Brasil discute com China, Índia e África do Sul temas da conferência do clima de Doha

Posted by João Luis

O Brasil começa amanhã a discutir com China, Índia e África do Sul um posicionamento conjunto sobre os temas que serão levados à COP-18, conferência do clima de Doha, no Catar, que ocorre em novembro deste ano.
Os países fazem parte do BASIC, grupo informal que tradicionalmente se reúne antes do debate oficial. Representantes da Argentina, Barbados, Catar e Argélia também participarão do encontro, que ocorre em Brasília na quinta (20) e na sexta-feira (21).
O embaixador Luiz Alberto Figueiredo, Subsecretário-Geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Itamaraty reconheceu em coletiva de imprensa nesta quarta-feira que a conferência deste ano não trará tantas novidades se comparada à última edição do evento.
Em 2011, a conferência do clima de Durban, na África do Sul, deu origem a um documento batizado de "Plataforma de Durban", que estabelece um calendário para criar "um protocolo, outro instrumento legal ou um resultado acordado com força legal" em 2015, que possa entrar em vigor até 2020.
Esse é o ano que o Brasil defende como data limite de um segundo período de vigência do Protocolo de Kyoto, cuja primeira etapa se encerra em 2012. A duração desse segundo período ainda é alvo de discussão entre os signatários do documento.
"O que se espera é que a conferência [de Doha] seja uma conferência de implementação de decisões importantes que foram adotadas na conferência anterior. (...) O que tinha que ser lançado como processo negociador já foi lançado", disse Figueiredo.
Além do prazo de extensão do protocolo, a fixação de metas obrigatórias de redução de emissões para os países desenvolvidos também está na pauta da reunião entre ministros que acontece amanhã e sexta na capital federal. 
O Brasil em evidência nas grandes conferências de temáticas climáticas. A grande questão a ser pensada é: o Brasil é um exemplo no segmento?  A Rio + 20 foi um sucesso? Post e comente a temática! 27/09/12

Senado aprova Medida Provisória que altera Código Florestal

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Entre as alterações inseridas no projeto pela comissão especial, as principais são referentes às áreas de preservação permanentes (APPs) em margens de rios e de nascentes


O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (25), sem alterações, o projeto de lei de conversão referente à Medida Provisória do Código Florestal. O texto original enviado pelo Poder Executivo recebeu quase 700 emendas na comissão especial mista que analisou a matéria. Nela, após muita polêmica, um acordo entre congressistas ruralistas e ambientalistas resultou no texto aprovado pela Câmara dos Deputados e, hoje, pelo Senado.
Entre as alterações inseridas no projeto pela comissão especial, as principais são referentes às áreas de preservação permanentes (APPs) em margens de rios e de nascentes. Os parlamentares da comissão modificaram a chamada “escadinha” proposta pelo governo federal, que estabelecia quanto das margens de rios desmatadas deveriam ser replantadas de acordo com o tamanho da propriedade.
Por serem maioria, os parlamentares da bancada ruralista conseguiram estabelecer no projeto que, nas propriedades de 4 a 15 módulos fiscais deverão ser recompostos 15 metros de mata nas margens dos rios com até 10 metros de largura. Quem tiver propriedades maiores que isso, independente do tamanho do curso d’água, deverá recompor de 20 metros a 100 metros, a ser definido pelas autoridades estaduais.
Já os parlamentares ambientalistas se deram por satisfeitos ao conseguirem impor no texto que as nascentes e olhos d’água deverão ter APPs ao seu redor de, no mínimo, 15 metros, a serem recompostos em caso de desmatamento pelos donos das propriedades. Além disso, o projeto também prevê a manutenção de 50 metros de APPs no entorno das veredas e áreas encharcadas.
Para que a recomposição seja feita, será criado um Programa de Regularização Ambiental (PRA) que regulamentará a permissão para que os produtores possam converter as multas ambientais em investimentos no reflorestamento de suas reservas legais e APPs.
A Medida Provisória do Código Florestal foi editada pela presidenta Dilma Rousseff para suprir as lacunas deixadas pelos vetos feitos por ela à lei que reformou o código. Durante as negociações sobre a MP na comissão especial, o governo chegou a divulgar nota na qual declarou não ter participado do acordo que resultou no texto aprovado hoje e que, portanto, não tinha qualquer compromisso com ele. A declaração gerou tensão entre os parlamentares ruralistas, que ficaram com receio de que a presidenta faça novos vetos ao projeto aprovado pelo Congresso.
Apesar disso, o senador Jorge Viana (PT-AC), que tem atuado como porta-voz informal do governo nas questões ambientais, disse acreditar que a presidenta não deverá tomar esta medida novamente. Na opinião dele, a proposta aprovada é “a melhor para o meio ambiente” e esse deve ser o argumento usado para tentar convencer a presidenta a não promover novos vetos na matéria.
“O entendimento que foi construído aqui leva em conta a realidade das bacias hidrográficas. O texto que sai daqui resolve o passivo ambiental brasileiro”, declarou o senador que atuou como relator do projeto do código anteriormente e foi um dos negociadores do atual projeto.
O projeto de lei de conversão segue agora para sanção presidencial, uma vez que não sofreu alterações e não precisará retornar para nova análise da Câmara dos Deputados.
Texto final do código florestal. Comente a temática! 26/09/12
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A QUADRILHA DE BRASÍLIA

Posted by João Luis

A presidente Dilma Rousseff divulgou nota nesta sexta-feira (21) em que responde à menção feita pelo relator do julgamento mensalão, Joaquim Barbosa, sobre depoimento dado por ela durante o processo.
Ontem, durante sessão do julgamento em que analisava a prática de corrupção passiva por integrantes da base do governo Lula, Barbosa usou depoimento de Dilma como indício de que os acusados de fato receberam dinheiro em troca de apoio político.
O ministro citou o fato de Dilma, em depoimento judicial dado em 2009, quando era ministra-chefe da Casa Civil, ter relatado "surpresa" com a aprovação, em 2003, de medidas provisórias que criavam um marco regulatório para o setor de energia.
Na época da aprovação, Dilma era ministra de Minas e Energia. A medida provisória do marco regulatório levou três meses para ser aprovada na Câmara.
Na nota de hoje, Dilma buscou explicar o uso do termo "surpresa".



A presidente Dilma Rousseff e o ministro Joaquim Barbosa, do STF
A presidente Dilma Rousseff e o ministro Joaquim Barbosa, do STF
Segundo ela, a surpresa não foi com a aprovação das medidas provisórias, mas pelo fato de as medidas terem sido aprovadas rapidamente, e com o apoio de parlamentares da oposição.
No texto, Dilma lembra o apagão elétrico do governo Fernando Henrique Cardoso e detalha como foi a tramitação do projeto.
"Surpresa, conforme afirmei no depoimento de 2009 e repito hoje, por termos conseguido uma rápida aprovação por parte de todas as forças políticas que compreenderam a gravidade do tema. Como disse no meu depoimento, em função do funcionamento equivocado do setor até então, 'ou se reformava ou o setor quebrava. E quando se está em situações limites como esta, as coisas ficam muito urgentes e claras'", escreveu Dilma, na nota.
Barbosa não citou outros trechos do depoimento. Em um deles Dilma nega que "houve pedido de vantagem financeira" por parte de Janene ou de outra pessoa.
Essa foi a primeira referência ao depoimento da presidente no julgamento.
Ao longo do processo, Dilma defendeu, mais de uma vez, o discurso dos réus. Ela afirma que não há provas do mensalão e que houve apenas "empréstimos para pagar dívidas de campanha".

O julgamento do mensalão - 8ª semana

 
Ministros do STF durante julgamento do mensalão
LEIA A NOTA
"Na leitura do voto, na sessão de ontem do Supremo Tribunal Federal, o senhor ministro Joaquim Barbosa se referiu a depoimento que fiz à Justiça, em outubro de 2009. Creio ser necessário alguns esclarecimentos que eliminem qualquer sombra de dúvidas acerca das minhas declarações, dentro dos princípios do absoluto respeito que marcam as relações entre os Poderes Executivo e Judiciário.
Entre junho de 2001 e fevereiro de 2002, o Brasil atravessou uma histórica crise na geração e transmissão de energia elétrica, conhecida como "apagão".
Em dezembro de 2003, o presidente Lula enviou ao Congresso as Medidas Provisórias 144 e 145, criando um marco regulatório para o setor de energia, com o objetivo de garantir segurança do abastecimento de energia elétrica e modicidade tarifária. Estas MPs foram votadas e aprovadas na Câmara dos Deputados, onde receberam 797 emendas, sendo 128 acatadas pelos relatores, deputados Fernando Ferro e Salvador Zimbaldi.
No Senado, as MPs foram aprovadas em março, sendo que o relator, senador Delcídio Amaral, construiu um histórico acordo entre os líderes de partidos, inclusive os da oposição. Por este acordo, o Marco Regulatório do setor de Energia Elétrica foi aprovado pelo Senado em votação simbólica, com apoio dos líderes de todos os partidos da Casa.
Na sessão do STF, o senhor ministro Joaquim Barbosa destacou a 'surpresa' que manifestei no meu depoimento judicial com a agilidade do processo legislativo sobre as MPs. Surpresa, conforme afirmei no depoimento de 2009 e repito hoje, por termos conseguido uma rápida aprovação por parte de todas as forças políticas que compreenderam a gravidade do tema. Como disse no meu depoimento, em função do funcionamento equivocado do setor até então, "ou se reformava ou o setor quebrava. E quando se está em situações limites como esta, as coisas ficam muito urgentes e claras".
Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil" 

Ordem do julgamento

Os ministros estão seguindo a ordem proposta pelo relator do processo, o ministro Joaquim Barbosa, que sugeriu que a ação fosse analisada de forma 'fatiada' pelo tribunal.

Desvios no Banco do Brasil e na Câmara dos Deputados -- O julgamento começou pelos capítulos em que são analisados crimes associados ao desvio de recursos do Banco do Brasil e da Câmara dos Deputados para o mensalão.

A operação financeira do esquema -- A segunda parte a ser julgada é a que trata sobre os crimes de gestão fraudulenta no Banco Rural, que teria emprestado R$ 32 milhões ao PT e às agências de Valério sem garantias, e ainda renovado os empréstimos, sem cobrá-los.

A participação do Banco Rural -- Os ex-dirigentes do Rural também são acusados por usarem o banco para lavar o dinheiro do esquema, junto com Marcos Valério e seus ex-sócios.

A compra de apoio político no Congresso -- Pela ordem, a quarta parte da denúncia a ser julgada trata sobre as acusações de compra de apoio de parlamentares na Câmara, segundo a denúncia, orquestrado pelo ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

Os petistas que receberam dinheiro do esquema -- Os deputados do PT que receberam dinheiro do esquema também serão julgados.

Os pagamentos feitos ao publicitário Duda Mendonça -- O publicitário Duda Mendonça recebeu seu pagamento pelas campanhas que realizou para o PT com dinheiro do valerioduto e usou o esquema de lavagem do Banco Rural para mandar o dinheiro ilegalmente para o exterior, diz a denúncia.

A participação do ex-ministro José Dirceu -- Por fim, os ministros analisam as acusações de quadrilha contra os principais réus do processo. Nesta parte, o STF decidirá se Dirceu realmente era o chefe da quadrilha, como diz o Ministério Público.
A quadrilha em Brasília aposta na impunidade, entretanto Joaquim Barbosa não apresenta sinais de fraqueza diante dos roubos dos agentes do governo do PT. No passado tudo ficava em baixo do tapete e agora as coisas são denunciadas e julgadas. Isso o PT fez e ninguém pode negar. Democratizou as investigações. Porém isso não oferece direito a fazer as mesmas práticas. Seu Lula e dona Dilma não podem achar que estão acima do bem e do mal. Todos devem ser punidos não importa quem ou qual partido, seja de oposição ou não. Post e comente a respeito e no dia 07/10 pense bem na sua escolha! 23/09/12  

Chefe do narcotráfico colombiano é preso na Venezuela

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O principal chefe do tráfico de drogas da Colômbia, Daniel Barrera Barrera, também conhecido como 'Loco Barrera', foi capturado em San Cristobal, na Venezuela, em uma operação que teve o apoio da CIA, informou nesta terça-feira o presidente colombiano, Juan Manuel Santos.

Fotografia sem data do narcotraficante colombiano Daniel "el Loco Barrera"
Fotografia sem data do narcotraficante colombiano Daniel "el Loco Barrera", que foi preso na Venezuela
"Era, talvez, o chefão mais procurado pela polícia nos últimos tempos, foram 20 anos dedicados a crimes e alianças perversas com os paramilitares e as Farc", disse Santos ao anunciar a prisão em rede de rádio e TV.
Na mensagem, Santos agradeceu a "efetiva" colaboração do governo da Venezuela.
"Daniel Barrera Barrera foi capturado em San Cristóbal com a colaboração da ONA (Bureau Nacional Antidrogas da Venezuela), do serviço de inteligência britânico MI6 e das agências de inteligência dos Estados Unidos, em particular a CIA".
"Esta operação foi dirigida de Washington", revelou Santos, acrescentando que o chefe da Polícia Nacional da Colômbia, general José Roberto León Riaño, se encontra na capital americana.
'Loco Barrera', natural da cidade de Cali, era procurado há anos pelas autoridades de Colômbia e Estados Unidos.
"Esta é, talvez, a captura mais importante dos últimos tempos. Era o último dos grandes chefões. Foi um golpe contundente na criminalidade", destacou o presidente. "Ele já confessou sua identidade e neste momento estão confirmando as digitais".
Daniel "El Loco" Barrera era considerado o principal narcotraficante da Colômbia e segundo as autoridades, sua organização enviou nos últimos anos mais de 900 toneladas de cocaína para Estados Unidos e Europa.
A Colômbia é, ao lado do Peru, o principal produtor de cocaína do mundo, com 345 toneladas em 2011, segundo a ONU. 
Santos de fato atua de forma direta contra o narcotrafico. Promessa de campanha cumprida. Atualmente maior dirigente político da América do Sul. Não apenas promete, realiza! Estamos chegando ao fim da era da as Farc? Post e comente a temática! 19/09/12.

Com vitória ruralista, Câmara aprova MP do Código Florestal

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A bancada ruralista conseguiu impor derrota sobre o governo e aprovou na noite desta terça-feira a Medida Provisória do Código Florestal na Câmara.
A vitória dos ruralistas, no entanto, não foi comemorada, uma vez que não eles conseguiram uma sinalização por parte do governo de que os artigos mais polêmicos da MP sobreviverão aos vetos da presidente Dilma Rousseff.
Antes de ser encaminhada para a presidente, a proposta ainda precisa ser votada no Senado, que deverá convocar uma sessão extraordinária na próxima semana. Em razão de a MP perder a validade no próximo dia 8 de outubro, o Senado terá apenas duas sessões para discutir e votar a matéria antes que ela "caduque".
LACUNAS
A MP foi criada para preencher as lacunas na legislação ocorridas com os vetos feitos pela presidente Dilma Rousseff no projeto do novo Código Florestal, aprovado em abril deste ano no Congresso.
O texto aprovado hoje no plenário da Câmara é o mesmo que passou pela Comissão Especial do Congresso no final de agosto. Na ocasião, os ruralistas conseguiram vencer os governistas e alterar a regra de recomposição da vegetação nas beiras de rio, reduzindo de forma geral o tamanho do reflorestamento.
No texto da MP enviado por Dilma, por exemplo, na parte que trata das propriedades com mais de 10 módulos fiscais, as bordas dos rios deveriam ter no mínimo 30 metros das margens recompostas com vegetação. Na proposta dos ruralistas, o tamanho mínimo para a recomposição para o mesmo tipo de propriedade e rio cai para 20 metros.
Essa regra também é conhecida como "escadinha" e segue uma lógica de que quanto maior o tamanho da propriedade, maior deve ser a área de reflorestamento na beira do rio.
Outra mudança inserida pelos ruralistas é a que abre a possibilidade de o replantio ser feito com árvores frutíferas, o que é questionado por ambientalistas em razão do uso de agrotóxicos para a manutenção dos frutos.



Sessão da Câmara em que deputados aprovam MP do Código Florestal
Sessão da Câmara em que deputados aprovam MP do Código Florestal
RURALISTAS
Apesar de poder ser considerada uma vitória dos ruralistas, ela só ocorreu após um racha entre os integrantes da bancada. Até o último minuto antes da votação, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) insistiu em não votar a MP sem que não houvesse uma sinalização do Palácio do Planalto de que o texto aprovado não seria vetado.
O democrata, porém, perdeu apoio da maioria dos integrantes da bancada, que preferiram "fazer o dever de casa" a ter que responder por um possível caos jurídico no campo caso a MP não fosse aprovada.
"A principal mudança [na disputa] foi que figuras expressivas da bancada ruralista ficaram divididas porque viram que o preço [da não aprovação] seria mais alto", afirmou o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
BILHETE
A aprovação do texto da MP em comissão mista do Congresso gerou cobranças da presidente Dilma a sua equipe no mês passado. Após passar pela comissão com alterações que beneficiariam os ruralistas, Dilma enviou bilhete às ministras Izabella Teixeira (Ambiente) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
"Por que os jornais estão dizendo que houve um acordo ontem no Congresso sobre o Código Florestal e eu não sei de nada?", escreveu a presidente em bilhete flagrado pelas câmeras.
A resposta veio em seguida: "Não houve acordo com o governo. A posição do governo era de defesa da MP [medida provisória], com foco especial na 'escadinha'".
A proposta defendida pelo governo determina que a recomposição de APPs (áreas de proteção ambiental) seja proporcional à largura do rio e à área da propriedade, a chamada 'escadinha' citada na resposta à presidente.
Depois da cobrança, a ministra Izabella Teixeira disse que a mudança no texto original foi "um retrocesso do ponto de vista de recuperação ambiental" e não foi pactuada com o governo.



Dilma Rousseff troca bilhetes sobre o Código Florestal com as ministras Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais), durante eunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
Dilma Rousseff troca bilhetes sobre o Código Florestal com as ministras Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais), durante eunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social   19/09/12                                                        


       

Entenda o programa nuclear brasileiro

Posted by João Luis


Angra 2
O que é o programa nuclear brasileiro?
O programa nuclear brasileiro começou nos anos 50. A partir dos anos 70, o Brasil começou a construir e operar as usinas de Angra 1 e Angra 2, no litoral do Rio de Janeiro. O complexo é administrado pela estatal Eletrobrás
Termonuclear (Eletronuclear) e gera menos de 2% da energia consumida em todo o Brasil.

Além disso, o Brasil domina hoje o ciclo do combustível, que fornece material a ser usado nas usinas, através do enriquecimento de urânio no complexo de Resende, também no Rio de Janeiro.
O Brasil tem a sexta maior reserva geológica de urânio do mundo (segundo dados de 2001).
O programa está parado?
Não, mas analistas acreditam que ele está atrasado. Em janeiro de 2006, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, anunciou a intenção de construir sete usinas nucleares nos próximos 15 anos.
A primeira das usinas seria a de Angra 3, cuja construção precisa ser decidida pelo Executivo. Não há data prevista para a decisão. Entre os opositores do programa estão a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e grupos ambientalistas. O ministro da Ciência e Tecnologia é favorável. O objetivo do programa nuclear brasileiro, segundo ele, é fazer com que a energia nuclear responda por 5% da matriz energética nacional.
Reservas de urânio (em T)
Cazaquistão - 957.000
Austrália - 910.000
África do Sul - 369.000
Estados Unidos - 355.000
Canadá - 332.000
Brasil - 309.000
Namíbia - 287.000
Fonte: Indústrias Nucleares do Brasil
Outra meta do plano é fazer com que a unidade de Resende abasteça Angra 1 e 2 com 60% do material nuclear necessário, até 2010.
O Brasil tem planos para desenvolver tecnologia de armas nucleares?
A legislação brasileira proíbe o uso da tecnologia para fins não-pacíficos. Nos anos 70, durante o regime militar brasileiro, houve temores de que o Brasil desenvolveria armas nucleares, já que o país não aderiu ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.
A partir dos anos 80, no entanto, o Brasil manifestou diversas vezes a intenção de desenvolver a tecnologia somente para fins pacíficos:
  • a Constituição de 1988 proíbe a difusão da tecnologia para fins que não sejam pacíficos;
  • em 1991, o Brasil firmou com a Argentina um acordo que criou a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC).
  • em 1994, o Brasil aderiu ao Tratado de Tlatelolco, que cria uma zona livre de armas nucleares na América Latina e no Caribe.
  • em 1998, o Brasil aderiu ao Tratado de Não-Proliferação.
Qual é a postura das agências internacionais em relação ao programa brasileiro?
O Brasil tem cumprido os principais tratados internacionais sobre energia nuclear.
Em 2004, no entanto, o país se envolveu em uma polêmica com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que queria maior acesso à tecnologia de enriquecimento de urânio desenvolvida em Resende.
O Brasil presidiu até 2007 o Grupo dos Supridores Nucleares, que define as regras de intercâmbio de material nuclear no mundo.
Atualmente o Brasil apresenta uma parceria com a China, que nos rendeu a autonomia para enriquecimento de urânio no território nacional. Existem projetos para ampliação do programa nuclear para todo o país, inclusive no Nordeste.
Post e comente a temática! 13/09/12
 

Quase todo o genoma humano tem alguma função, diz pesquisa

Posted by João Luis


Parece que a ciência finalmente está começando a abrir a caixa-preta do genoma. Um novo olhar sobre o conjunto do DNA humano indica que ao menos 80% de seus 3 bilhões de "letras" químicas têm alguma função.
E sim, isso é surpreendente --porque, desde que o genoma humano foi soletrado pela primeira vez, há 12 anos, a impressão que ficou é que 95% dele era "DNA-lixo".
Tal tralha evolutiva não era mais usada pelo organismo para a suposta função primordial dos genes: servir de receita para a produção das proteínas que constroem o organismo (veja infográfico abaixo).
Agora, porém, um megaconsórcio de cientistas, o Encode, liderado pelo britânico Ewan Birney, diz que o "lixo" é uma ilusão.
Embora não estejam diretamente ligadas à produção de proteínas, quase todas as áreas do genoma teriam função reguladora ou serviriam de "molde" para a produção de vários tipos de RNA, outra molécula crucial para a vida.
É possível pensar nesses elementos reguladores como uma série de botões de liga e desliga, que atuam sobre o mesmo gene ou sobre genes diferentes. Mas a coisa é ainda mais complicada.
Isso porque eles não regulam apenas dois estados simples de "ligado" e "desligado". Podem fazer o mesmo gene produzir várias proteínas diferentes, por exemplo. Podem atuar um sobre o outro, potencializando ou diminuindo sua ação.
"Essas diferenças regulatórias talvez sejam as principais responsáveis por aspectos que tanto nos intrigam: existem sequências de DNA que nos fazem 'humanos'? Quais as alterações genéticas que diferenciam cada um de nós?", exemplifica Emmanuel Dias-Neto, biólogo molecular do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo.
"Todos esses aspectos, incluindo a patogênese de doenças complexas, que são a imensa maioria, são impactados por esses achados. E as doenças complexas são ainda mais complexas do que imaginávamos", diz ele.
Tom Whipps/Nature
À direita, os cientistas Ewan Birney, Tim Hubbard e Roderic Guigo com "dançarinas do DNA" em apresentação do estudo
Os cientistas Ewan Birney, Tim Hubbard e Roderic Guigo com "dançarinas do DNA" em apresentação do estudo
Para Dias-Neto, os pesquisadores de hoje têm uma vantagem crucial para melhorar ainda mais essa análise: custo. Hoje, soletrar um genoma inteiro custa "só" US$ 1.000.
A revista britânica "Nature", onde o grosso dos dados está saindo hoje, numa montanha de artigos científicos, fez questão de marcar o feito com pompa. Após a conferência em Londres na qual os resultados foram anunciados, houve até a apresentação de uma "dança do DNA".

OS SEGREDOS DO CORPO HUMANO ESTÃO SENDO DESVENDADOS. ESTAREMOS PERTO DE DECIFRAR O CÓDIGO GENÉTICO POR INTEIRO? PODEREMOS REALIZAR CORREÇÕES EM SUPOSTAS ALTERAÇÕES NOS GENS? ESTAMOS BRINCANDO DE CRIADORES? O BLOG É ECLÉTICO NAS TEMÁTICAS. POST E OPINE! 13/09/12

Pai dos Brics: este é o ano dos emergentes do Mist

Posted by João Luis

 Jim O'Neill (Foto: Divulgação)
Jim O’Neill, presidente do Goldman Sachs Asset Management, acredita que, este ano, o grupo formado por México, Indonésia, Coreia do Sul e Turquia (Mist) é melhor aposta que os Brics (grupo criado por ele, composto por Brasil, Rússia, Índia e China).
O bom momento vivido por Indonésia e Turquia e uma possível revisão das notas do México devem fazer com que o grupo de “novos emergentes” tenha desempenho melhor que os países do Brics.
Mas, alerta O´Neill, os Mists não desbancarão os Brics.
- A China é duas vezes maior que os quatro países do Mist juntos, lembra o economista.
Para ele, a possibilidade de o México desbancar o Brasil no grupo dos Brics nos próximos anos é zero.
É a hora e vez dos emergentes. Nunca tivemos em tamanha evidência na economia globalizada. Teremos uma união de forças e não uma quebra. Deveremos transitar pelo século XXI criando grandes incomondos aos países considerados centrais. Vejo como uma renovação geopolítica mundial. Post e comente a temática! 11/09/12.

Custo de mão de obra chinesa sobe e indica mudanças

Posted by João Luis

Um dos maiores trunfos para a atratividade econômica da China e motor de seu crescimento exponencial nas últimas décadas --a mão de obra barata-- começa aos poucos a mudar.
Um estudo divulgado nesta terça-feira (4) pela USP (Universidade de São Paulo), que se aprofundou nas principais mudanças do país nas últimas décadas, mostra como a média salarial do chinês vem aumentando rapidamente.
Este fenômeno, ao lado da criação e do fortalecimento de leis e direitos trabalhistas mais rígidos, pode até começar a reduzir as vantagens competitivas da potência chinesa em relação ao resto do mundo.
"Os impactos mais intensos serão sentidos pelas indústrias tradicionais, e outros países poderão ter mais fôlego para ganhar participação no mercado global em relação à China", disse o professor e pesquisador da FEA/USP, Gilmar Masiero, responsável pelo estudo.
"Hoje não dá para pensar o desenvolvimento da nossa economia sem pensar no desenvolvimento econômico chinês", disse Roger Leal, secretário-executivo da SAE/PT (Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República), que encomendou a pesquisa à USP. "Queríamos ter um raio-x completo do país para podermos saber como lidar com ele."
Os dados levantados pela pesquisa mostraram que o aumento do salário médio do chinês foi de 19,8% ao ano, no período de 2005 a 2009 --mesmo que a média atual, de US$ 327 por mês (R$ 664,76), continue violentamente abaixo da média mundial.
O valor é ainda seis vezes mais barato que o salário de um trabalhador brasileiro, e 24 vezes menor que o rendimento médio nos Estados Unidos. Em 1998, um chinês ganhava 40 vezes menos que o norte-americano.
LEIS TRABALHISTAS E GREVES
Ainda assim, outros fatores também começam a reconfigurar as relações trabalhistas na China --que, nas últimas três décadas, se baseou em pilares como os migrantes ilegais vindos das áreas rurais, exploração da mão de obra feminina, ainda mais barata, e, claro, o aumento da população, fator que consolidou o país como o maior mercado de consumo do mundo e, sozinho, foi o responsável por um quarto do crescimento econômico de 1980 a 2000.
Um aumento demográfico bem mais baixo, o envelhecimento da população e a substituição das gerações mais antigas de migrantes por jovens com outra formação cultural remodelam aos poucos este perfil, e colaboram para pressionar os salários para cima.
O fortalecimento de leis trabalhistas, bem como do movimento sindical --tradicinalmente controlado pelo governo e pelas empresas-- também pesam na balança.
Em 2008, o país promulgou uma nova lei trabalhista com pesadas proteções ao trabalhador, como a obrigatoriedade de contrato, o direito de entrar diretamente com ações (antes possível apenas via sindicatos) e a proibição de demissão sem justa causa.
Desde então, uma leva de greves desponta nas principais metrópoles chineses. Honda, Hyundai, Toyota e Foxconn são algumas das companhias que sofreram com protesto de funcionários em suas filiais chinesas desde 2010. 
As coisas estão mudando na China. Bastou passar a ser a 2ª economia do mundo e o socialismo de mercado começa a cobrar seu ônus. Poderá ser a reviravolta dos BRICS? O Brasil poderá tirar dividendos da situação? Post e comente a respeito da temática! 05/09/12.

Em vídeo, Farc confirmam diálogo de paz com governo e criticam Brasil

Posted by João Luis

O líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño Echeverry, confirmou os diálogos de paz com o governo do país em um vídeo publicado nesta segunda-feira.
Conhecido como Timochenko ou Timoleón Jiménez, ele aparece no início das imagens em um pronunciamento. "Chegamos à mesa de diálogo sem rancores nem arrogâncias".



Líder das Farc confirma diálogo de paz em vídeo divulgado nesta segunda; guerrilha critica Brasil
Líder das Farc confirma diálogo de paz em vídeo divulgado nesta segunda; guerrilha critica Brasil
Após o pronunciamento, o chamado "Vídeo pela Paz" mostra um grupo de jovens guerrilheiros fazendo um rap em uma área de floresta. Na música, chamam o presidente Juan Manuel Santos de "pedante e burguês" que viu a necessidade de pedir a Cuba que medeie os diálogos de paz.
"Vou para Havana, desta vez para conversar com o burguês que nos procurava e não nos pôde derrotar. Vou para Havana, desta vez para conversar com aquele que me acusava de mentir sobre a paz. Vou para a Havana, sabem com que emoção vou conversar sobre a sorte da minha nação".
Na letra, os jovens criticam o Brasil por vender ao governo colombiano os aviões militares Super Tucanos, da Embraer, usados em operações aéreas contra a guerrilha. Os Estados Unidos também são lembrados por seu apoio no chamado Plano Colômbia.
Na semana passada, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, confirmou a aproximação com as Farc, depois que o canal de televisão internacional Telesur e outros meios informarem sobre o encontro entre as partes em Havana.
Em um discurso público ao país, Santos disse que "se desenvolveram conversas iniciais com as Farc para buscar o fim do conflito", sem dar mais informações.
As Farc pegaram em armas em 1964 e contam com 8.500 combatentes, segundo números oficiais. Começou como uma guerrilha com cunho ideológico, vinculada à esquerda radical, mas se tornou em um dos principais grupos associados ao narcotráfico.
ACORDO
Segundo documento que mostra o acordo, as negociações começarão em Oslo, na Noruega, e depois serão transferidas para Havana, onde serão desenvolvidas.
As conversas terão o apoio dos governos de Cuba e da Noruega, em ambos casos como "fiadores", e da Venezuela e Chile como "observadores".
Os detalhes aparecem no chamado "Acordo Geral para o Fim do Conflito e a Construção de uma Paz Estável e Duradoura", revelado na última segunda (27).
As partes signatárias do acordo assumem o compromisso de "pôr fim ao conflito como condição essencial para a construção da paz estável e duradoura" e "iniciar conversas diretas e ininterruptas".
A agenda do diálogo girará sobre os seguintes temas gerais: "política de desenvolvimento agrário integral, participação política, fim do conflito, solução ao problema das drogas ilícitas, vítimas e implementação, verificação e referenda". 
A América Latina e sua geopolítica. Post e comente a temática! 04/09/12. 

Pesquisa cria índice global de saúde dos mares

Posted by João Luis

Um grupo de cientistas acaba de produzir o primeiro índice global de saúde dos oceanos, uma ferramenta que deve ajudar a avaliar o estado dos mares da Terra.
O índice leva em conta os principais fatores que influenciam a qualidade dos ecossistemas marinhos e das atividades econômicas que dependem deles: a viabilidade da pesca, a presença de biodiversidade, a capacidade dos mares de estocar gases do efeito estufa e o turismo, entre outros quesitos.
Cada um dos dez fatores recebe uma "nota" de 0 a 100, que depois é ponderada para chegar a uma nota da saúde geral do mar em cada região do planeta.
A pesquisa, publicada na revista científica britânica "Nature", deu uma pontuação de 60 à média da saúde dos mares do planeta. Entre as regiões, a nota mais baixa, 36, foi para Serra Leoa, no oeste da África. A mais alta foi 86, para a ilha Jarvis (desabitada), perto do Havaí. O Brasil, com uma nota geral de 62, se saiu ligeiramente melhor que a média dos países.



"Não dá para fazer o manejo sustentável da saúde do oceano sem ter uma ferramenta para medi-lo", explica Ben Halpern, diretor do Centro de Avaliação e Planejamento Marinho da Universidade da Califórnia em Santa Barbara e um dos líderes do projeto. Para ele, o índice dá às populações que exploram os oceanos uma ideia de como suas práticas afetam os recursos marinhos dos quais dependem para viver.
Segundo Halpern, a "nota" geral de 60 indica que, embora muita coisa precise ser melhorada, "há coisas boas acontecendo" em termos de conservação marinha.
A maioria das regiões marinhas estudadas pelo projeto ficam em águas a uma distância máxima de 350 km da costa de cada país, as chamadas zonas econômicas exclusivas nacionais, sobre as quais cada país tem direitos de exclusividade de exploração.
No geral, países em desenvolvimento tiraram notas mais baixas, enquanto as nações mais ricas tinham pontuação mais elevada. Há, porém, exceções: países pobres como Seychelles e Suriname tinham pontuação alta, contra notas baixas da Polônia e de Cingapura. 
Post e comente a temática! 04/09/12.