofre com queimadas por todo o país e teve nos quatro últimos meses de 2012 os mais quentes da sua história; o Paquistão foi inundado por enchentes inesperadas em setembro; o Brasil teve uma de suas primaveras mais quentes e, nos EUA, o último ano teve a temperatura média mais alta na parte continental.
Menahem Kahana - 10.jan.13/AFP
Vinte centímetros de neve caíram nesta semana em Jerusalém, cobrindo as ruas e até as palmeiras; tempestade foi a pior em 20 anos
Vinte centímetros de neve caíram nesta semana em Jerusalém, cobrindo as ruas e até as palmeiras; tempestade foi a pior em 20 anos
"Todo ano temos tempo extremo, mas é estranho ter tantos eventos extremos ao redor do mundo de uma só vez", disse Omar Baddour, da Organização Meteorológica Mundial.
No Brasil, ainda não há dados consolidados sobre a temperatura média do ano passado, mas, para Jose Marengo, pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), os dados até agora apontam uma situação parecida com a dos EUA. "Em 2012, especialmente a partir de setembro, batemos recordes de temperatura."
No âmbito mundial, as temperaturas foram altas também. Estimativas da Organização Meteorológica Mundial mostram que, entre janeiro e outubro de 2012, a temperatura média foi cerca de 0,5º C acima da média do mesmo período entre 1961 e 1990, o que deve levar o ano passado a ser o oitavo ou nono mais quente desde 1850.
Greg Wood - 10.jan.13/AFP
Árvore após incêndio florestal que atinge parte da Austrália, que vive uma forte onda de calor
Árvore após incêndio florestal que atinge parte da Austrália, que vive uma forte onda de calor
Poderia ter sido pior, mas o ano começou com a presença do fenômeno climático La Niña, que provoca um resfriamento anormal no oceano Pacífico tropical. A média de temperatura registrada nos três primeiros meses do ano foi a menor desde 1997.
Marengo destaca a onda de calor que atingiu o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil entre 28 e 31 de outubro como um dos evento mais surpreendentes de 2012. A temperatura na capital paulista chegou a 36,6º C no dia 30. "Essas temperaturas não são esperadas na primavera."
No plano mundial, segundo o pesquisador, o efeito do furacão Sandy sobre a cidade de Nova York no fim de outubro foi bastante marcante.
"Em um país que está tão preparado para as mudanças climáticas, com sistemas de alarmes e abrigos, o furacão parou sua cidade mais importante. Isso mostra que ninguém está preparado para um evento extremo."
AQUECIMENTO GLOBAL
Para Baddour, o aumento da frequência dos eventos extremos é um sinal de que a mudança climática não virá só na forma de aumento das temperaturas e sim como anomalias intensas e desagradáveis.
Mas, segundo Marengo, é difícil dizer qual é o peso da atividade humana nesses acontecimentos.
"O que é possível dizer hoje é que existe um componente humano nos eventos climáticos. O que não foi demonstrado ainda é o tamanho desse impacto".
Para este ano, o pesquisador espera anomalias de temperatura nos chamados meses de intervalo, como maio e outubro. "No ano passado tivemos um maio muito frio e uma onda incrível de calor em outubro."
Com o "New York Times"
As questões das mudanças climáticas já estão no limite da reversão do quadro. Fica muito difícil saber quem são os culpados. A única certeza é que a natureza devolve a problemática de forma exponencial. Post e comente a temática! 22/02/13

Estados Nacionais

Posted by João Luis


A formação dos Estados Nacionais  aconteceu no período da história europeia compreendido na Baixa Idade Média  (Séculos XI a XIV), onde após a fracassada pretensão da Igreja de Roma de unificar o continente sob sua batuta, os diferentes povos europeus começaram a unir-se em torno de um grande líder, que fosse mais forte que os líderes regionais para unificar as diferentes e fragmentadas regiões que formavam a “colcha de retalhos” que era o mapa europeu da época.
Luís XIV da França, o "Rei Sol"
Com essa nova configuração sócio-política, os reis passaram a assumir um perfil próximo ao do absolutismo, que teve seu auge com Luís XIV (o autor da famosa frase “o Estado sou eu“), e através desta força do monarca, subjugando os líderes locais é que o Estado Nacional moderno como conhecemos hoje pôde surgir.
Com exceção do Sacro-Império Romano Germânico e dos Estados Italianos, que continuaram mantendo uma estrutura medieval, ou seja, de fragmentação em mini-estados dentro de uma pseudo-coletividade até cerca do século XIX, toda a Europa seguiu gradualmente em direção à construção dos Estados modernos que conhecemos ainda hoje, sendo o primeiro deles Portugal, em 1140, resultado dareconquista cristã da Península Ibérica.
Importante notar que a burguesia da época deu o apoio decisivo para que os estados nacionais se formassem.
A força de líderes locais era um obstáculo deveras negativo para o desenvolvimento do comércio trans-europeu e das atividades financeiras, já que cada senhor local estabelecia suas próprias taxas, leis e regulamentações.
O poder centralizado obviamente interessava ao monarca, particularmente, pois a nova ordem trazia o seu fortalecimento político, uma maior atuação administrativa e uma maior independência do poder da igreja.
Assim, o rei podia livremente exercer dentro de seu reino suas convicções, ideias e valores, algo que antes da origem do Estado Nacional era tolhido pela ação dos líderes regionais. Assim, é natural que tenha ocorrido uma aliança entre reis e burguesia, pois a liberdade de ação que a nova situação proporcionava a ambos era extremamente vantajosa.
Para a consolidação de tal realidade fazia-se necessário a formação de uma burocracia  política e administrativa, bem como a de um exército nacional, obra a ser financiada pelos impostos cobrados à população, além do financiamento proporcionado por ricos banqueiros e comerciantes. Com esses importantes financiamentos, esses capitalistas pioneiros tornam-se patronos do Estado, recebendo vantagens comerciais e alfandegárias, desse modo, uma classe apoiava-se na outra, garantindo a realidade que permitia a uma classe a existência da outra.
Do outro lado, os antigos senhores feudais locais começam a formar a classe da aristocracia, que, para manter o status quo, era virtualmente “sustentada” pelo monarca e pela burguesia, mantendo assim, o reino em paz, livre de conflitos internos. Tal situação transformava esses nobres numa classe parasitária, que de fato, em nada contribuía para o progresso social ou econômico do reino, vivendo às custas deste.
Tal contradição no sistema social do Estado Nacional iria entrar em crise por volta do século XVIII, época da Revolução Francesa e da independência norte-americana, onde a situação de parasitismo da nobreza causou uma situação insustentável, que drenava as riquezas do estado, mantendo a população em um estado de pobreza inaceitável, causando, enfim, a extinção do estado absolutista, com um monarca forte.
Comente a temática proposta e bons estudos! 15/02/13 
Bibliografia:
http://ceejohistoria.blogspot.com/2008/12/formao-dos-estados-nacionais.html
http://www.piracaia.com/index.php?option=com_content&view=article&id=198:formacao-dos-estados-nacionais&catid=53:kin&Itemid=120

Dados mostram que Antártida e Groenlândia passam por degelo acelerado

Posted by João Luis


Os mantos de gelo da Antártida e da Groenlândia estão em derretimento acelerado e perderam 4 trilhões de toneladas nas últimas duas décadas. O valor representa 20% da água que causou um aumento de 55 mm no nível dos mares nesse período.
Os números vêm de um mutirão científico que produziu um número de consenso, ao reunir dados que antes pareciam discordantes.
Ian Joughin/Divulgação/Science
Canal formado por derretimento de gelo na Groenlândia
Canal formado por derretimento de gelo na Groenlândia
Num estudo descrevendo o trabalho na revista "Science", os autores afirmam que o resultado é compatível com o cenário de aquecimento global e que o problema deve se agravar nas próximas décadas, apesar de ainda não ser possível dizer o quanto.
"Nossa estimativa é duas vezes mais precisa do que a apresentada pelo IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática] em seu ultimo relatório, graças a inclusão de mais dados de satélite", disse Andrew Shepherd, climatólogo da Universidade de Leeds (Reino Unido) que liderou o estudo.
O trabalho todo reuniu 47 cientistas de 26 laboratórios e cruzou informações coletadas por dez satélites, usando quatro técnicas diferentes.
A situação mais preocupante, segundo o estudo, é na Groenlândia, onde a redução do manto de gelo é dois terços do total global. Na Antártida, a porção oriental do continente teve um tênue aumento em seu manto, mas as perdas ocorridas no lado ocidental foram muito maiores, fazendo o saldo ficar negativo.
A perda de massas continentais de gelo ainda é um componente menor dentro dos fenômenos que contribuem para o aumento no nível do mar. O fator que mais influencia a subida da linha d'água é a expansão térmica: quando a água se aquece, ocupa maior volume. Mas isso pode, e deve, mudar.
"A Groenlândia perde massa cinco vezes mais rápido hoje do que no início dos anos 1990", diz o geocientista Erik Ivins, da Nasa, co-líder do estudo.
"A Antártida parecia estar mais ou menos constante, mas na última década aparentemente sofreu uma aceleração de 50% na taxa de perda de gelo."
Ian Joughin/Divulgação/Science
Rachaduras no gelo da Antártida, ao longo da costa Amundsen
Rachaduras no gelo da Antártida, ao longo da costa Amundsen
Em entrevista coletiva anteontem, porém, os autores do estudo se disseram incapazes de prever quão rápido isso deve acontecer.
INCERTEZAS
Simulações de computador que tentam prever o aumento total do nível do mar até 2100 em razão do aquecimento global variam radicalmente. O último relatório do IPCC trabalha com uma variação entre 20 cm e 60 cm, mas previsões recentes mais sofisticadas indicam que o nível do mar pode subir de 75 cm a 1,85 metro neste século.
Os dados publicados hoje na "Science" vão permitir a criação de modelos com menos incerteza.
Mesmo que a taxa de degelo na Antártida e na Groenlândia siga sem acelerar, há razão para preocupação.
"Com 11 mm de aumento no nível de um oceano inteiro, a massa adicional de água que pode atingir um litoral durante uma tempestade aumenta muito", diz Ivens.
"E, quando há mais massa numa onda no mar, a capacidade dessa onda de transportar energia muda. O processo é bem mais complicado."
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress

Post e comente a temática proposta! 13/02/13

Coreia do Norte confirma ter realizado seu terceiro teste nuclear

Posted by João Luis


A Coreia do Norte informou nesta terça-feira que realizou "com sucesso" o seu anunciado terceiro teste nuclear, depois dos produzidos em 2006 e 2009, segundo a agência estatal KCNA.
Pouco tempo antes, o governo sul-coreano também confirmara o teste após detectar um terremoto de pouco mais de magnitude 5 no condado de Kilju, que abriga a base de Punggye-ri, na qual teria ocorrido a detonação.
A Coreia do Norte destacou que o teste nuclear de hoje teve "maior nível" que os anteriores, em 2006 e 2009, e informou que conseguiu reduzir o tamanho e o peso da bomba, em uma mostra que o país avançou em seu objetivo de dotar seus mísseis balísticos de capacidade atômica.
O regime de Kim Jong-un qualificou sua ação como uma "medida prática" para fazer frente às "hostilidades" dos Estados Unidos, país que há alguns dias o líder norte-coreano chamou de "inimigo jurado".
A agência estatal do regime confirmou que os resultados das medições do teste nuclear cumprem com as previsões e que "não teve impacto algum sobre o meio ambiente da região".
Em janeiro, a Coreia do Norte ameaçara realizar um teste nuclear como resposta à resolução tomada pelo Conselho de Segurança da ONU, que ampliou as sanções ao país comunista como castigo pelo recente lançamento de um foguete de longo alcance.
A Coreia do Sul, atual presidente do Conselho de Segurança da ONU, convocou uma reunião de urgência após o teste nuclear norte-coreano. De acordo com a emissora CNN, o encontro contecerá na sede do organismo, em Nova York, às 9h locais (12h de Brasília).
E a ameaça nuclear continua. Post e comente a temática! 13/02/13