Turquia inaugura 'obra do século' que liga Ásia e Europa

Posted by João Luis

A Turquia inaugura nesta terça-feira (29) o primeiro empreendimento ferroviário subaquático do mundo a ligar dois continentes. O Marmaray, um túnel de 14 km e com uma parte submersa de 1.400 m, conectará Ásia e Europa sob o Estreito de Bósforo, principal metrópole turca.
"O projeto une os continentes da histórica Rota da Seda", disse o Ministro dos Transportes Binali Yildrim antes da abertura, que coincide com o 90º aniversário da república.
O empreendimento, batizado de "a obra do século", permite ao primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan realizar um projeto imaginado por sultões otomanos há mais de 150 anos. "É o sonho de vários séculos que se torna realidade", declarou Erdogan em agosto, durante a realização dos primeiros testes no túnel sob o mar de Mármara.
Na cerimônia de inauguração, o primeiro-ministro turco será acompanhado pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, diretor financeiro do projeto, que custará ao todo € 3 bilhões.
HISTÓRIA
A ideia de construir um túnel sob o Estreito de Bósforo foi citada pela primeira vez em 1860 por um sultão otomano, Abdulmedjid. No entanto, por motivos técnicos e falta de financiamento, até agora não havia se materializado. Na década de 1990, o projeto voltou a ser cogitado devido a explosão demográfica em Istambul, cuja população dobrou desde 1998 e já ultrapassa 15 milhões.
Com o apoio financeiro do Banco do Japão para Cooperação Internacional (735 milhões de euros) e do Banco Europeu de Investimento (BEI) a construção do túnel começou em 2004, graças a uma parceria entre o Japão e a Turquia. A obra, que durou quatro anos, foi suspensa por um longo tempo com a descoberta de uma série de tesouros arqueológicos.
O túnel, um duplo tubo submerso mais de 50 metros abaixo do leito do Bósforo, foi desenhado para resistir a terremotos de até 9 graus, já que a região registra uma forte atividade sísmica.
As autoridades esperam que o projeto, que será conectado a 75 km de novos trilhos ferroviários, alivie o congestionamento das duas pontes que mais de 2 milhões de pessoas cruzam todos os dias.
MEGAPROJETOS
O Marmaray faz parte dos megaprojetos de Erdogan, uma série de obras que visam transformar a cara da Turquia. Além do túnel, o futuro terceiro aeroporto da cidade, o canal de 45 km paralelo ao Bósforo e a terceira ponte no estreito fazem parte desse programa do primeiro-ministro.
Todos projetos denunciados como provas do autoritarismo do governo islamoconservador e sua inclinação mercantilista durante os protestos de junho.
"O trecho em serviço é muito limitado. Tudo foi adiado para mais tarde", lamentou Tayfun Kahraman, presidente da Câmara de Urbanistas de Istambul. Ainda levará vários anos para que o túnel seja totalmente concluído e opere a 100% de sua capacidade, mas há dias anúncios de TV elogiam a obra e a tratam como sonho realizado.
Os críticos acusam o primeiro-ministro de ter precipitado a inauguração para apresentá-lo como uma conquista nas eleições municipais previstas para março de 2014. A Câmara de Engenheiros e Arquitetos (TMMOB) também aconselhou os turcos a não usar esta rota "por razões de segurança", algo refutado pelo prefeito de Istambul, Kadir Topbas, que jura que Marmaray é seguro.
Post e comente a temática! 29/10/13.

'Censura na China é única e ultrapassada', diz cineasta Wong Kar Wai

Posted by João Luis

Presidente do júri do último Festival de Berlim e responsável pela abertura com "O Grande Mestre", o cineasta chinês Wong Kar Wai, 55, adiou esta conversa pelo menos três vezes durante o evento. O diretor, avesso a entrevistas, não filmava havia seis anos, desde "Um Beijo Roubado".
*
Folha: Por que não mostrar referências a Bruce Lee, que foi aluno de Ip Man?
Wong Kar Wai: Bruce Lee representa a imagem moderna da arte marcial chinesa, mas o filme se passa antes de seu tempo.


O ator Chang Chen em cena de 'O Grande Mestre', de Wong Kar Wai
O ator Chang Chen em cena de 'O Grande Mestre', de Wong Kar Wai
Como foi trabalhar com o coreógrafo de lutas Yuen Woo-Ping, lenda dos filmes de ação?
O processo seria muito diferente e difícil sem ele, porque, como coreógrafo, ele usa truques para tornar as lutas mais prazerosas aos olhos. Já um mestre de artes marciais nunca faria isso, porque seus movimentos são tão rápidos que um golpe já é mortal.

Como está sendo filmar no mercado chinês em ascensão?
Tenho o financiamento e os recursos, mas, ao mesmo tempo, estamos ficando muito competitivos. Os distribuidores querem mais megaproduções e filmes em 3D.

Você faria um filme em 3D?
Eu comecei a fazer "O Grande Mestre" em 3D, mas após dois meses vi que era complicado. Não o processo de filmar, mas a maneira que você enxerga o filme, porque o 3D não está relacionado com a profundidade, mas com a perspectiva.

Não é complicado trabalhar com a censura na China?
Ela é única e ultrapassada. Na China, quando você faz um filme, precisa registrar o roteiro para o governo aprovar. Depois de filmar, envia novamente para aprovação. O problema é que não há uma classificação etária. Os filmes precisam ser feitos para todas as idades. Isso cria restrições, porque há filmes que você não pode mostrar para crianças. Estamos tentando mudar o sistema. Acho que veríamos mais obras interessantes, porque teríamos a liberdade de falar sobre assuntos mais pesados.

Como foi trabalhar nos EUA?
Ao contrário do que todo mundo pensa, foi uma experiência adorável.
Entrevista realizada pela folha on line. Post e comente a temática! 23/10/13.

Cuba ensaia reforma na mídia estatal

Posted by João Luis

Na esteira das reformas econômicas lentas e pretensamente controladas, Cuba dá sinais de que deseja arejar a caricata imprensa oficial, que começa a enfrentar tímida concorrência na internet e fora dela.
O ditador Raúl Castro já havia feito críticas ao laudatório e censurado jornalismo estatal --o único permitido em escala no país comunista-- e, em julho, foi a vez de seu número 2, Miguel Díaz-Canel, cobrar mudança de atitude. "O problema não é só dos jornalistas, é do Partido [Comunista] em primeiro lugar", disse.
A primeira consequência apareceu há cerca de um mês, quando o principal noticiário da TV estatal estreou seção que se autodenomina "crítica", a "Cuba Diz".
Em reportagens de cerca de dez minutos, que vão ao ar duas vezes por semana, cubanos nas ruas reclamam de temas como habitação, transporte e preço dos alimentos.
A edição mais rápida, a trilha sonora e a crítica --mesmo que não mencione temas políticos diretamente-- causam imenso contraste com o engessado programa.
Sinal da orientação para "revisar" o setor, a TV cubana em si foi assunto da "Cuba Diz", deixando pistas de por que o governo parece preocupado em aumentar a relevância dos meios oficiais.
"O noticiário da TV cubana tem que mudar, compreende? [Tem de ser] parecido com a Telesur. O noticiário da Telesur já ultrapassou o nosso", opinou um senhor no "Cuba Diz" há dez dias.
No começo do ano, a venezuelana Telesur, rede de TV chavista, passou a transmitir 14 horas por dia em sinal aberto, e o impacto foi imediato.
Trata-se do único canal em Cuba de cobertura ampla e transmissão ao vivo de eventos como a posse do presidente americano, Barack Obama, ou protestos no Brasil.
Independentemente da orientação esquerdista, o acesso ao noticiário mundial no país de rarefeito acesso à internet é comemorado.
MUDANÇA NO GRANMA
A mídia oficial também fala da concorrência da espécie de "internet à cubana", com pen drives que fazem circular informação na ilha.
"As notícias circulam entre os que não estão conectados pelas redes com pen drives ou CDs. Quem assegura que, se os meios de difusão cubana não dizem, o público não vai ficar sabendo?", escreveu Paquita Armas no site Cuba Debate, o mais nobre da rede oficial cubana.
Na semana passada, foi a vez de os dois principais jornais da ilha, o "Granma" e o "Juventud Rebelde", mudarem de direção.
A nota no "Granma", um tabloide de apenas oito páginas para a ilha de 11 milhões de habitantes, falava que o diretor Lázaro Barredo Medina sairia para promover "renovação". O diretor do "Juventud", menos antiquado, assumiu o posto.
O espírito de tímida abertura aparece na publicação este ano, a preços populares, de "Últimos Soldados da Guerra Fria", do brasileiro Fernando Morais. Apesar de contar a história que agrada ao regime (a saga dos agentes cubanos presos nos EUA), o livro traz, por exemplo, um capítulo sobre um escritor dissidente que sofreu com caprichos de Fidel Castro.
Outros desses sinais seria a premiação, em 2012, do escritor cubano Leonardo Padura, perfilado na revista "New Yorker" desta semana.
ESQUIZOFRENIA
O limite do tolerável é o próprio discurso de Raúl. ONGs seguem, por exemplo, registrando a prisão de jornalistas independentes.
Pode-se falar mal da economia, mas não do modelo político --ainda que a Igreja Católica, o mais importante ator político em Cuba fora do Estado, trate do tema.
A situação transforma o debate público em "esquizofrênico", em que o social "é um dano colateral" e o político, "um campo minado", escreveu o sociólogo cubano Haroldo Dilla, que vive na República Dominicana.
"Não podemos seguir insistindo na unidade monolítica, ainda que adornada com toques pluralistas", disse.
O "cubismo" da manipulação das informações é uma prática da antiga ordem mundial até hoje realizada por países tidos como "socialistas". Os yankes manipulam suas mídias e servem de espelho para as práticas "chavistas" ("maduristas"?) e "castristas". Onde fica a liberdade de expressão? Post e comente a temática! 20/10/13. 

Amazônia ainda não está integrada ao restante do país, é como uma colônia

Posted by João Luis

Para o comandante militar da maior floresta tropical do mundo, a Amazônia é como uma colônia do Brasil. "Ela não está integrada ao país e, portanto, não há conhecimento de sua realidade e potencial", diz o general Eduardo Villas Bôas, 61, desde 2011 à frente de 19 mil homens e 9.300 km de fronteiras.
Em entrevista na sede do comando, em Manaus, ele citou a ausência estatal na floresta, criticou a política indigenista oficial, alertou sobre a ação de ONGs na região e aprovou, com ressalvas, o programa Mais Médicos.
Evitou, porém, bater de frente com o governo federal, principalmente quando o assunto eram os índios. "Quando digo que há dois problemas na política indigenista do país, não faço críticas ao governo. Somos nós. Nós temos esse problema", disse.

General Eduardo Villas Bôas, comandante militar da Amazônia
General Eduardo Villas Bôas, comandante militar da Amazônia
Também evitou falar sobre a Comissão da Verdade, que apura a violação dos direitos humanos na ditadura militar.
"Cada militar tem uma opinião sobre isso. É um assunto sensível. Se a gente ficar expressando, traz prejuízo tanto para o Exército quanto para o governo federal."
Leia abaixo os principais trechos da entrevista.
-
Folha - Brasília sabe o que acontece na Amazônia?
General Villas Bôas - Na parte da defesa até sabe. O que ocorre é que, em pleno século 21, o país não completou sua expansão interna. Temos metade do nosso território a ser ocupado, integrado à dinâmica da sociedade. A Amazônia, como não está integrada ao país, não há conhecimento no sul da sua realidade, seu potencial. É como se fosse uma colônia do Brasil. Ela não é analisada, interpretada, estudada e compreendida numa visão centrada da própria Amazônia. Isso nos coloca numa posição periférica.

Quais são as principais necessidades da população local?
As reais necessidades da população da Amazônia chegam ao centro-sul de maneira distorcida. Com isso, monta-se uma base de conhecimento desfocada, com soluções não apropriadas. A população, principalmente no interior, não tem necessidades básicas atingidas. Em grande parte, não há nenhuma presença do governo do Estado. Em algumas áreas as Forças Armadas são essa única presença.

O material humano e financeiro atual do comando militar é suficiente para monitorá-la?
Não é suficiente. A partir da Estratégia Nacional de Defesa, em 2008, a Amazônia virou prioridade. Mas só de fronteira temos 11 mil km. E nossa capacidade de vigilância está basicamente restrita ao fator humano. Monitorar toda essa área só será possível com tecnologia incorporada, cujo sistema de monitoramento está em desenvolvimento e custará R$ 10 bilhões até 2020. Desde 1999, o Exército tem poder de polícia na faixa de fronteira [150 km de largura], isso estabeleceu nova responsabilidade. Outro aspecto é a grande vulnerabilidade que o país todo tem. Estamos no século 21 e um país da nossa dimensão não tem um satélite. Não vamos ter autonomia total enquanto não tivermos nossos satélites. Por isso este projeto está no Ministério da Defesa.

Concorda com a demarcação de novas terras indígenas?
A discussão é importante. Veja o que aconteceu na Raposa/Serra do Sol [cujos não indígenas foram retirados]. Foi feita demarcação, e as estruturas econômicas tiveram que sair. Hoje os índios têm dificuldades para encontrar alternativas viáveis. O que a iniciativa privada proporcionava ali, o governo tem dificuldade de proporcionar. A participação do Congresso é importante, pois viabiliza a participação de outros setores. Eu acho positivo, sim. Os índios, coitados, ficam prisioneiros de duas vertentes: o interesse econômico e a fundamentalismo ambientalista.

Como o sr. avalia a política indigenista brasileira?
Há dois problemas. E não estou fazendo críticas ao governo. Somos nós, Brasil. Primeiro, os órgãos que atuam na Amazônia, nessas questões típicas, ambiental e indígena, têm estrutura deficiente. O governo trabalha para ampliar, mas ainda é carente. O segundo aspecto é que a política indigenista é muito geopolítica. Ela se resume praticamente a delimitar as terras e os índios ficam confinados nelas. Seria interessante que a delimitação fosse seguida de outro tipo de programa que desse sustentação à vida dos índios. Por maior que seja a terra, a vida do índio não se viabiliza. Os recursos naturais vão se esgotando. Nossa política está muito homogênea do ponto de vista de não reconhecer diferentes níveis de aculturação das comunidades.

Qual é o papel das ONGs estrangeiras na Amazônia?
Além de tudo que representa, a Amazônia tem um papel muito grande na integração sul-americana. Ela abriga a solução para alguns dos grandes problemas que afligem a humanidade, como água, energia renovável, biodiversidade, mudança climática. Isso justifica toda essa pressão em torno da Amazônia que faz a opinião pública internacional. Nesta semana, o governo está passando leis no Congresso estabelecendo mecanismos de controle mais rígidos sobre as ONGs do ponto de vista da movimentação financeira. Não é o caso de estigmatizar as ONGs, elas vieram preencher espaços e atender necessidades da população que nem o primeiro nem o segundo setores têm capacidade de atender. Mas há coisas fora de controle, e a gente fica numa insegurança, não sabe quem são, quais os objetivos. E muitas vezes [elas] atuam no sentido contrário aos interesses do governo brasileiro.

Pode citar um exemplo?
Veja a dificuldade para asfaltar a BR-319 [que liga Manaus e Porto Velho. Em 2009, o braço brasileiro da ONG americana Conservation Strategy Fund divulgou estudo afirmando que a reforma da estrada traria prejuízo]. É uma rodovia que já existiu, não gerou desflorestamento, não houve prejuízo ambiental. Mas o governo não consegue fazer... é um absurdo. Manaus está conectada à Venezuela, mas não ao restante do Brasil. É extremamente difícil viabilizar a recuperação dessa rodovia, são forças que realmente têm capacidade de intervir e inibir isso. E muito por causa do fundamentalismo ecológico. Não se faz omelete sem quebrar o ovo, se vou lançar um gasoduto, alguma árvore vou derrubar. É uma visão pragmática.

Qual é a sua opinião sobre o programa Mais Médicos?
Se me perguntar quais são os dois principais problemas da Amazônia, eu diria que é logística e médico. Nós fazemos atendimento à população civil e até a índios. No interior não tem médico. Realmente é uma necessidade. Mas acho que eles têm que pensar na parte de estrutura, condições de trabalho. Pois acho que as mesmas realidades que causam a saída dos médicos brasileiros desses municípios poderão causar a não permanência do médico estrangeiro. A gente visita município que não tem estrutura de saúde. O programa é necessário, mas é importante que não fique restrito somente à colocação dos médicos.

Em 2005, o então comandante do Exército, general Albuquerque, disse 'o homem tem direito de tomar café, almoçar e jantar, mas isso não está acontecendo [no Exército]'. A realidade atual mudou?
Mudou muito. O problema é que o passivo do Exército era muito grande, foram décadas de carência. Desde 2005, estamos recebendo muito material, e agora é que estamos chegando a um nível de normalidade e começamos a ter visibilidade. Não discutimos mais se vai faltar comida, combustível, não temos mais essas preocupações.

O senhor tem acompanhado a Comissão da Verdade?
Como profissional e militar, me interesso, sim. Mas na minha instância, institucionalmente, não há nenhuma implicação para nós.
Entrevista cedida a folha on line. Post e comente a temática! 19/10/13.

Marca destrutiva de El Niño em Galápagos mobiliza cientistas

Posted by João Luis

Uma inédita expedição robótica tentará descifrar os segredos de El Niño, um fenômeno natural que periodicamente deixa uma marca de morte pouco conhecida no mar das Ilhas Galápagos e sua eventual relação com as mudanças climáticas.
Ainda que não haja evidências conclusivas que relacionem os dois fenômenos, especialistas levam muito a sério a possibilidade de que as más práticas ambientais tornem mais frequente e intenso o evento climático El Niño.
"Por centenas de anos, este sistema (climático) se manteve sem o peso adicional do aquecimento global", disse à AFP Eduardo Espinoza, encarregado de Pesquisas Marinhas do Parque Nacional de Galápagos (PNG).
No entanto, ele advertiu, as mudanças climáticas associadas ao homem podem transformar o El Niño em uma sentença de morte para várias espécies marinhas únicas do arquipélago equatoriano.
"Com estudos, no futuro poderemos determinar se teremos maior intensidade e frequência destes fenômenos do El Niño com as mudanças climáticas", destacou Espinoza.
Situado a 1 mil km da costa, o arquipélago de Galápagos - laboratório natural que inspirou a teoria da evolução das espécies - sofre todo ano com a chegada do El Niño, caracterizado pelo aumento das temperaturas no Oceano Pacífico, fortes chuvas e enfraquecimento dos ventos.
A partir disso, cientistas do Instituto Oceanográfico da Marinha (Inocar), em aliança com organismo americanos de pesquisa WHOI e Scripps, lançarão em 16 de outubro uma expedição robótica para conhecer mais sobre esta anomalia.
Pelos dois anos seguintes, seis robôs mergulharão no Mar de Galápagos para coletar dados sobre a subcorrente Equatorial de Cromwell, responsável pela geração de alimentos nas águas das ilhas e envolvida no fenômeno El Niño, disse à AFP o capitão Wellington Rentería, do Inocar.
"El Niño causou estragos em Galápagos. E principalmente o aumento da temperatura fez com que praticamente todos os recifes de coral tenham desaparecido", lembrou.
Organizações como o Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos (IPSO, na sigla em inglês) e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) advertiram no começo do mês que os oceanos estão sofrendo um triplo impacto: p aquecimento global, a desoxigenação e a acidificação (redução do pH).
Depois da Austrália, as ilhas Galápagos - declaradas Patrimônio Natural da Humanidade - têm a segunda maior reserva marinha do planeta, com 133.000 km2, segundo o PNG.
Entre 1982 e 1998, El Niño se abateu com força contra o arquipélago e deixou um rastro de morte: embranquecimento de colônias de corais, redução dramática de populações de pinguins de Galápagos - já em risco de extinção -, cormorões-das-Galápagos, lobos marinhos e iguanas marinhas.
Algumas espécies morreram de fome porque as algas das quais se alimentam desapareceram temporariamente. O El Niño diminui a produtividade do mar e cada grupo de animais leva anos para se recuperar. Por isso quanto maior a frequência destes eventos, menor é o tempo para o restabelecimento das espécies.
"Nas iguanas marinhas encontramos algo muito interessante porque, com o fenômeno El Niño, encolhem e emagrecem. Perdem até cinco centímetros de altura", explicou à AFP Judith Denkinger, bióloga e pesquisadora do Instituto de Ciências do Mar da privada Universidade San Francisco de Quito.
Depois de cada fenômeno El Niño - cuja frequência pode oscilar entre dois e oito anos, segundo o PNG -, as espécies levam de 15 a 30 anos para se recuperar, ou seja, restabelecer o equilíbrio entre a natalidade e a mortalidade.
No entanto, a possibilidade de que um novo fenômeno impacte com força as ilhas durante este período de recuperação "é muito grande, o que basicamente significa que a população vai para a extinção", afirma Denkinger, uma respeitada pesquisadora da vida marinha de Galápagos.
No arquipélago confluem várias correntes e subcorrentes marinhas que explicam sua enorme riqueza biológica, uma delas é a Equatorial de Cromwell, que arrasta os nutrientes que formam a vasta cadeia alimentar.
Embora seja possível caracterizar esta importante subcorrente e estabelecer sua relação com El Niño, a vida marítima de Galápagos se deteriora mais rápido do que a terrestre apesar dos esforços de conservação, segundo Denkinger.
"A parte marinha não está nada bem. Estamos preocupados com os lobos marinhos; estamos vendo uma caça intensa de tubarões dentro e fora de Galápagos, e a população humana aumenta tanto que nas regiões costeiras percebemos as mudanças; percebe-se que não há mais tantos peixes", afirmou a pesquisadora.
Post e comente a temática! 16/10/13.

Monsanto não pode impor condicionantes para entrega de soja transgênica

Posted by João Luis

A Justiça de Mato Grosso concedeu liminar impedindo a Monsanto do Brasil de impor condicionantes à entrega da soja transgênica Intacta no estado. A liminar dada pelo juiz Alex Nunes de Figueiredo, da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá,  concedeu ontem (10) antecipação de tutela em ação ajuizada pelo Sindicato Rural de Sinop (MT). A multa será de R$ 400 mil para cada vez que a empresa descumprir a decisão. A decisão vale para todo o estado de Mato Grosso e foi divulgada hoje (11).
O sindicato entrou com uma Ação Civil Pública questionando as condições exigidas pela empresa para comercializar a semente aos agricultores, entre elas o pagamento de royalties. Com a decisão a empresa terá que suspender o Acordo de Licenciamento de Tecnologia e Quitação Geral e o Acordo de Licenciamento de Tecnologia impostos aos produtores que compraram a semente e também não poderá exigi-los em futuras comercializações.
"O sindicato constatou que os acordos tinham irregularidades, entre elas obrigava o produtor a reconhecer a patente de uma semente que expirou e exigia que o produtor renunciasse ao direito de cobrar na Justiça o que a empresa recebeu indevidamente por uma outra semente. Com a liminar, a Monsanto vai ficar impedida de impor outras cobranças além da aquisição da tecnologia. Na verdade, o que eles chamam de acordo são contratos impostos ao produtor no momento da aquisição das sementes", explicou o advogado do Sindicato Rural de Sinop, Orlando César Júlio.
Este ano, a Monsanto lançou a semente Intacta (RR2), nova soja transgênica patenteada pela multinacional, para ser comercializada na safra 2013/2014 no país. A soja modificada é resistente às lagartas, principalmente as do gênero helicoverpa, que vem atacando lavouras em diversos estados e tem gerado prejuízos aos agricultores. Segundo a Empresa Brasileirade Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Helicoverpa armigera é considerada uma praga polífaga, ou seja, ela se alimenta de várias culturas, portanto, é mais difícil de ser controlada e, até safra 2012-13 a helicoverpa era considerada uma praga inexistente no país.
A variedade Intacta substitui a soja transgênica Roundup Ready, a RR1, e que foi motivo de uma ação na Justiça por parte da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) questionando o pagamento indevido de royalties à empresa. A ação foi baseada em um estudo técnico e jurídico, contratado pelas entidades, que confirmou que o direito de propriedade intelectual relativo às tecnologias venceu em 31 de agosto de 2010, tornando-as de domínio público.
Em julho, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu em julgamento que a patente da RR1 expirou em 2010. "Seguindo jurisprudência consolidada pela Segunda Seção, a Turma confirmou que a patente expirou no dia 31 de agosto de 2010, ou seja, 20 anos após a data do seu primeiro depósito no exterior". Além disso, os agricultores também pediram a devolução de mais de R$ 500 milhões que foram pagos nas safras 2010/2011 e 2012/2013.
Em Mato Grosso, a Monsanto entrou em acordo com produtores de soja, pedindo o fim da cobrança na Justiça em troca da concessão de descontos na cobrança dos royalties da nova semente. "Mas o sindicato de Sinop não aderiu ao acordo por considerá-lo abusivo", disse o advogado. 
Orlando Júlio considera uma estranha coincidência que a nova semente seja comercializada logo após o aparecimento em larga escala da praga de lagartas helicoverpa. "É uma estranha coincidência que essa lagarta, que quase não existia no Brasil, tenha aparecido, como que por encanto, às vésperas do lançamento da semente RR2, única que apresenta resistência à lagarta", disse o advogado à Agência Brasil.
A liminar concedida pela Justiça também impede que a Monsanto exija dos produtores a renúncia definitiva de ações já ajuizadas ou de futuros questionamentos na Justiça relacionados ao uso, exploração ou ao pagamento sobre o uso da soja transgênica Roundup Ready (RR1).
Em nota, a Monsanto informou não ter sido oficialmente notificada sobre qualquer decisão da Justiça de Mato Grosso.
Americano é brincadeira. Empurra a tecnologia, e todas as vezes que faz ajustes cobra os royalties. Toma vergonha Brasil. Desenvolve tecnologia 100% nacional. Post e comente a temática! 12/10/13.  

Uma cronologia da mudança climática no mundo

Posted by João Luis

Relembre marcos importantes, descobertas científicas, inovações técnicas e ações políticas ligadas ao tema

Science/AAAS
Aquecimento global desacelerou, mas continua alarmando cientistas

Nesta sexta-feira, um novo relatório do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) subiu o tom de alerta sobre o aquecimento global.
Além de apresentar projeções sobre o futuro do planeta, o documento afirmou ser "extremamente provável" ("95% de certeza") que o aquecimento observado desde a metade do século 20 seja resultado da influência humana no clima.
O correspondente da BBC para meio ambiente, Richard Black, fez uma cronologia sobre o tema, com marcos importantes, descobertas científicas, inovações técnicas e ações políticas. Confira.
1712 - O britânico Thomas Newcomen inventa o primeiro motor movido a vapor para ser usado em larga escala, abrindo caminho para a Revolução Industrial, que levou à utilização do carvão a nível industrial.
1800 - População mundial atinge 1 bilhão de pessoas.
1824 - O físico francês Joseph Fourier descreve o "efeito estufa" natural do planeta Terra. À época, ele escreveu: "A temperatura (da Terra) pode subir pela interposição da atmosfera, porque o calor na forma de luz encontra menos resistência ao penetrar o ar do que quando passa o ar já convertido em calor não luminoso."
1861 - O físico irlandês John Tyndall prova que o vapor d'água e outros gases criam o efeito estufa. Ele conclui que "a camada formada por este vapor é mais necessária à vida vegetal da Inglaterra do que o tecido é para o homem". Mais de 100 anos depois, uma importante organização britânica de pesquisa climática é batizada de Tyndall Centre, em sua homenagem.
1886 - Karl Benz apresenta o Motorwagen, considerado por muitos como sendo o primeiro automóvel.
1896 - O químico sueco Svante Arrhenius conclui que a era industrial movida a carvão vai colaborar para o aumento do efeito estufa natural. Ele indica que o fenômeno pode vir a ser benéfico para as gerações futuras. Seu dimensionamento do "efeito estufa criado pela ação do homem" são semelhantes - incremento de alguns graus Celsius para o dobro de aumento de gás carbônico (CO2) - ao usado em modelos climáticos atuais.
1900 - Outro sueco, Knut Angstrom, descobriu que o CO2, mesmo em diminutas concentrações encontradas na atmosfera, absorve intensamente partes do espectro infravermelho. Sem entretanto perceber a importância de sua descoberta, Angstrom mostrou que o gás pode produzir aquecimento através do efeito estufa.
1927 - As emissões de carbono a partir da queima de combustível fóssil com a industrialização alcançam 1 bilhão de toneladas por ano.
1930 - A população mundial atinge 2 bilhões de pessoas.
1938 - Utilizando dados colhidos em 147 centros de estudos climáticos ao redor do mundo, o engenheiro britânico Guy Callendar mostra que houve um aumento da temperatura no século anterior. Ele também comprova que a concentração de CO2 aumentou no mesmo período, sugerindo que esta seja a causa do aquecimento. O "efeito calendário" é amplamente desconsiderado por meteorologistas.
1955 - Utilizando uma nova geração de equipamentos que incluem os primeiros computadores, o pesquisador americano Gilbert Plass analisa em detalhe a absorção de infravermelho de diferentes gases. Ele conclui que, ao dobrar a concentração de CO2, a temperatura será elevada entre 3ºC e 4ºC.
1957 - O oceanógrafo Roger Revelle e o químico Hans Suess, ambos americanos, comprovam que a água do mar não é capaz de absorver toda a quantidade adicional de CO2 lançada na atmosfera, como era assumido por muitos. Revelle escreveu: "Atualmente, os seres humanos estão realizando um experimento geofísico em larga escala..."
1958 - Utilizando equipamento criado por ele mesmo, Charles David (Dave) Keeling começa a medir sistematicamente o CO2 na atmosfera a partir de Mauna Loa, no Havaí, e na Antártica. Dentro de quatro anos, o projeto - que continua até hoje em dia - fornece a primeira prova inequívoca de que o nível de CO2 na atmosfera está aumentado.
1960 - A população mundial atinge 3 bilhões de pessoas.
1965 - Uma Comissão de Aconselhamento à Presidência dos Estados Unidos alerta que o efeito estufa é uma "preocupação real".
1972 - A primeira conferência da ONU sobre o meio ambiente é realizada em Estocolmo. O item sobre mudança climática mal consta na agenda, que ficou concentrada em temas como poluição química, testes nucleares e caça à baleia. Como resultado, é criada a Unep, a agência da ONU para o meio ambiente.
1975 - A população mundial atinge 4 bilhões de pessoas.
1975 - O cientista americano Wallace Broecker põe o termo "aquecimento global" no domínio público ao usá-lo no título de um de seus papéis científicos.
1987 - A população mundial atinge 5 bilhões de pessoas.
1987 - Nações fecham acordo criando o Protocolo de Montreal, restringindo o uso de materiais químicos que destroem a camada de ozônio. Sem entretanto ter sido criado com as mudanças climáticas em mente, o protocolo teve um impacto maior sobre a emissão de gases do efeito estufa do que o Protocolo de Kyoto.
1988 - Criado o Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da ONU para avaliar as evidências em torno das alterações no clima.
1989 - Em um discurso na ONU, a então primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher - que era formada em química - , alerta que "estamos presenciando um enorme aumento na quantidade de dióxido de carbono lançada na atmosfera... O resultado é que no futuro esse nível de alteração será provavelmente mais amplo e fundamental do que tudo que já vimos até aqui." Ela convoca as nações para que se unam em torno de um tratado global sobre mudanças climáticas.
1989 - As emissões de carbono a partir da queima de combustível fóssil e da atividade industrial atingem 6 bilhões de toneladas por ano.
1990 - O IPCC divulga seu primeiro Relatório de Avaliação. O documento conclui que, no último século, houve um aumento da temperatura global entre 0,3ºC e 0,6ºC ; que as emissões feitas a partir da atividade humana estão sendo adicionadas às emissões naturais de gases formadores do efeito estufa e que este adicional deve resultar na elevação ainda maior da temperatura do planeta.
1992 - Na ECO-92, no Rio de Janeiro, representantes das nações participantes fazem acordam os termos da "Conferência Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas", documento que cria a matriz única sobre mudanças climáticas. Entre seus principais objetivos, está "a estabilização do nível de concentração de gases do efeito estufa na atmosfera de forma a evitar uma interferência antropogênica perigosa no sistema climático". Os países industrializados concordam em reverter as emissões aos níveis de 1990.
1995 - O segundo relatório de avaliação do IPCC conclui que um balanço das evidências sugere "uma discernível influência humana" no clima do planeta. O documento é considerado a primeira declaração definitiva a atribuir responsabilidade ao homem pelas mudanças climáticas.
1997 - É acordado o Protocolo de Kyoto. Os países ricos prometem reduzir as emissões em média de 5% no período de 2008 a 2012, com metas que variam enormemente de um país para outro. O Senado americano declara imediatamente que não irá ratificar o acordo.
1998 - Condições extremas do fenômeno El Niño combinadas com aquecimento global produzem o ano mais quente desde os primeiros registros meteorológicos. A temperatura média global supera em 0,52ºC a média registrada no período 1961-1990 (um padrão comumente utilizado).
1998 - Publicação do polêmico gráfico "hockey stick" ("taco de hóquei", em tradução livre) que indica um extraordinário aumento da temperatura do hemisfério norte nos tempos modernos comparada à dos últimos 1 mil anos. Posteriormente, o trabalho é usado por duas investigações feitas pelo Congresso dos EUA.
1999 - A população mundial atinge 6 bilhões de pessoas.
2001 - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, retira o país do Protocolo de Kyoto.
2001 - O terceiro relatório de avaliação do IPCC indica "nova e mais forte prova" de que as emissões de gases causadores de efeito estufa a partir da atividade humana são a causa principal do aquecimento verificado na segunda metade do século 20.
2005 - O Protocolo de Kyoto é transformado em lei internacional para os países que permanecem nele.
2005 - O então primeiro-ministro britânico, Tony Blair, transforma o tema da mudança climática em prioridade do seu mandato na presidência do G8 (o grupo de países mais ricos do mundo) e da União Europeia.
2006 - O Relatório Stern conclui que as mudanças climáticas podem prejudicar o PIB global reduzindo-o em até 20% caso não sejam combatidas - mas combatê-las representaria um custo de cerca de 1% do PIB global.
2006 - As emissões de carbono a partir da queima de combustível fóssil e da atividade industrial atinge 8 bilhões de toneladas por ano.
2007 - O quarto relatório de avaliação do IPCC conclui que há mais de 90% de chance de que as emissões de gases causadores do efeito estufa a partir da atividade do homem serem responsáveis pelas mudanças climáticas da era moderna.
2007 - O IPCC e o ex-vice-presidente americano Al Gore ganham o prêmio Nobel da Paz "pelos seus esforços em conscientizar e disseminar o conceito da interferência do homem na mudança do clima, e por lançar a base das medidas necessárias para reverter essas alterações".
2007 - Na conferência da ONU para mudança climática em Bali, na Indonésia, os governos concordam em firmar o "Bali roadmap", um acordo que previa a elaboração de um novo tratado global no final de 2009.
2008 - Meio século depois das primeiras observações no observatório de Mauna Loa, no Havaí, o projeto Keeling indica que as concentrações de CO2 aumentaram de 315 partes por milhão (ppm) em 1958 para 380 ppm em 2008.
2008 - Dois meses antes de tomar posse, o futuro presidente dos EUA, Barack Obama promete "se engajar vigorosamente" com o resto do mundo na questão das mudanças climáticas.
2009 – A China ultrapassa os EUA como maior emissor mundial de gás de efeito estufa - embora os EUA permaneçam bem à frente em uma base per capita.
2009 - Hackers baixam uma enorme parcela de e-mails de um servidor da unidade de pesquisa climática da Universidade East Anglia, no Reino Unido, e liberam parte do conteúdo na internet, episódio conhecido como "ClimateGate".
2009 - Governos de 192 países do mundo se reúnem na cúpula do clima da ONU em Copenhague, com grandes expectativas de um novo acordo global, mas o resultado da conferência é apenas uma declaração política controversa, o Acordo de Copenhague.
2010 - Os países desenvolvidos começam a contribuir para um fundo de US$ 30 bilhões (R$ 67 bilhões) durante três anos. O objetivo é usar o dinheiro para ajudá-los a se adaptar aos impactos climáticos e tornar suas economias mais verdes.
2010 - Uma série de análises sobre o "ClimateGate" e o IPCC pede por mais abertura, mas isenta os cientistas de negligência.
2010 - A cúpula da ONU no México, não desmorona, como se temia, mas termina com acordos em questões pouco relevantes.
2011 - Uma nova análise de registros de temperatura da Terra por cientistas preocupados com as acusações do "ClimateGate" prova que a superfície terrestre do planeta de fato se aqueceu durante o século passado.
2011 - A população humana chega a 7 bilhões de pessoas.
2011 - Dados mostram que as concentrações de gases de efeito estufa estão aumentando em um ritmo mais rápido do que em anos anteriores.
2012 - O gelo no Ártico atinge uma extensão de 3.410.000 km², a menor área desde que as medições por satélite começaram, em 1979.
2013 – Dados do Observatório de Mauna Loa, no Havaí, informam que a concentração média diária de CO2 na atmosfera já ultrapassou 400 partes por milhão (ppm), pela primeira vez desde que as medições começaram, em 1958.
Calculadora de CO2: Descubra a sua pegada de carbono
Bela cronologia das ações climáticas do planeta, Estude e post  a respeito da temática. Olhe o ENEM chegando! 10/10/13. 

Lesão na cabeça afasta Cristina Kirchner do governo por um mês

Posted by João Luis

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, ficará um mês de repouso por motivos de saúde, em plena campanha para as eleições legislativas de 27 de outubro. No sábado, ela se submeteu a uma avaliação neurológica no Instituto de Neurociências, que diagnosticou uma “coleção subdural crônica”. No último dia 12 de agosto, Cristina sofreu um traumatismo craniano. Ela teria sofrido uma queda, mas a Presidência não informa como foi o acidente.

Os 30 dias de repouso, recomendado pelos médicos, coincidem com a reta final da campanha para as eleições para renovar metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado. Atualmente, Cristina – que esta na metade de seu segundo mandato – conta com a maioria no Congresso. Nas primárias, realizadas em agosto passado, o kirchnerismo sofreu a pior derrota em dez anos, desde que Nestor Kirchner foi eleito presidente em 2003 e foi sucedido por sua mulher, Cristina, reeleita em 2011.

Preocupação
O anúncio de que a presidente está com um hematoma na cabeça levantou dúvidas sobre o real estado de saúde da presidente. Para alguns médicos argentinos, o diagnóstico de hematoma subdural crônico, quando há um acúmulo de sangue próximo à meninge dura-mater (que fica entre o crânio e o cérebro), deve ser tratado com cirurgia, e não com 30 dias de repouso.


“É difícil fazer uma avaliação sem ver as imagens. Mas, se em um mês o hematoma não regrediu, é caso para cirurgia, não para repouso”, disse o neurologista argentino Moisés Shapira.
A presidente passou a manhã de sábado com fortes dores de cabeça e arritmia cardíaca. Foi levada a um hospital e, após uma série de exames, foi diagnosticada com a lesão. “Esse tipo de quadro não provoca arritmia. Isso pode ser consequência de coisa mais grave”, disse Shapira.


Para o neurocirurgião brasileiro Paulo Niemeyer, é normal que o hematoma apareça até dois meses após a pancada. O tratamento, ele diz, é geralmente feito com corticoides. E o repouso absoluto não é necessário. “É recomendado que o paciente não faça exercícios e atividades que demandem muito esforço, mas ele pode trabalhar”, explica.

Caso o sangue acumulado não seja reabsorvido pelo corpo, a presidente terá que operar. “Porque compressão cerebral pode levar à perda de movimentos do corpo”, afirma Niemeyer. (das agências de notícias)
Post e comente a temática! 09/10/13.