Entenda a crise na Ucrânia

Posted by João Luis

Os conflitos na Ucrânia que ocupam os noticiários recentemente são o resultado de uma divisão interna histórica no país acirrada pelo abandono de um acordo de associação à União Europeia (UE) e de manutenção das tradicionais relações com a Rússia. A desistência do governo em se aliar à UE levou milhares de pessoas às ruas. As manifestações foram reprimidas pelo Estado com violência e o númeo de mortos aumenta a cada dia. 
“Quando se decidiu abandonar essa opção [acordo de associação com a UE] e as pessoas foram às ruas, a reação do governo foi a pior possível, como geralmente acontece nos países dessa região. Com tradição autoritária, baixou Exército e polícia. Quando há franco-atiradores matando civis, isso é um ambiente de descontrole total”, explicou o professor de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP) Christian Lohbauer.
Para o ex-secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores (MRE) embaixador Marcos Azambuja, a crise ucraniana não deve ser resolvida num curto prazo. “A capital está dividida. Esse tipo de mobilização a longo prazo provoca crise. Não se pode ter pessoas armadas por meses sem que haja descontrole e violência como houve nesta semana. Isso torna a conciliação não impossível, mas muito difícil. É uma crise de longo prazo, não vejo luz no fim do túnel. O importante é que não haja uma guerra civil ou uma partilha do Estado em dois”, explicou.
Protesto na Ucrânia
Pelo menos 100 pessoas já morreram durante os confrontos na UcrâniaIgor Kovalenko/EPA/Lusa
De acordo com o embaixador, também vice-presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), a origem dos conflitos na Ucrânia remonta a Guerra Fria, que vigorou da década de 1950 até o fim da União Soviética, no começo dos anos de 1990.
Como legado do fim da Guerra Fria, estabeleceu-se uma Ucrânia dividida: uma ocidentalizada, com tendências europeizantes – que, atualmente, é representada pelos manifestantes que pedem a associação do país à União Europeia; outra, com forte ligações com a Rússia, – representada por parte da população que mantém costumes russos e pelo atual governo do presidente Viktor Ianukóvitch. Cerca de 20% da população da Ucrânia é russa – étnica e culturalmente.
“O fim do império soviético foi abrupto. Certas partes se desligaram dele, inclusive, as mais importantes; hoje, Ucrânia e Bielorússia. A Ucrânia, a rigor, não é um país homogêneo, mas uma entidade demográfica e socioeconômica”, explicou Azambuja.
Para ele, a oferta da União Europeia para que a Ucrânia fizesse parte do bloco foi uma alternativa política e econômica à dependência do regime do presidente russo, Vladimir Putin. Por meio da associação à UE, que busca ampliação, a Ucrânia - não como membro pleno, mas associado - teria acesso a acordos comerciais preferenciais com a Europa e empréstimos facilitados. Ainda que haja abundância de recursos naturais - como o petróleo e o gás -, a Ucrânia não tem uma economia diversificada e se mantém por meio de produtos primários, o que acaba por gerar um crônico desequilíbrio de balança comercial.
Apesar do apelo à união com o bloco europeu, o contexto atual é de enfraquecimento da Europa, que não se recuperou completamente da crise, e o fortalecimento da Rússia, mais autoconfiante, que pretende estabelecer uma união aduaneira em sua vizinhança.
Além disso, um dos principais pontos para entender o conflito é a relação entre a Rússia e a União Europeia, que depende do fornecimento de energia russo. “A Rússia é a maior fornecedora de energia da UE, por isso [o presidente] Putin joga, ele não teria condição de enfrentar a Europa se não fosse pela chantagem da política energética. O que o bloco europeu poderia fazer agora é peitar a Rússia, mas não pode fazer porque o Putin pode decidir que a Europa fica sem energia”,  disse o professor da USP Christian Lohbauer.
Segundo o embaixador Marcos Azambuja, a Ucrânia é um país de grande importância agrícola e o potencial de abastecimento que oferece seria benéfico tanto para a UE quanto para a Rússia, que tem a vantagem de já ter a integração de infraestrutura necessária – estradas, ferrovias, gasodutos e sistemas de comunicação.
Para Azambuja, a única opção para dar fim à crise é a negociação, inclusive com a mediação de outros países. O professor da USP, por outro lado, acredita que a crise poderia ser amenizada se, por pressão internacional, o governo da Ucrânia optasse por interromper o ciclo político atual e convocar eleições gerais.
Créditos: Carolina Sarres - Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo
Fiquem atentos aos próximos passos  da crise. E tenham certeza que será questão de diversos processos seletivos, inclusive o ENEM. Post e comente a temática! 22/02/14. 

Alertas de desmatamento caem 19% na Amazônia Legal

Posted by João Luis

Dados do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados hoje (21), registram redução de 19% no número de alertas de desmatamento entre agosto de 2013 e janeiro de 2014, comparado ao mesmo período 2012/2013. A área afetada caiu de 1.427,99 quilômetros quadrados (km2) para 1.162,50 km2.
As informações foram apresentadas pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e pelo presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Volney Zanardi Júnior, durante reunião com secretários estaduais de Meio Ambiente da Amazônia Legal. O evento visa a debater novas estratégias de combate ao desmatamento na região.
O levantamento é feito com base em imagens de satélites e do total de alertas. A fiscalização do Ibama detectou que 76% se referem a corte raso (remoção total da cobertura florestal), 5% foram degradação por exploração florestal, 8% por uso de fogo e 11% foram falsos positivos, quando o satélite detecta lagos e rios, por exemplo.
De acordo com o presidente do Ibama, o Deter não serve para medir desmatamento. Seu objetivo é direcionar as ações de fiscalização do Ibama para os locais apontados pelos satélites. Já o Sistema de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal é mais preciso, medindo áreas bem menores, e suas taxas são apresentadas anualmente. “As nossas operações são baseadas na coleta e organização de inteligência para trabalhar, não só caso a caso, mas para desmantelar as cadeias criminosas que estão por trás desses indícios. A Amazônia é muito grande, vamos ficar desperdiçando energia se não tivermos inteligência e estratégias claras, e quanto mais articulados, como estamos com os estados, melhor”, disse Volney Zanardi.
Ele disse que no período analisado foram registrados 1.540 autos de infração, com registros de R$ 550 milhões em multas. Acrescentou, ainda, que algumas áreas foram embargadas e a fiscalização apreendeu equipamentos e madeira ilegal.
A ministra Izabella Teixeira destacou a prioridade de investigação para desmantelar as quadrilhas associadas ao desmatamento. “Estados que não têm tradição de alertas de desmatamento, mostram um aumento no número de alertas. Isso nos preocupa não só pelo desmatamento em si, mas porque pode estar havendo mudança de perfil do crime, de migração entre estados". Outro cuidado diz respeito a estados onde os alertas de desmatamento diminuem, mas as condições podem ser mais graves em relação à ilegalidade e ao crime ambiental praticado, acrescentou.
Izabel Teixeira explicou, ainda, que o Ministério do Meio Ambiente trabalha na sofisticação das tecnologias, para enxergar mais as áreas desmatadas, o mais próximo possível ao tempo real, para orientar a fiscalização. Caso da parceria com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), que utiliza tecnologia mais detalhada, de radares, sem a interferência de nuvens, como acontece com os satélites.
“Ampliamos as bases de fiscalização com o Sipam, e também já estamos testando drones (veículos aéreos não tripulados) em determinadas áreas da Amazônia, que mapeiam a região e enviam imagens online. Estamos colocando essas tecnologias todas em campo, esperando que isso se traduza na redução do desmatamento”, disse a ministra, que também enviou outro alerta: “aviso aos infratores que se acham que não estão senso vistos, agora temos o BBB radar”.
Nove estados compõem a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Existe uma luz no fim do túnel. A sustentabilidade é uma necessidade para manutenção do próprio planeta. Cabe a todos nós sermos os fiscalizadores das ações capitalistas de produção nos nossos principais Biomas. Vale uma reflexão. Post e comente a temática! 22/02/14.

VENEZUELA 2: Governo venezuelano cria comando antigolpe para enfrentar protestos

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charge Osval venezuela
De acordo com balanço divulgado hoje (21), pelo menos oito pessoas morreram e 137 ficaram feridas nos protestos das duas últimas semanas na Venezuela. Com a continuidade das manifestações, o governo criou um comando nacional antigolpe que será liderado pelo presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello. A função é detectar planos e conspirações, supostamente organizados pelos partidos opositores no país.
"Estamos enfrentando um golpe de Estado na Venezuela, mas a Revolução Bolivariana vai triunfar pelo caminho da Constituição, das leis, e haverá paz na Venezuela”, disse Maduro.
Uma das medidas do governo é militarizar áreas com maiores conflitos. A primeira região foi o estado de Táchira, onde foi decretado estado de exceção.
Os confrontos continuam e jovens manifestantes reagem à presença do Exército combarricadas, bloqueio de vias e queima de pneus e lixo. Até tanques do Exército foram atingidos por coquetéis-molotovs. O governo ameaça estender o estado de exceção a outras regiões, conforme julgue necessário.
A oposição convocou para este sábado mais uma manifestação, exigindo o desarmamento degrupos paramilitares, supostamente apoiadores do governo. Do lado do governo, haverá uma marcha de mulheres chavistas.
Da prisão de Ramo Verde, onde está detido, o líder opositor Leopoldo López envia mensagens aos seus seguidores por meio da esposa, Lilian Tintori. Ontem (20), ela divulgou trechos de uma carta enviado por López aos seus seguidores no Twitter: “Estou bem, eu peço a vocês que não desistam, eu não desistirei”.
O governo de Nicolás Maduro informou que, em breve, levará outros líderes opositores à prisão e que enfrentará, na Justiça, "os que conspiram contra a democracia".
Esse Maduro................. Post e comente a temática! 22/02/14.

Maduro ameaça bloquear rede americana CNN na Venezuela

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Na semana passada, o governo venezuelano bloqueou o canal de notícias colombiano a cabo NTN24, sob a acusação de tratar de gerar "frustração" entre a população


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ameaçou nesta quinta-feira "bloquear" a rede de televisão americana CNN caso a emissora mantenha o que chamou de "propaganda de guerra". "Pedi à ministra (das Comunicações) Delcy Rodríguez que notifique à CNN sobre o início do processo administrativo para tirá-los da Venezuela caso não mudem isto. "Já basta de propaganda de guerra", advertiu Maduro em mensagem à Nação.

Durante as 24 horas do dia sua programação é de guerra", disse Maduro Foto: Reuters
Durante as 24 horas do dia sua programação é de guerra", disse Maduro
Foto: Reuters

"Estava agora no meu gabinete vendo a CNN. Durante as 24 horas do dia sua programação é de guerra. Eles querem mostrar ao mundo que na Venezuela há uma guerra civil, mas na Venezuela o povo está trabalhando".
Na semana passada, o governo venezuelano bloqueou o canal de notícias colombiano a cabo NTN24, sob a acusação de tratar de gerar "frustração" entre a população, quando transmitia confrontos após uma passeata da oposição.
O NTN24 pretendia "transmitir um fracassado golpe de Estado como o de 11 de abril (de 2002, contra o então presidente Hugo Chávez). Fora do ar NTN24!", disse Maduro na ocasião.
Site Terra AFP
Muda o presidente, porém a prática é a mesma. Lideres totalitários sem o menor pudor atuam na América Latina. O discurso bolivariano virou "muleta" para todos. O Maduro em questão é uma reprodução piorada do seu antecessor.  Até quando teremos de assistir ditadores, como Maduro, Morales, Castros, dentre outros, atuarem como se o país deles fosse um pertencimento pessoal? Post e comente a temática! 21/02/14.

Dilma, Brasil e Cuba: dois pesos e duas medidas

Posted by João Luis

charge-Cuba50anos-Benett
A ida da presidenta Dilma Rousseff a Cuba vem sendo execrada por segmentos da sociedade, que talvez não se lembrem que o que materializou a necessidade da vinda de médicos estrangeiros ao Brasil, e particularmente ao Rio, foi a morte de uma menina que, ferida na cabeça, não encontrou num hospital municipal um neurocirurgião que a operasse.
Todos criticam Dilma, mas ninguém critica as empresas brasileiras que foram à mesma Cuba ganhar dinheiro em um país de população pobre e carente.
E ninguém critica Dilma por levar, sob suas asas, empresas brasileiras para ganhar dinheiro em Cuba, sem qualquer tipo de concorrência. Talvez os salários pagos aos cubanos não possam ser mais altos justamente por causa do ganho fácil das empresas brasileiras.
Dilma foi a Cuba por razões sociais e humanitárias. As grandes empresas brasileiras - que a sociedade poupa de ataques - vão por motivos bem menos nobres.
Toma lá, da cá. E viva o povo brasileiro! Comente a temática! 19/02/14.

Brasileiros investem em geradores de energia e pensam em economia

Posted by João Luis

Brasileiros investem em energia limpa e ganham com economia
Produzir a própria energia está se tornando um bom negócio no Brasil. Já tem gente ganhando desconto na conta de luz. Se a fonte for limpa e renovável, como o sol ou o vento, é possível ter excelentes descontos ou mesmo deixar de pagar a conta de luz.
Isso é possível no Brasil desde o ano passado, quando a Aneel regulamentou as regras da Microgeração Distribuída de Energia.
Quem instalar, por exemplo, placas fotovoltaicas ou aerogeradores no telhado ou no quintal de casa, e produzir em algum momento mais energia do que consome, poderá fornecer o excedente para a distribuidora local.
Um equipamento registra a quantidade de energia gerada pela residência. O excedente é convertido em reais que viram desconto na conta de luz e ela pode sair até de graça.

Por duas placas solares no telhado, o casal que vive no Rio de Janeiro pagou R$ 6,5 mil, incluindo instalação. Graças ao sol será possível ligar televisão, geladeira e as muitas luzes da sala. “Em sete ou oito anos, a gente acredita que se paga. A vida útil das placas é de 25 anos. Então a gente ainda tem esse excedente todo de tempo pra até no futuro estar investindo em mais placas e contribuindo com geração de energia para a rede da Light e barateando ainda mais a nossa conta de luz”, diz Diana Frajtag, dona da casa.

O proprietário de outra casa em Brasília foi mais longe. Investiu mais de R$ 100 mil em uma micro-usina solar. São 40 placas fotovoltaicas, o suficiente para abastecer cinco residências típicas de classe média no Brasil. “Se o sol é forte, você consegue produzir mais energia do que você consome. Essa energia vai para o sistema de distribuição. Mais tarde, especialmente de noite quando não tem produção de energia, aí passa a receber a energia. É um sistema de crédito e débito. Você produziu mais, gera um crédito. Você consumiu, consome esse crédito. Só por conta desse mecanismo que a legislação federal possibilitou é que eu me animei a comprar e instalar todo esse sistema aqui em casa”, explica Luis Alberto Bettiol.

Produzir energia eficiente para abastecer a própria casa ou empresa tem justificado o aparecimento de novos negócios no Brasil. Em uma pequena fábrica em Maricá, a aproximadamente 40 quilômetros do centro do Rio de Janeiro, já foram fabricadas e vendidas mais de 500 microturbinas de vento de um modelo convencional, que parece um ventilador de teto maior. Agora a grande vedete da linha de montagem é uma microturbina vertical. A grandde vantagem dela é captar diferentes correntes de vento a partir de um mesmo ponto.

“Nós trabalhamos com vários nichos de mercado. Nas telecomunicações é importante para gente, o uso em plataformas de petróleo e terminais é, começa a ficar significativo para a gente. Nós temos uma clientela espetacular nas universidades, nós estamos presentes em 60 universidades, o nosso público é quem precisa de energia ou quer gerar sua própria energia”, diz Luiz Cezar Pereira, diretor executivo da Enersud.

A fábrica produz 12 turbinas por mês. O custo varia de R$ 4,5 mil para os modelos menores e até R$ 45 mil, para os aerogeradores capazes de abastecer até três residências de uma só vez.

Um dos primeiros clientes foi o aposentado Edson Eduardo Weissinger. A energia do vento é armazenada em baterias que asseguram metade da energia consumida na casa. “A região aqui é muito deficiente no atendimento de energia elétrica. Falta muita luz aqui. Então este aparelho nos dá a satisfação de ter no momento de falta de luz a minha casa está toda iluminada. Além disso, tem aproveitamento de energia elétrica para aparelhos eletrodomésticos. Seja micro-ondas, seja liquidificador, batedeira. Devo economizar em torno de R$ 200 a R$ 250 do aparelho”.
Pelas contas da Aneel, existem hoje 39 micro-geradores de energia oficialmente registrados. Vinte projetos solares, dezoito projetos eólicos e um de biomassa. Outros 100 projetos estão em fase de implantação.

“Nossa expectativa é que nos próximos cinco anos a gente tenha ai em torno de 30 mil pontos instalados no Brasil todo”, acredita Carlos Alberto Mattar, superintendente de regulação dos serviços de distribuição de energia elétrica da Aneel.

Trinta mil pontos de micro-geração equivaleriam a 2,5 gigawwats de potência, o suficiente para abastecer uma população de aproximadamente um milhão de pessoas. Um país em que a população passa a produzir a energia que consome e ainda se beneficia disso. O Brasil do futuro começa a virar realidade.
Quando tais energias serão de fato popularizadas? A solução é uma realidade para diminuir a pressão sobre fontes convencionais de energia. Faltam politicas públicas eficazes para a multiplicação de projetos de energias limpas e renováveis. Post e comente a temática! 13/02/14.

Rússia critica EUA após comentários de Obama sobre Síria

Posted by João Luis

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia acusou os Estados Unidos nesta quarta-feira de distorcer deliberadamente a sua posição sobre a Síria, depois que o presidente norte-americano, Barack Obama, criticou Moscou por contestar um projeto de resolução da ONU sobre o envio de ajuda à Síria.
Moscou disse que vetaria o projeto de resolução árabe-ocidental sobre o acesso de ajuda à Síria em sua forma atual, dizendo que estava "distante da realidade" e que só poderia considerar um texto livre de "acusações unilaterais" contra Damasco.
Falando em Washington na terça-feira, Obama afirmou a repórteres que seu governo disse aos "russos que eles não podem dizer que estão preocupados com o bem-estar do povo sírio quando há civis famintos".
O porta-voz da chancelaria russa, Alexander Lukashevich, rejeitou estas observações como "peremptórias" e injustas e disse que Moscou estava igualmente preocupado com a grave crise humanitária na Síria assim como Washington.
Lukashevich elogiou o acordo sobre um cessar-fogo que permitiu a entrega de ajuda humanitária e a retirada de civis da cidade síria de Homs, ressaltando o papel que os diplomatas russos tiveram neste esforço.
O porta-voz disse que Washington tinha todas as informações que precisava para entender isso e construir uma visão realista do que se passa no terreno na Síria, tanto na esfera humanitária como no processo de desarmamento.
"Nesse sentido, surge a pergunta - por que a posição russa sobre a Síria está sendo intencionalmente distorcida de um modo tão tendencioso?", disse ele.
Os EUA e o Ocidente acusam a Rússia de proteger o presidente sírio, Bashar al-Assad.
Por que será? Vender armas para os Sírios? E parte importante do mundo Árabe? Post e comente a temática! 12/02/14.

Suíços querem limitar entrada de imigrantes no país

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Nas urnas, 50,3% da população dizem "sim" à proposta de partido populista de direita contra a "imigração em massa" na Suíça. Principais afetados serão cidadãos europeus. Acordos com a UE agora devem ser renegociados.
Por uma maioria bastante apertada, apenas 50,3%, os suíços aprovaram neste domingo (09/02) a iniciativa "contra a imigração em massa", proposta pelo populista de direita Partido Popular Suíço (SVP), que pretende limitar o número de imigrantes no país. O governo em Berna tem agora um prazo de três anos para elaborar regras mais rígidas a fim de coibir a fixação de estrangeiros na Suíça, medida que deverá afetar principalmente cidadãos da União Europeia (UE).
O governo também deverá realizar mudanças no acordo de livre circulação de pessoas, assinado em 1999 com a União Europeia. Não existem números concretos sobre o limite da imigração. A iniciativa prevê, no entanto, que o contingente migratório deve considerar "os interesses econômicos" do país.
Em Bruxelas, a UE já havia anunciado que não iria aceitar uma infração de acordos vigentes. Por esse motivo, a Comissão Europeia já colocou em questão o acesso privilegiado da Suíça ao mercado único do bloco.
Bastante popular
Desde que o acordo de livre circulação de pessoas entre a Suíça e a UE entrou em vigor, no ano de 2002, cerca de 80 mil cidadãos do bloco europeu vêm se estabelecendo anualmente na Suíça – dez vezes mais do que o esperado pelo governo em Berna.
Atualmente, a república alpina conta com 8,1 milhões de habitantes e uma porcentagem de estrangeiros que gira em torno de 25% – cifra três vezes maior do que a da Alemanha. Aproximadamente 1,25 milhão dos estrangeiros na Suíça são provenientes de países da UE. A maioria vem da Itália e da Alemanha.
O SVP, o partido mais forte no Parlamento, acusa o governo de ter perdido o controle sobre as regras de imigração. Isso teria levado a consequência fatais, afirma o SVP, como baixos salários para trabalhadores locais, sobrecarga dos sistemas de saúde, educação, transporte, como também à falta de moradias, urbanização exacerbada e uma queda generalizada da qualidade de vida.
No entanto, a imigração de mão de obra especializada vinda de países próximos, juntamente com a vantajosa norma que garante livre acesso das empresas suíças ao gigantesco mercado europeu, são considerados os principais fatores que impulsionaram o crescimento econômico da Suíça nos últimos anos. Metade das exportações do país tem como destino países da EU.
Xenofobia interna? Comunidade europeia? Super Estado? Post e comente a temática! 10/02/14.

Ano de 2013 foi o sexto mais quente desde o século 19

Posted by João Luis

Segundo Organização Meteorológica Mundial, ano passado ficou empatado com 2007 na sexta colocação

O ano de 2013 foi o sexto mais quente desde meados do século 19, quando começou o registro moderno de temperaturas do planeta. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (5) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), que considera essa uma referência para confirmar mudanças do clima. O ano passado ficou empatado com 2007 na sexta colocação.
Mais: 
"A temperatura mundial do ano 2013 é congruente com a tendência para o aquecimento a longo prazo", disse secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.
Tanto em 2013 como em 2007, as temperaturas da superfície do oceano e da Terra foram 0,5 graus centígrados superiores à média entre 1961 e 1990 e 0,03 graus centígrados mais altas do que a média do último decênio (2001-2010).
Os mais quentes foram 2005 e 2010, com temperaturas mundiais 0,55 graus centígrados superiores à média de longo prazo. O ano de 1998 foi o mais quente, quando houve fenômenos intensos, relacionados ao fenômeno El Niño.
Brasil:
De acordo com a OMM, 2013 foi um dos quatro anos com as temperaturas mais altas em condições neutras; isto é, sem episódios de El Niño ou de La Niña, responsáveis pelo aquecimento e pela queda de temperatura de extensas zonas do mar, respetivamente.
Os dados divulgados nesta quarta-feira antecipam a versão completa da declaração da OMM sobre o estado do clima em 2013, que será publicada em março de 2014, com pormenores sobre precipitação, inundações, secas, ciclones tropicais, cobertura de gelo e nível do mar em escala regional.
O clima ficou maluco ou estamos vivendo o revés das ações antrópicas? Post e comente a temática! 07/02/14.

Análise: No Brasil, presidenciáveis olham o passado para política externa

Posted by João Luis

O Brasil, que em outras épocas mereceu o epíteto de "gigante autista" por causa de sua baixa integração com o resto do mundo, hoje tem investido pesadamente em projeção externa.
Na esteira dos megaeventos esportivos que o país sediará –Copa do Mundo e Olimpíada–, diversos atores sociais vêm buscando discutir e qualificar a nossa inserção internacional.
Salta aos olhos, neste momento, a forma como figuras importantes da oposição política à presidente da República têm abordado, com inédita ênfase, os temas da política externa.
Aécio Neves (PSDB-MG) dedicou-se recentemente ao assunto. Em documento que lança as bases da sua campanha ao Planalto, ressaltou o compromisso com uma "diplomacia da prosperidade", fortemente baseada nas alianças comerciais com EUA, Europa e asiáticos e numa volta à tradição de pragmatismo do Itamaraty.
Fernando Henrique Cardoso, por sua vez, pontificou em artigo na grande imprensa que a recuperação do dinamismo econômico do país estaria condicionada à assinatura de acordos de livre comércio com o mundo desenvolvido, bem como ao fim de alinhamentos automáticos com os países bolivarianos da América do Sul.
A visita de Dilma Rousseff a Davos, primeira na condição de chefe de Estado, também é uma indicação desse fenômeno.
Ante a possibilidade de reeleição da presidente, o mundo se pergunta o que vem por aí.
A proposta governista para a política exterior de um futuro mandato, porém, não está clara.
A descontinuidade na chefia do Ministério das Relações Exteriores, com a saída de Antonio Patriota e o ingresso de Luiz Alberto Figueiredo, gerou incertezas e algumas inconsistências.
Por essa razão, o discurso da mandatária brasileira no dia 24 de janeiro era aguardado com ansiedade pela organização do Fórum Econômico Mundial.

Esperava-se que a presidente Dilma pudesse entregar à audiência mais do que referências genéricas a desenvolvimento econômico, inclusão social ou sustentabilidade ambiental.
Correndo por fora nas eleições presidenciais deste ano, Eduardo Campos (PSB-PE) ainda não se posicionou sobre a política externa.

A julgar pelo manifesto institucional do seu partido, pode-se imaginar uma condução levemente inclinada à esquerda, guiada pelos princípios da igualdade soberana e do pacifismo.
As temáticas de meio ambiente e direitos humanos devem ganhar mais destaque, em função da provável composição de chapa com Marina Silva.

Em todo caso, fica a incômoda sensação de que as agendas internacionais de PSDB, PT e PSB voltam-se para as arengas do passado, e não para os dilemas do presente. Afinal, a encruzilhada na diplomacia do século 21 não é mais aquela que opõe liberalismo econômico a nacionalismo político.
Há um novo temário das relações internacionais sendo desconsiderado, fruto das mudanças profundas que acompanharam o fim da Guerra Fria.
Enquanto estas linhas são escritas, inúmeras situações dramáticas, relativas a uso de robôs em conflitos, ciberpirataria, escassez energética e de água potável, migrações e xenofobia, guerras civis e reconstrução de Estados devastados, pandemias, crime transnacional, emprego de armas de destruição em massa, descrédito do multilateralismo etc. estão sendo vivenciadas ao redor do planeta.
Muitas das quais, inclusive, com impactos diretos e imediatos sobre o Brasil.
O Brasil entrou de vez na era da globalização das relações exteriores. Seremos mais um? Ou protagonistas? Sermos BRICS indica mudança de curso? Presidir a OMC é sinal claro de mudanças? Post e comente a temática! 01/02/14.

Maduro diz que EUA têm "visão de dinossauro da América Latina"

Posted by João Luis

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou de "insolente" a declaração crítica feita pelos Estados Unidos sobre a Cúpula da Celac realizada em Havana. Em entrevista na noite de quinta-feira, ele disse que o texto reflete "a visão de dinossauro" que a potência do norte tem da América Latina.
Pouco antes, Washington expressou sua decepção com os membros do grupo de países ao considerar que ele "traiu" o compromisso do continente americano com a democracia ao "abraçar o sistema de partido único em Cuba".

Nicolás Maduro se encontra com o líder cubano Fidel Castro, após cúpula da Celac em Havana
Nicolás Maduro se encontra com o líder cubano Fidel Castro, após cúpula da Celac em Havana
Essa avaliação, segundo o presidente venezuelano, expressa "amargura" porque a história e o "poderoso espírito vital" da América Latina e do Caribe "estão derrotando os interesses e intenções do império americano e de toda a burguesia que abraça esses interesses imperiais".
"Que se acostumem a respeitar e que tratem de buscar uma nova visão de nosso continente. Com esta visão de dinossauros não poderão entender o que está acontecendo e, sobretudo, o que vai acontecer em nossa vida econômica, social e política nos anos que estão por vir", declarou Maduro.
Para Maduro, a cúpula regional de Havana "foi um sucesso total" e um "feito histórico que a América Latina e o Caribe tenham conseguido se unir e estejam consolidando a nova união do continente como um poderoso bloco de povos, repúblicas e países".
"Que enfiem goela abaixo sua declaração porque a América Latina vai seguir seu rumo em paz, com tranquilidade, na diversidade e de forma unificada, portanto que se sintam amargurados e desencorajados pelo que resta do século 21". 
Será que ficaremos durante o século 21 agindo como se fosse a guerra fria? Morrem dirigentes ortodoxos e nascem piores? Post e comente a temática! 01/02/14.