PSDB barra investigações sobre cartel na Assembleia

Posted by João Luis

A base de sustentação do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na Assembleia Legislativa de São Paulo conseguiu blindar o Palácio dos Bandeirantes contra investigações sobre o cartel que atuou em licitações do Metrô e da CPTM durante sua administração e em outros governos tucanos.
Sem número suficiente de deputados para instalar uma CPI, a oposição tentou convocar autoridades, empresários e consultores envolvidos com o cartel a prestar depoimentos em duas comissões.
Desde agosto, foram apresentados 38 requerimentos para que fossem chamadas 26 pessoas. Dessas, só três foram ouvidas pelos deputados.

As comissões em que os pedidos foram feitos –de Transportes e Infraestrutura, ambas com maioria governista– adiaram a análise de vários pedidos indefinidamente, rejeitaram outros e ainda transformaram convocações em convites, o que desobriga o convidado de comparecer.
"Eles estão obstruindo justamente para dificultar o processo investigativo", disse o líder dos petistas na Assembleia, Luiz Cláudio Marcolino.
Os deputados governistas dizem que não houve blindagem e que as três pessoas ouvidas eram as mais relevantes: o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e os atuais presidentes do Metrô, Luiz Antonio Pacheco, e da CPTM, Mário Manuel Bandeira.
"As pessoas mais importantes foram chamadas, e todos os deputados puderam tirar suas dúvidas. Foi tão transparente que nenhum questionou qualquer resposta dada por eles", disse João Caramez (PSDB), presidente da Comissão de Transportes.
O requerimento que levou Fernandes à Assembleia foi uma concessão da base de Alckmin para enfraquecer o discurso do PT, que usava o argumento de que as comissões não investigavam o caso para tentar criar uma CPI.
Para adiar a análise dos requerimentos, os aliados do governador se valem de uma norma do regimento da Assembleia que permite que cada deputado peça vistas do pedido uma vez, adiando a votação por uma semana.
A oposição usa a mesma tática para adiar votações e evitar que pedidos sejam derrubados nos dias em que há maioria governista presente na reunião da comissão.
Entre as pessoas que deixaram de depor está Pedro Benvenuto, ex-assessor da Secretaria de Transportes Metropolitanos acusado de repassar informações do Metrô e da CPTM a um consultor.
Sua convocação foi transformada em convite a pedido de um deputado do PPS e aprovada, mas ele não compareceu no dia marcado.
Os presidentes do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Vinicius Carvalho, e da Siemens, Paulo Stark, e o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) também ignoraram convites das comissões e não compareceram.
Estão pendentes na pauta da Comissão de Transportes pedidos para ouvir os executivos da Siemens que denunciaram o cartel ao Cade, entre eles Everton Rheinheimer, que disse à Polícia Federal que políticos do PSDB receberam propina do esquema.
A comissão derrubou ainda requerimentos para ouvir João Roberto Zaniboni, ex-diretor da CPTM que recebeu US$ 836 mil numa conta na Suíça, e José Fagali Neto, consultor que recebeu informações de Pedro Benvenuto.
Para os governistas, os pedidos feitos pela oposição são "eleitoreiros" e "não passam de politicagem". "Se deixar por conta deles, todo dia tem dois ou três servidores pra ser ouvidos", disse Dilador Borges (PSDB), da Comissão de Infraestrutura. "Não nos podemos dar o luxo de ficar ouvindo as pessoas por ouvir."
A oposição também tentou evitar constrangimentos. Quando o tucano Caramez pediu que o presidente do Cade fosse chamado para explicar suas ligações com o PT, foi a vez de o deputado petista Gerson Bittencourt pedir o adiamento do requerimento.
Editoria de Arte / Folhapress
                                             Folha on line 24/12/13.

Até 2014!

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Galera, estou dando um tempo nas postagens até o início de 2014. Feliz Natal e Prospero Ano Novo para todos. Esperanças renovadas e muita saúde. 17/12/13.

Brasil se preocupa com nova lei da maconha no Uruguai

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Apesar de evitar tratar do tema publicamente, o governo brasileiro se preocupa com os impactos da decisão sobre a maconha no Uruguai, que anteontem se tornou o primeiro país no mundo a legalizar a produção e o comércio da droga.
Dilma Rousseff tratou pessoalmente do tema com o presidente uruguaio José Mujica no mês passado, quando ele esteve em Brasília. Na ocasião, Dilma disse que entendia e respeitava a discussão, mas expressou receio em relação aos efeitos da liberação, em especial no Brasil.
Mujica disse que o Uruguai não será uma Amsterdã, destino do chamado turismo da "droga", e assegurou que todo tipo de controle será usado para evitar que a lei seja desvirtuada.
Apesar das promessas de Mujica, o Brasil se prepara para reforçar o controle de pessoas e bagagens, se confirmado o esperado aumento no fluxo de brasileiros ou uruguaios cruzando a fronteira.
A Polícia Federal poderá enquadrar em tráfico internacional de drogas quem tentar entrar no Brasil com qualquer quantidade de maconha. A pena para tráfico de entorpecentes --três a dez anos de prisão-- pode ser acrescida de até seis anos caso fique constatada a "transnacionalidade do delito".
Não se acredita, entretanto, que a nova lei vá inverter as rotas do tráfico. O Paraguai deverá permanecer como o principal produtor de maconha da América Latina. Atualmente, ele é responsável, segundo estimativas da PF, por até 95% da maconha que entra no Brasil.
Indagado se a "moda vai se espalhar", o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) disse que "cada país deve, de acordo com a sua realidade, seguir o caminho que acredita ser justo". O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que a medida não deve ter nenhum impacto sobre a saúde pública brasileira.
"A lei brasileira já não criminaliza o usuário. O grande desafio que temos, no Brasil, é montar uma rede de cuidados à saúde para pessoas que sejam vítimas do uso abusivo de drogas, sobretudo o crack", afirmou.
ESPECIALISTAS
Especialistas ressaltam que a ação uruguaia é apenas uma de um conjunto de medidas adotadas na tentativa de recuperar áreas degradadas e combater o aumento da violência no país.
"Em vez de responder com caveirões, unidades agressivas de choque e robocops, eles optaram por ações de prevenção e um enfoque mais progressista em relação ao problema. Esta legalização da produção e comércio da maconha é apenas uma das estratégias", diz o sociólogo Cláudio Beato, do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG.
Agora é oficial. Teremos um surto de sul americanos realizando "turismo" para o Uruguai? E as fronteiras como ficam? Tema polêmico! Post e comente a temática! 12/12/13.

OMC conclui primeiro acordo comercial global em quase 20 anos

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A Organização Mundial de Comércio (OMC) concluiu nessa manhã de sábado, em Bali na Indonésia, o primeiro acordo comercial em quase 20 anos. É um pacote modesto, que inclui apenas alguns temas da ambiciosa Rodada Doha. Ainda assim, representa um fôlego para a credibilidade da Organização Mundial de Comércio (OMC).
A pequena ilha de Cuba e os países "bolivarianos" --Venezuela, Bolívia, Nicarágua-- bloquearam o acordo até o último minuto, reclamando que não fazia sentido aprovar um acordo para facilitar o comércio, enquanto os Estados Unidos têm um embargo contra os cubanos. Mas acabaram cedendo.
O pacote de 10 textos é dividido em três temas: desburocratização do comércio, agricultura e promoção do desenvolvimento dos países pobres. As estimativas otimistas calculam que o acordo pode gerar um incremento de US$ 1 trilhão do comércio global - se as medidas para tornar portos e aduanas mais eficientes foram totalmente implementadas.
"É um acordo ambicioso. Se não fosse, não teria sido tão difícil de fechar", disse o brasileiro Roberto Azevêdo, diretor geral da OMC, à Folha.
O grande duelo do acordo foi entre Índia e Estados Unidos sobre os programas de segurança alimentar dos países pobres. O governo indiano enfrenta eleições em quatro meses e não poderia "abandonar" 600 milhões de pequenos produtores rurais que dependem da compra de arroz e grãos pelo Estado. Já os EUA queriam garantias que os programas não se tornariam um "cheque em branco" para subsidiar.
Os indianos, que resistiram às pressões internacionais, conseguiram o que queriam. A cláusula de paz --uma espécie de "trégua" para que os subsídios dos programas de segurança alimentar dos países em desenvolvimento não sejam questionados na OMC-- vai durar até que os países cheguem a uma solução permanente para os programas de segurança alimentar.
E a guerra comercial continua. A OMC criada em 1995 em substituição ao GATT tem tido um papel importante na tentativa de quebra de barreiras comerciais, entretanto, os vícios do passado e a falta de confiança em verdadeiras mudanças no presente ainda atormentam a credibilidade internacional do órgão. Post e comente a temática! 07/12/13.  

MORRE MANDELA, NÃO SEU LEGADO.

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A África nunca terá visto nada igual. Em meio a tristeza inimaginável, a morte de Nelson Mandela será marcada pelos maiores eventos jamais organizados no continente, e que serão acompanhados pelo maior número de pessoas.
O presidente sul-africano, Jacob Zuma, disse na noite de quinta-feira: "Nosso amado Madiba terá um funeral de Estado. Dei ordem para que todas as bandeiras da República da África do Sul sejam hasteadas a meio-pau e que continuem a meio-pau até depois do funeral."

O funeral vai rivalizar com o do papa João Paulo 2º, em 2005, que teve a presença de cinco reis, seis rainhas e 70 presidentes e primeiros-ministros, além de 2 milhões de fiéis. O mais próximo disso que já se viu no Reino Unido talvez tenha sido o funeral de Estado dado a Winston Churchill em 1965.
A expectativa é que todos os presidentes americanos vivos compareçam, desde que sua saúde o permita, ao lado de dignitários estrangeiros que irão desde o príncipe Charles até o presidente zimbabuano, Robert Mugabe. Celebridades que se consideravam próximas de Mandela, como Oprah Winfrey, também deverão estar presentes.
Tudo isso assinala um pesadelo sem precedentes de planejamento e segurança para a África do Sul, no exato momento em que o país está mergulhado no luto pela figura vista como pai da nação. É provável que o país virtualmente pare por duas semanas enquanto a morte de Mandela for marcada de várias maneiras, algumas das quais espontâneas e imprevisíveis.
"Ele é o herói do planeta", disse um diplomata estrangeiro de alto nível. "Será o maior funeral de Estado desde Winston Churchill, e acho que qualquer país teria dificuldade em organizar algo assim."
Um documento interno do governo sul-africano ao qual o "Guardian" teve acesso define uma programação provisória de 12 dias a partir do momento da morte. Embora o documento tenha sido redigido mais de um ano atrás e seja sujeito a revisões, oferece uma visão de como as autoridades se prepararam para um momento ímpar na história.
"Corpo será levado para o necrotério sob guarda policial. Planos para possível cobertura ao vivo sendo estudados", diz o documento para o dia um.
"Livros de condolências serão abertos em todas as missões estrangeiras, na Fundação Nelson Mandela, na Union Buildings [residência oficial e gabinete do presidente da África do Sul] e possivelmente no Museu Mandela em Soweto", está previsto para o dia dois.
No dia três, diplomatas estrangeiros receberão um briefing em Pretória e serão discutidos os aspectos logísticos do velório de Mandela. No dia quatro, vários dignitários visitarão a família de Mandela.
No dia seis haverá uma cerimônia religiosa memorial com a presença de dignitários e líderes de organizações, "com o corpo presente. O presidente Jacob Zuma fará um discurso, haverá telões do lado de fora da Prefeitura, e possivelmente em Soweto, Cidade do Cabo e vários outros lugares."
De acordo com o documento provisório, no dia oito o corpo de Mandela será levado à sede da Prefeitura de Pretória, onde será velado por três dias. "O corpo ficará no local até muito tarde cada dia e então removido para ser preparado para o dia seguinte... dentro de um féretro coberto de vidro, para possibilitar a visualização."
No dia nove, as forças armadas farão um ensaio do funeral oficial de Estado na Union Buildings, onde Mandela tomou posse como presidente após a primeira eleição democrática no país, em 1994. Chefes de Estado de vários países chegarão aos aeroportos de Pretória e Johannesburgo.
Haverá mais chegadas no dia 10, e ruas serão fechadas. "Todas as medidas de segurança serão implementadas. Os preparativos finais na Union Buildings incluirão a entrega de equipamentos a serem usados na cerimônia. O corpo será levado mais tarde para ser preparado pela última vez."
No dia 11 terá lugar uma procissão do mortuário até a Union Buildings, seguida por um funeral de Estado no anfiteatro da Union Buildings, com a presença de chefes de Estado. A cerimônia será transmitida em telões espalhados pelos jardins da Union Buildings e na Prefeitura de Pretória, onde é aguardada a presença de uma multidão maciça.
O memorando diz ainda: "Após a cerimônia o corpo será retirado e mais tarde, durante a noite, levado de avião pelos militares até Qunu (a aldeia natal de Mandela, na província do Cabo Oriental) para o sepultamento final".
Para o dia final do plano está previsto: "Procissão matinal pelas ruas e então até a casa da família para o sepultamento final no complexo residencial da família Mandela, não no cemitério familiar".
Entre os convidados ao funeral de Estado é quase certo que estejam Barack Obama, sua mulher, Michelle, que visitou Mandela na África do Sul em 2011, e as filhas do casal, além de Bill e Hillary Clinton, que o conheciam bem. Está prevista também a presença de ex-presidentes americanos e de grandes delegações de ministros e parlamentares.
Uma fonte da alta comissão britânica em Pretória disse que está prevista a presença também do príncipe Charles e do primeiro-ministro britânico. Os aliados do Congresso Nacional Africano na África e fora dela, como em Cuba, também devem ter presença destacada, ao lado de chefes de Estado e membros de famílias reais de todo o mundo.
Mas as autoridades sul-africanas teriam dito a diplomatas que não devem esperar que seus dignitários recebam tratamento VIP --que a prioridade será dada a sul-africanos, depois a líderes africanos e a outros movimentos de libertação, enquanto o resto do mundo virá depois.
Os eventos vão atrair um exército imenso de equipes de jornalismo internacionais, repórteres, fotógrafos e analistas, alguns dos quais vinham se preparando havia anos para este momento.
Consta que grandes redes de TV já reservaram há muito tempo sacadas de hotéis que dão para a Union Buildings, além de casas em Qunu. Mesmo assim, é provável que haja uma disputa acirrada por hospedagem e pelos melhores pontos desde os quais acompanhar e filmar os eventos.
Longe desses pontos focais principais, haverá eventos memoriais em cidades e vilas em todo o país. A África do Sul é um misto bizarro de modernidade high-tech e infraestrutura insuficiente, e às vezes as duas coisas se vêem lado a lado.
Os próximos dias vão testar como nunca antes sua capacidade de sediar um evento global, deixando muito para trás os desafios criados pela Copa do Mundo de 2010, que foi amplamente saudada como triunfo, desmentindo os céticos.
Post e comente a temática da passagem do grande líder Mandela. 06/12/13.

China acusa Japão de querer politizar criação de zona de defesa aérea

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A China acusou nesta segunda-feira o Japão de querer politizar a criação de uma zona de defesa aérea que inclui áreas disputadas com Tóquio e Seul. A medida foi anunciada na semana passada de forma unilateral por Pequim e gerou forte atrito com os vizinhos e os Estados Unidos.
De acordo com o texto chinês anunciado em 26 de novembro, todos as aeronaves estrangeiras que entrarem no que a Pequim considera seu espaço aéreo no mar do Leste da China devem se identificar, apresentar seu plano de voo e manter comunicação por rádio.
Em entrevista coletiva, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, afirmou que o país pede ao Japão que "detenha suas acusações sem fundamento, mostre uma atitude responsável e coopere para manter a ordem na zona".
A declaração é uma crítica ao governo japonês, que pediu às empresas aéreas do país não avisar aos chineses caso passem pela zona disputada. Para Pequim, a decisão "não faz nenhum bem para a cooperação em aviação civil".
"A zona de defesa aérea não está direcionada a nenhum país concretamente. Procura salvaguardar nosso território e não afetará a liberdade de voo. Esperamos que outros países nos entendam e cooperem conosco", defendeu Hong.
Além do Japão, a Coreia do Sul também orientou suas companhias aéreas a não avisar Pequim se passarem perto das áreas disputadas. A decisão é tomada mesmo após os Estados Unidos aconselharem as empresas do país a comunicarem aos chineses caso transitem pela nova zona de defesa aérea.
Em resposta, o porta-voz do gabinete nipônico, Yoshihide Suga, descartou qualquer mudança no pedido às empresas, mesmo com a diferença de critério adotado por Washington. Ele ainda afirmou que Tóquio quer manter a sintonia com os Estados Unidos para enfrentar a crise diplomática.
TENSÃO
O anúncio da criação da zona de defesa aérea no mar do Leste da China elevou a tensão na região ao incluir ilhas disputadas entre Tóquio e Pequim, chamadas Diaoyu pelos chineses e Senkaku pelos japoneses. A área também inclui a plataforma rochosa de Ieodo, que é disputada por chineses e coreanos.
Após a decisão unilateral da China, diversos aviões dos EUA, Japão e Coreia do Sul cruzaram a aérea sem cumprir com o estabelecido por Pequim. Esses e outros países, como a Austrália e Filipinas, mostraram sua "preocupação" e seu "mal-estar" pela nova zona aérea da China.
Nesta segunda, os Estados Unidos enviaram um avião militar para caçar submarinos e outras embarcações em áreas próximas da China, além de outros seis aviões militares. O reforço, já previsto antes da polêmica provocada pela declaração de Pequim, é feito um dia antes da chegada do vice-presidente Joe Biden.
Disputar espaço aéreo é no mínimo um ato de risco, principalmente quando a China é parte interessada. Fica a pergunta. Por que o Japão tem interesse nessa área de litigio com a Coreia do Sul? Post e comente a temática! 02/12/13. 

Acordo nuclear do Irã começará a ser implementado até janeiro

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A suspensão por seis meses por parte do Irã de algumas de suas polêmicas atividades nucleares prevista pelo acordo acertado com as grandes potências começará no final de dezembro ou início de janeiro, afirmou a agência de energia nuclear da ONU (AIEA) nesta sexta-feira.
Perguntado para quando espera o início do acordo, que tem seis meses de duração, o embaixador Reza Najafi disse a repórteres: "Esperamos que ou no fim de dezembro ou no começo de janeiro a gente possa começar a implementar as medidas acertadas por ambos os lados."
O acordo provisório concluído no domingo (24), em Genebra, entre Teerã e o Grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha mais a Alemanha) é válido por seis meses.
Ele deve se tornar definitivo dentro de um ano.
Em virtude do acordo, o Irã deixará de enriquecer urânio a mais de 5% durante seis meses, suspenderá a construção do reator de água pesada de Arak, destinado inicialmente a fabricar plutônio, um material útil para fabricar bombas atômicas, e permitirá um acesso maior dos inspetores internacionais às instalações nucleares.
Em compensação, serão aliviadas em parte as sanções internacionais impostas há anos ao Irã por enriquecer urânio.
As potências ocidentais e Israel suspeitam que o programa nuclear do Irã tem o objetivo de obter armas atômicas. Teerã sempre negou que essa acusação.
AIEA
A AIEA terá um papel primordial na hora de verificar a aplicação do acordo.
Najafi assinalou que já houve conversas preliminares com a agência a propósito da verificação.
Na quinta-feira (28), o diretor-geral da agência atômica da ONU, Yukiya Amano, admitiu que sua instituição não tem meios suficientes para desempenhar as tarefas suplementares previstas pelo acordo de Genebra.
"Isso vai requerer uma quantidade significativa de dinheiro e um aumento de pessoal. O orçamento da AIEA está muito apertado. Não creio que possamos cobrir o conjunto das tarefas com nosso próprio orçamento", afirmou.
Também na quinta, o Irã convidou a AIEA para inspecionar, a partir de 8 de dezembro, o local de produção de água pesada em Arak.
O reator de Arak está no centro das preocupações das grandes potências, pois poderia fornecer ao Irã a capacidade de extrair plutônio, uma alternativa ao urânio enriquecido para construir uma bomba atômica.
A AIEA já inspecionou em várias ocasiões este reator, mas nunca recebeu detalhes sobre o seu projeto e seu funcionamento desde 2006 e não é autorizada a visitar o local de produção de água pesada desde agosto de 2011.
O Irã se comprometeu a abrir a usina de Arak para inspetores da agência dentro do acordo provisório de seis pontos para "estabelecer a confiança entre as duas partes".
Este acordo, assinado em Teerã em 11 de novembro durante uma visita de Yukiya Amano, também inclui uma visita à mina de urânio de Gachin e um compromisso do Irã de fornecer informações sobre seus possíveis planos para novos reatores nucleares de enriquecimento no local.
"Todas as demais questões em suspenso, incluindo as levantadas em relatórios anteriores, serão abordados aos poucos", indicou o chefe da AIEA.
Vejamos se agora a situação fica mais calma e finalmente a questão nuclear no Irã ganha uma capitulo final. Post e comente a temática! 30/11/13.

CURIOSIDADE: Esta ilha guarda os restos em decomposição da frota nuclear soviética

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soviet remains (1)
soviet remains (2)
soviet remains (12)
Em geral, as ruínas do passado são mantidas a uma distância segura do público – especialmente se forem radioativas. A ilha russa Kildin, no entanto, permite admirar de perto os equipamentos militares mais assustadores do passado, que agora enferrujam em sua própria decadência.
A ilha, localizada no Mar de Barents a 120 km da Noruega, guarda uma série de reatores usados e outras peças de submarinos nucleares soviéticos.
Tudo o que você está vendo nessas fotos são resíduos, espalhados acima do solo, de nível baixo ou intermediário de radioatividade. Resíduos de alto nível foram deixados em túneis, também na ilha, para armazenamento de longo prazo.
De acordo com um guarda costeiro soviético, que testemunhou o despejo dos restos nucleares na ilha em abril de 1991, o nível de precauções de segurança foi “escandaloso”. E este seria apenas um dos cinco “lixões nucleares” na costa norte da antiga URSS.
É estranhamente bacana ver a lenta decadência dessas façanhas militares, certamente impressionantes e assustadoras no passado. Abaixo seguem algumas das fotos que Ralph Mirebs tirou da ilha fantasma soviética; você pode conferir o trabalho completo no link a seguir: [English Russia]
Quanto foi gasto na Guerra Fria e posteriormente virou sucata. A então URSS gastou tanto que perdeu o controle sobre a população de seu próprio bloco socialista. A corrida belicista e também a espacial custou muito caro para o regime. Post e comente a temática. Lembrem! Férias não representa falta de informação e interatividade. 28/11/13. 

Ativista brasileira do Greenpeace será solta sob fiança na Rússia

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A ativista brasileira Ana Paula Maciel, detida na Rússia, vai ser libertada nesta terça-feira (19) mediante o pagamento de fiança, por decisão da Justiça russa, afirmou em seu site o Greenpeace. De acordo com a agência Efe, a fiança foi fixada em  dois milhões de rublos -- o equivalente a R$ 138 mil.
Ana Paula faz parte do grupo de 30 militantes do barco do Greenpeace detido no dia 19 de setembro, após um protesto pacífico contra a exploração de petróleo no Ártico.

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Outros quatro ativistas - os argentinos Miguel Hernan Perez Orsi e Camila Speziale, o neozelandês David John Haussmann e o polonês Tomasz Dziemianczuk -- também devem ser libertados após pagar fiança, segundo o Greenpeace.
Na segunda-feira (18), a Justiça russa libertou três tripulantes após o pagamento de fiança de dois milhões de rublos, mas prorrogou a detenção de outro por mais três meses.
Os três tripulantes liberados - o porta-voz do Greenpeace Andrei Allakhverdov, a médica Ekaterina Zaspa e o fotógrafo independente Denis Siniakov - são todos russos. O australiano Colin Russell teve a detenção prorrogada até fevereiro.
Vários tribunais de São Petersburgo iniciaram na segunda-feira a análise da detenção provisória dos 30 tripulantes, que expira em 24 de novembro.
Na sexta-feira, o Greenpeace anunciou que a Comissão de Investigação, principal órgão responsável pelas investigações criminais na Rússia, desejava manter os ativistas presos por mais três meses, para "concluir a investigação".
"A libertação sob fiança (...) é, sem dúvida, uma boa notícia", comemorou o Greenpeace em um comunicado.
"Mas não podemos esquecer que as acusações não foram retiradas e que eles ainda correm o risco de serem condenados à prisão", ressaltou a ONG.
"Os procuradores decidiram por enquanto que não havia base para manter as pessoas na prisão, e isso é razoável. Mas eles serão mais razoáveis ainda se retirarem as acusações absurdas que pesam sobre os ativistas", declarou um advogado do Greenpeace na Rússia, Anton Beneslavski, citado no comunicado.
Entenda o caso
Os 30 ativistas estão detidos na Rússia desde 19 de setembro, quando um comando da guarda costeira russa abordou o barco Arctic Sunrise, no qual navegava pelo mar de Barents, região do Ártico russo.
Vários ativistas tentaram escalar uma plataforma petroleira da empresa russa Gazprom para denunciar o risco ecológico da atividade petroleira.
O Comitê de Investigação russo iniciou processos por pirataria. Os militantes negaram as acusações e atribuíram à Rússia uma ação ilegal no barco em águas internacionais.
Após as declarações, o comitê de investigação informou que as acusações seriam reduzidas para vandalismo, o que ainda não ocorreu.
Na terça-feira (1º), diretora de uma comissão de vigilância penitenciária, Irina Paikacheva, explicou à AFP que os militantes estão quase em "estado de choque" e não compreendem a acusação.
"Não podiam imaginar estas consequências depois de uma ação pacífica em um país democrático", explicou Paikatcheva.
Post e comente a temática! 27/11/13.

China flexibilizará política do filho único e abolirá trabalho forçado

Posted by João Luis

O Partido Comunista da China flexibilizará o controle de natalidade da população, conhecida como política do filho único, em vigor há 34 anos no país. A decisão, assim como outras reformas estatais, foi divulgada nesta sexta-feira pela agência de notícias estatal Xinhua.
As determinações foram tomadas durante a reunião do Comitê Central do Partido Comunista chinês, que começou no último sábado (9), para discutir reformas econômicas e políticas. Foi a primeira reunião geral sob o comando do presidente Xi Jinping, que tomou posse em março.

Segundo a Xinhua, os casais estão autorizados a ter dois filhos se pelo menos um dos cônjuges é filho único. Antes, todos os que tivessem mais de um filho eram, na teoria, obrigados a pagar uma multa. Em algumas regiões rurais, a regra era flexibilizada caso o primogênito fosse uma menina.
Uma das intenções é aumentar a taxa de fertilidade no país, que está entre 1,5 e 1,6 por família para 1,8 por família, a fim de manter o crescimento do país em um patamar considerado saudável, segundo o responsável pela aplicação da política familiar chinesa, Guo Zhenwei.
O Comitê Central considera que, para que se mantenha o nível de crescimento econômico e desenvolvimento social, a China precisa ter uma população de 1,5 bilhão em 2030. A queda da força de trabalho em 2012, de 940 milhões, reduzida em 3,4 milhões em comparação a 2011, foi outro fator relevante.
Os líderes chineses também consideraram a diferença de gênero no país. Em 2012, havia 118 homens para cem mulheres, o que dificulta os casamentos futuros. A intenção é reduzir nas próximas décadas essa taxa para a média entre 103 e 107 homens para cem mulheres.
CAMPOS DE TRABALHO
Na mesma reunião, Pequim também aboliu os campos de trabalho forçado, uma das principais formas usadas para punir os criminosos e presos políticos do país. O Partido Comunista considera que a decisão é "parte de um esforço para proteger os direitos humanos" e é tomada após fortes críticas da comunidade internacional.
Outro ponto criticado e que foi revisto é a lista de crimes sujeitos à pena de morte que, de acordo com as lideranças chinesas, será revista "passo a passo". Também foi citada a intenção de banir as confissões sob tortura e abuso físico, além de aumentar a fiscalização sob a obtenção ilegal de provas.
O governo também prevê o aumento da aplicação de penas alternativas, como o serviço comunitário, e o aumento dos esforços para prover a defensoria pública a seus cidadãos. O documento foi aprovado em uma reunião, em que foram cobrados resultados "decisivos" das determinações até 2020.
17/11/13.

Conheça as altitudes que aviões podem alcançar

Posted by João Luis

Cada modelo de aeronave tem um limite de altitude, e esse limite depende praticamente da potência do motor. Monomotores, por exemplo, são os aviões menos potentes do mundo. O popular modelo agrícola Ipanema, da Embraer, chega a atingir 938 metros de altura. Já a maior altitude registrada foi de um potentesupersônico militar soviético modificado, o MIG-25 'Foxbat': em 1977, o piloto Alexandr Fedotov subiu a 37 quilômetros na atmosfera - um recorde na aviação mundial.

Cada avião no seu quadrado

Os aviões nem sempre voam na altitude máxima. A altitude depende do tipo de viagem. O motor de um Airbus A350-800 pode subir a 13 quilômetros, por exemplo. Só que voos de modelos comerciais operam em altitude de cruzeiro - uma faixa entre os 10 e os 12 quilômetros de altura.
Essa altitude padrão é uma norma internacional baseada nos caprichos da natureza: a cada quilômetro que subimos, a temperatura da atmosfera cai cerca de 7°C. Essa diminuição drástica gera turbulência em voos. Só que, entre 10 e 12 quilômetros, a temperatura média é de -55°C - ela é praticamente constante nesses dois quilômetros. Por isso, essa faixa é a menos turbulenta, e é ali que os aviões comerciais trafegam.
A altitude de cruzeiro ainda é ideal para a economia de combustível. A velocidade é constante, e a resistência do ar é menor do que em lugares mais baixos - quanto mais alto, menos denso é o ar.

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  • Reprodução/Twitter @ricardopontes
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Como há milhares de aviões voando em uma faixa estreita ao mesmo tempo no planeta inteiro, todos devem respeitar uma norma internacional que prevê a separação de 300 metros entre uma aeronave e outra. Tanto na lateral quanto acima e abaixo. Essa separação é controlada por radares (nos aviões) e em solo (nas torres de controle).
Como o número de aviões só aumenta, já existem estudos para diminuir a separação para 100 metros. Mas não há motivo de preocupação: junto com estes estudos, as aeronaves estão cada vez mais modernas, equipadas com radares supersensíveis. Além disso, aviões comerciais trafegam em rotas pré-definidas - isso reduz a chance de colisão no ar.
Monomotores sofrem muita turbulência justamente porque a potência é tão inferior que eles não podem alcançar a faixa dos 11 quilômetros. É preciso encarar as diminuições drásticas de temperatura, os ventos inconstantes e a densidade atmosférica para voar abaixo da altitude de cruzeiro.
E os aviões militares costumam ter motores mais poderosos - só que a altura do voo depende da missão que a aeronave vai cumprir. Escapar dos radares, por exemplo, pode exigir altitudes maiores. Mas existe um truque mais eficiente para fugir do radar inimigo. Os aviões invisíveis são cobertos por um material (o nome e o tipo do material é um segredo da aeronáutica) que absorve o sinal e não o reflete de volta.

Potência máxima do motor

A não ser que o piloto queira bater um recorde de altitude, para qualquer aviãodecolar, é preciso que o motor esteja a pleno funcionamento. Afinal, as pistas de aeroportos não são infinitas, e em um determinado momento o avião precisará ter um motor potente para vencer o seu próprio peso (e consequentemente a força da gravidade) para subir.
O motor de um avião (independente do modelo) consegue ficar até dois minutos funcionando em sua potência máxima - a partir de dois minutos, ele pode esquentar-se a ponto de fundir.
Repare na próxima vez em que você estiver em um voo comercial: dois minutos após a decolagem, o barulho do motor diminui. O piloto costuma reduzir a potência do motor para cerca de 80% da capacidade máxima. Quando o avião alcança a altitude de cruzeiro, a potência diminui mais um pouco - vai para 65%. Ela continua constante até a aterrissagem, quando é reduzida ainda mais, e o comandante deixa a força da gravidade terrestre ajudar o avião a descer.

Teto operacional

Se o piloto é mais corajoso que o russo Alexandr Fedotov e sonha em bater o recorde de altitude (insuperável desde 1977), ele não vai decolar usando 100% da capacidade do motor. Senão, teria de acabar com a brincadeira aos dois minutos de voo, e o avião ainda poderia estar longe do seu teto operacional - a altitude máxima que ele consegue alcançar.
Para bater um recorde de altitude, ou pelo menos chegar ao teto operacional do avião, o piloto decola usando 80% ou 90% da capacidade máxima. Na cabine, ele fica de olho em dois indicadores do painel: um mostra a velocidade de subida, e outro define a altitude do avião naquele momento.
Quanto mais alto está o avião, mais rarefeito é o ar, e mais difícil fica para ele continuar subindo naquelas condições. Afinal, a densidade do ar ajuda o avião a subir. Se ele está rarefeito, é preciso usar o motor para continuar. Se o motor não é potente o suficiente, o avião vai perdendo velocidade e fica mais difícil avançar para o alto.
Invariavelmente, chega um momento em que o painel mostra que o avião parou de subir. É neste momento que o piloto aumenta gradualmente a potência do motor até chegar a 100%. Depois de dois minutos na capacidade máxima, a aeronave atinge o seu teto operacional e a potência tem de ser reduzida, ou senão o motor pode pifar - aí, só um paraquedas salva.
Consultoria: Mauricio Pazini Brandão, engenheiro aeronáutico do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José do Campos (SP) e Thais Russomano (professora PhD em Space Physiology - King's College London e coordenadora do Centro de Microgravidade da PUC-RS). 13/11/13.