Organização pede à Unasul para atuar em caso de abusos na Venezuela

Posted by João Luis

A organização Human Rights Watch (HRW), que atua na defesa dos direitos humanos, pediu hoje à União de Nações Sul-americanas (Unasul) para “estimular o governo venezuelano a abordar imediatamente a grave situação na área”, em carta enviada a vários ministros dos Negócios Estrangeiros. A carta refere-se a um relatório da HRW sobre a situação no país sul-americano desde o início, em 12 de fevereiro, das manifestações que ocorrem quase diariamente.
“Enquanto diversos organismos internacionais, incluindo relatores de direitos humanos das Nações Unidas e do Parlamento Europeu, expressaram a sua preocupação com as violações de direitos humanos na Venezuela, a Unasul não condenou os gravíssimos abusos cometidos por agentes estatais venezuelanos”, diz o diretor da HRW para as Américas, José Miguel Vivanco.
A carta foi endereçada aos ministros dos Negócios Estrangeiros da Argentina, do Brasil, Chile, da Colômbia, do Equador, Peru e Uruguai.
A organização de defesa dos direitos humanos apela à Unasul para que “perante a inexistência, na Venezuela, de um poder judicial independente capaz de travar os abusos do governo (…) exorte a administração de [Nicolás] Maduro a proteger os direitos dos manifestantes”, em alusão ao Tratado Constitutivo da Unasul de 2008.
O tratado estabelece que “tanto a integração quanto a união sul-americana se fundam nos princípios da democracia - participação cidadã e pluralismo e direitos humanos universais, indivisíveis e interdependentes”, lembra a HRW.
E agora fica a pergunta no ar. A Venezuela é ou não é uma ditadura de esquerda? Post e comente a temática! 27/06/14. 

Coreia do Norte lança 3 mísseis no mar japonês

Posted by João Luis

A Coreia do Norte lançou em sua costa oriental três mísseis de curto alcance, que caíram nas águas do mar do Japão. A informação foi divulgada pela agência de notícias sul-coreana Yonhap. Os vetores teriam sido lançados hoje, 26, de um campo militar vizinho à cidade portuária de Wonsan, na costa oriental do país, e teriam caído em águas internacionais no mar do Japão. 
"O alcance foi de cerca de 190 quilômetros e agora estamos examinando exatamente o tipo de mísseis utilizados pela Coreia do Norte", afirmou uma fonte, revelando que os modelos KN-09 de 300 milímetros têm uma cobertura semelhante. Nos últimos meses, principalmente em março, a Coreia do Norte testou mísseis de diversos tipos em sua costa oriental diretamente no mar do Japão para protestar contra os exercícios militares conjuntos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, tachados como "atos hostis" e uma "prova geral" para invasão.
E nada muda no "mar do japão"! Post e comente a temática! 27/06/14.

Iraque vive nova onda de violência; entenda os pontos do conflito

Posted by João Luis

Combatentes sunitas executam soldados iraquianos vestidos de civis capturados de uma base em Tikrit (Foto: AP)

Iraque vive no último mês uma nova onda de violência que ameaça se transformar em uma guerra civil. O grupo muçulmano sunita Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL, também conhecido como Isis) tomou importantes cidades do norte e anunciou que levará a batalha até a capital, Bagdá, e cidades do sul. Ele quer criar um califado entre o Iraque e a Síria que siga a lei islâmica, a Sharia. O Ocidente se organiza e os Estados Unidos enviaram um porta-aviões ao Golfo. Washington cogita até uma ação conjunta com o Irã para impedir o avanço do grupo, simpatizante da rede Al-Qaeda.
Como surgiu o EIIL?
O EIIL surgiu a partir do Estado Islâmico no Iraque (EII), o braço iraquiano da Al-Qaeda dirigido por Abu Bakr al-Bagdadi. Em abril de 2013, Bagdadi anunciou que o Estado Islâmico do Iraque e a Frente Al-Nosra, um grupo jihadista presente na Síria, se fundiriam para se converter no Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL).

A Al-Nosra nega-se a aderir a este novo movimento e os dois grupos começaram a agir separadamente até o início, em janeiro de 2014, de uma guerra entre eles. O EIIL contesta abertamente a autoridade do chefe da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, e rejeita seu pedido de que se concentre no Iraque e deixe a Síria para a Al-Nosra.
A campanha do EIIL, que tomou partes do Iraque, é ajudada por sunitas descontentes com o governo do presidente alauíta da Síria, Bashar Al-Assad, e com a administração xiita iraquiana - dois estados cujas fronteiras foram desenhadas por França e Inglaterra após a Primeira Guerra Mundial. O objetivo é criar um califado entre os dois países baseado na lei islâmica, a Sharia.
Então, essa disputa começou a se desenhar na 1ª Guerra Mundial?
Os países árabes conseguiram manter, décadas após a independência, as fronteiras demarcadas pelos europeus há quase um século - em parte por imposição de governos autoritários que controlavam a enorme mistura de etnias dentro de seus territórios.

mapa iraque jihadistas (Foto: Arte/G1)
Os limites e regimes do Oriente Médio definidos por um acordo de 1916. Segundo o ele, o Reino Unido e a França dividiram as terras do meio leste do Império Otomano em esferas de influência e uma série de pequenos tratados após o final da Primeira Guerra Mundial definiram as fronteiras finais, criando o Líbano, a Síria, o Iraque, a Jordânia e o mandato britânico na Palestina (que abriria caminho para a criação de Israel). As linhas foram traçadas de acordo com os interesses dos europeus, sem preocupação com o que acontecia com as populações dos territórios.
Mais recentemente, em especial os três anos de revoltas árabes, liberou antigas alianças e ódios que cruzam fronteiras - o que pode redefinir Estados e poderes na região. A animosidade entre muçulmanos xiitas e sunitas, os troncos rivais do Islã, podem ser os confrontos mais profundos.
A intervenção americana no Iraque tem relação o que está acontecendo?
A invasão do Iraque e consequente derrubada de Saddam Hussein fez com que se instalasse um governo controlado pelos xiitas. Com isso, os sunitas perderam poder. Insatisfeitos, começaram a protestar pacificamente em 2012, mas poucas concessões foram feitas, porque os xiitas acreditavam que se tratavam não de pedidos de reforma, mas de uma busca por retomar o poder. Marginalizados, os cerca de 5 milhões de sunitas iraquianos começaram a ver de forma mais simpática as ações armadas do EIIL.

Os EUA podem voltar a ocupar o Iraque?
Os Estados Unidos afirmaram que estão enviando em caráter de urgência centenas de soldadosao país e que poderiam realizar ataques aéreos - e até agir em conjunto com o inimigo Irã - para apoiar o governo iraquiano. Se houver, a ação conjunta será algo inédito desde a revolução iraniana de 1979 - e demonstra a urgência e a preocupação com o avanço da insurgência radical.

O presidente Barack Obama foi o responsável pela saída das tropas americanas do Iraque em 2011, e resiste em enviá-las de volta. O único contingente militar americano lá é a segurança na embaixada americana, cujos funcionários estão sendo retirados.
O chefe de direitos humanos da ONU disse que seguramente o EIIL cometeu crimes de guerra ao executar centenas de homens nos últimos cinco dias no país.
De volta as Guerras Santas. A criação de um novo Estado seguindo a Sharia, seria uma forma de resgatar para os radicais islâmicos o controle soberano dos princípios do Islã. Para o ocidente um perigoso início de levantes no mundo árabe desta natureza. Vale lembrar que o atual governo do Iraque foi colocado no poder pelos Estados Unidos após a morte de Sadam (sunita declarado). Agora mais mortes e estado de guerra civil. Post e comente a temática! 20/06/14.

Esboço de declaração do G7 fala de novas sanções à Rússia

Posted by João Luis

A ação da Rússia na Ucrânia é "inaceitável" e deve ser detida e "não existe futuro para Bashar al Assad na Síria", apontaram membros do G7 durante Cúpula que está sendo realizada em Bruxelas.    
Fontes norte-americanas revelaram hoje, dia 4, partes do esboço da declaração que está sendo elaborada pelos países membros do grupo dos países mais desenvolvidos do mundo, do qual a Rússia foi suspensa temporariamente.    
Os países-membros do G7 ainda se dizem "dispostos" a "intensificar as sanções" contra Moscou, caso seja necessário, apontou o documento.    
O presidente norte-americano, Barack Obama, disse hoje, durante a Cúpula, que o G7 "deve ter uma só voz" diante da crise na Ucrânia.
O presidente russo, Vladimir Putin, por sua vez, disse, em entrevista à rádio francesa Europe 1, ter "esperança" de que a crise na Ucrânia "não seja uma nova fase da Guerra Fria". Ele ainda disse que não é segredo para ninguém "que a política mais agressiva é a norte-americana". Sobre a Síria, o esboço da declaração apontou que foram realizadas "falsas eleições" no país para tentar legitimar o governo de Assad.
Que geopolítica mais confusa temos no início do século XXI. Gritas por identidades nacionais reprimidas, ditadores travestidos de cordeiros do povo e finalmente uma queda de braços entre as super potências da guerra fria. Post e comente a temática! 05/06/14.

Massacre na Praça da Paz Celestial completa 25 anos

Posted by João Luis

Em um clima de patrulha, a China relembra nesta quarta-feira (4) o aniversário de 25 anos do massacre na praça da Paz Celestial, em Pequim. A imagem do homem solitário desafiando uma fila de tanques se tornou o símbolo do movimento pró-democracia que durou sete semanas e foi derrotado pelo Exército.
As autoridades chinesas montaram um forte esquema de patrulha para toda a cidade de Pequim e farão controles mais severos a todos que pretendem visitar a praça hoje. Alguns jornalistas estrangeiros que tentaram chegar à praça foram impedidos, enquanto a rede de Internet permanece lenta e o Google, inacessível.
Nas últimas semanas, de acordo com fontes locais, ao menos 200 pessoas foram presas ou obrigadas a saírem da capital chinesa para evitar qualquer tipo de referência ao massacre.
O Partido Comunista Chinês define o movimento democrático de 1989 um "mote contrarrevolucionário" e se recusa a discutir o massacre e a esclarecer quantas pessoas foram mortas na noite entre o dia 3 e 4 de junho daquele ano. Grupos humanitários, por sua vez, afirmam que são centenas as vítimas, talvez milhares.
Como todos os anos, uma vigília em homenagem aos mortos ocorre no Victoria Park di Hong Hong. Os organizadores preveem a participação de mais de 150 mil pessoas.
Comemorar? Estudante executado? Lembrar sim! Para sabermos qual o preço que o governo chinês cobra da sua população para ser emergente. Post e comente a temática histórica! 05/06/14. 

Juan Carlos: chega ao fim um reinado de polêmicas

Posted by João Luis

Após um governo marcado por polêmicas, o rei da Espanha, Juan Carlos, abdicou ao trono nesta segunda-feira (2). Em seu discurso, o monarca alegou que o filho, Felipe de Borbón, está pronto para assumir o comando do país. A renúncia veio em momento propício para um rei que deseja salvar a sua monarquia e, para isso, precisa revigorar a imagem do império. A maior parte da população e os partidos de esquerda querem o fim do regime monárquico. Prova é que uma manifestação, liderada pelos partidos Esquerda Unida e Podemos, foi marcada para esta segunda-feira, pedindo o fim da monarquia. O ato aconteceu em um dos mais importantes pontos turísticos da cidade de Madrid, a praça Puerta del Sol, e reuniu milhares de pessoas. Outros atos aconteceram em mais de 30 cidades espanholas. A ascensão de Felipe tem tudo para ser uma tentativa de renovação e de suavizar as polêmicas do governo Juan Carlos.
O cientista político da Unicamp, Valeriano Costa, lembra que a monarquia espanhola não possui mais tanta força política, mas foi importante na manutenção da estabilidade política em um país com propostas partidárias acentuadamente polarizadas, principalmente após a guerra civil espanhola. Assim, segundo Valeriano, "a monarquia continua sendo importante, mas perdeu sua força de equilíbrio a medida que coisas pontuais, sem muita importância política, mas com repercussão ética bastante negativa, vieram à tona". Dessa forma, as relações entre direita e esquerda se estremeceram, levando a oposição a pedir o fim do regime monárquico.
Juan Carlos anuncia que vai abdicar
Juan Carlos anuncia que vai abdicar
"É um momento delicado para a monarquia. Ela tem pouca relevância política e ainda foi se envolvendo em escândalos. A renúncia de Juan Carlos é uma tentativa de manter a monarquia", avalia o cientista político. Sobre a possibilidade do fim do Império, Valeriano acredita que as chances sejam pequenas. "Quem está no governo é a direita. Embora os grupos pró monarquia não estejam de pronunciando muito, se houver uma mobilização mais intensa pró fim da monarquia, esses núcleos vão se manifestar. Acredito que a República seria uma demanda apenas da esquerda e ela aumentaria os conflitos de interesses", justifica.
Para o professor Kai Kenkel, do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio, a atitude de Juan Carlos, "foi uma tentativa de resgatar a imagem desgastada da família real". O professor explica que a popularidade de seus membros está afetada pelo que chamou de "acúmulos de escândalos e problemas". Kai diz que, em pesquisa popular, 85% da população espanhola era favorável à abdicação.
Sobre a competência de Felipe de Borbón para se tornar rei, Kai avalia que o filho de Juan Carlos tem todas as condições para assumir o cargo. "Ele tem outra formação, diferente do pai. Um outro perfil e uma maior aceitação popular. Acredito que Felipe está bem preparado. Além de tudo isso, ele não tem a imagem manchada com escândalos, não que se tenha conhecimento", analisa Kai.
Escândalos
 Em abril 2012, a Espanha passava por uma grande crise econômica, com a taxa de desemprego superior aos 20%. O rei Juan Carlos, então, adoeceu. Uma queda lhe rendeu uma fratura no quadril. Quando as causas do acidente vieram à tona, o monarca teve que responder por um dos maiores escândalos de seu governo. Presidente de honra de uma das maiores ONGs de ambientalistas do mundo, a WWF, o rei foi caçar elefantes em um safári em Botsuana. Para o passeio, ele teve que desembolsar entre 7 mil e 30 mil euros, preço cobrado para diferentes pacotes de caça na região, além de todas as despesas da viagem de luxo.
Através da internet, mais de 50 mil pessoas se mobilizaram para pedir que Juan Carlos deixasse seu posto na WWF, o que de fato aconteceu. Após 44 anos como presidente honorário, o monarca foi destituído pelo braço espanhol da ONG. Uma assembléia extraordinária foi marcada para discutir o caso e encerrada com 226 votos a favor da decisão e 13 contra. Em nota, a WWF disse que "embora este tipo de caça seja legal e regulamentada, tem recebido muitas manifestações de protesto dos membros afiliados e da sociedade em geral".
A saúde de Juan Carlos foi se tornando preocupante ao longo do tempo. Ao todo, foram nove cirurgias, de 2010 a 2012, algumas também associadas à prática esportiva. Em maio de 2010, o monarca passou pela primeira operação: uma intervenção para retirar um nódulo pulmonar. Um problema no quadril, decorrente da artrose e agravado pela prática esportiva, também levou o rei para a mesa de cirurgia alguma vezes. A mais polêmica foi justamente após o acidente em Botsuana.
As relações familiares de Juan Carlos também estamparam muitas manchetes de jornais e revistas ao longo dos anos. O casamento do monarca passou por uma crise que, ao que tudo indica, nunca se resolveu. Juan Carlos e Sofía se casaram no dia 14 de maio de 1962 e, dessa união, nasceram Elena, Cristina e Felipe. Porém, relatos dão conta de que o rei não se dá com a rainha Sofia e que o casamento se mantém para evitar mais escândalos na família real. Há poucos dias de completarem 50 anos de união, a rainha chegou a falar em separação. O casal não comemorou as bodas de ouro, mas também não se divorciou. Os episódios de infidelidade do monarca muitas vezes foram acobertados pela imprensa espanhola, até o safári de Botsuana. Nas polêmicas fotos tiradas após a caça, o rei aparece ao lado da princesa Corinna zu Sayn-Wittgenstein. A imprensa tomou as dores da rainha Sofía e o caso extraconjugal foi conhecido no mundo inteiro.
Além do casamento conturbado, a filha primogênita, Cristina, assina mais um dos escândalos do pai. Casada com Iñaki Urdangarín Liebaert, o Duque de Palma de Mallorca, a princesa responde a um processo de corrupção e, ao que tudo indica, será indiciada ainda essa semana. A renúncia de Juan Carlos mais uma vez se mostra propícia, tendo sido anunciada antes que a filha fosse condenada. Afinal, o peso maior recairia sobre o pai e não sobre o irmão de uma integrante da família real condenada por corrupção. A questão é que Iñaki Urdangarín está sendo acusado de envolvimento em um esquema de desvio de fundos e lavagem de dinheiro por meio da empresa imobiliária Aizoon, que mantém com a mulher, sendo 50% do capital controlado por cada um.
A suspeita é que a Aizoon tenha envolvimento no caso do Instituto Nóos, que investiga o suposto desvio de dinheiro público para o Instituto através de convênios para a realização de diversos eventos, em 2010. O promotor do caso acredita que não existem evidências que Cristina tenha cometido crimes fiscais, mas entende que a infanta deveria pagar, por responsabilidade civil, pelo menos 600 mil euros, metade do valor recebido pela Aizoon em recursos públicos que, supostamente, teriam sido desviados pelo Instituto Nóos.
Este é um dos episódios mais polêmicos em que a família real já esteve envolvida. Em sua defesa, Cristina sustenta que desconhecia aspectos da gestão da empresa e diz que confia totalmente no marido. O desconforto gerado pelas suspeitas foi tamanho que os filhos do casal começaram a sofrer bullying na escola. A situação se tornou insustentável e a família se mudou para a Suíça.
Em seu discurso de abdicação, o monarca disse que “Felipe encarna a estabilidade e a instituição da monarquia, tem maturidade para reinar e começar uma nova fase, e terá o pleno apoio da esposa Letizia". Com todos os aspectos favoráveis à sua renúncia, Juan Carlos admitiu: "Uma geração mais jovem merece continuar com novas energias”.
Em meio a eterna crise econômica europeia, a Espanha percebeu que manter a nobreza custa muito caro. Agora vai mudar? Renúncia de oportunidade? Que safári caro? Post e comente a temática! 03/06/14.03/06/14.