Gastos para produzir discursos de Dilma na TV crescem 37%

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O cenário é sempre o mesmo: o Palácio do Alvorada desfocado ao fundo, enquanto a câmera passeia lentamente sobre trilhos e dá movimento à imagem, sem tirar do primeiro plano a mesma personagem, sentada
O formato dos pronunciamentos de Dilma Rousseff na TV pouco mudou, mas os gastos para produzir os anúncios veiculados em rede nacional tiveram uma disparada nos últimos quatro meses.
Desde que foi eleita, Dilma já convocou emissoras de rádio e televisão para a transmissão de 12 pronunciamentos, que custaram aos cofres públicos um total de R$ 855 mil, em valores corrigidos.
O salto no valor pago -já descontando a inflação- foi de 37% entre o primeiro pronunciamento, quando Dilma apresentou o novo slogan do governo, em fevereiro de 2011, e o último, em março, no qual anunciou a desoneração da cesta básica.
Os valores pagos incluem despesas com produção, gravação e edição dos vídeos.
Em 2011, os quatro primeiros anúncios tiveram um custo unitário de produção de até R$ 66 mil. Já do final de 2012 até o começo de 2013, os três pronunciamentos feitos superaram os R$ 90 mil cada.
SEM REAJUSTE
A Presidência da República justifica o aumento dizendo que os preços não eram reajustados havia quatro anos.
"Em dezembro de 2012 houve uma atualização de valores na produção dos pronunciamentos, uma vez que os preços praticados remontavam ao ano de 2008."

Se mantiver o preço atual, o governo pode contabilizar em maio, com o tradicional pronunciamento do Dia do Trabalho, gastos de cerca de R$ 1 milhão com os anúncios de Dilma em rede nacional.
O governo federal não paga para veicular os vídeos em rádio e televisão -somente os custos com a produção.
Um decreto presidencial de 1979 prevê que as emissoras possam ser convocadas para divulgar gratuitamente assuntos de relevância.
AGÊNCIAS
Três agências de publicidade -Leo Burnett, Propeg e Nova S/B- que venceram licitação e têm contratos com a Presidência da República disputam entre si a confecção de cada pronunciamento.
A Propeg fez 10 dos 12 pronunciamentos de Dilma -muitos deles supervisionados por João Santana, o marqueteiro da campanha petista de 2010. Ele também foi responsável pela campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, em 2006.
Apesar de exigir das agências gastos discriminados e cotação de preços no mercado, o governo não informou à reportagem quanto foi pago, por exemplo, a diretores, cinegrafistas, editores, maquiadores e cabeleireiros.
Tudo está embutido no preço total do pronunciamento, uma vez que as agências de publicidade selecionadas para prestar o serviço têm liberdade de subcontratar profissionais de cada área.
"As agências são remuneradas pelos serviços por ela intermediados e supervisionados", afirma a Presidência.
O valor pago pelos pronunciamentos é abatido do contrato total das empresas com o governo federal.
No mercado do marketing político, o custo superior a R$ 90 mil é considerado alto, mesmo utilizando equipamentos de ponta e contratando os melhores profissionais de texto, arte, luz e direção de cena.
E o Brasil? Continua o mesmo. Post e comente  a temática! 31/06/13


Irã, Síria e Coreia do Norte bloqueiam novo tratado de armas na ONU

Posted by João Luis



O Irã, a Síria e a Coreia do Norte bloquearam nesta quinta-feira a criação do Tratado sobre o Comércio de Armas da ONU (Organização das Nações Unidas) por considerar que possui cláusulas com vazios legais que abrem precedente para armar grupos rebeldes.
A organização pretendia votar o acordo na próxima terça (2) na Assembleia-Geral. O texto é discutido há anos e recebeu diversas vezes o embargo de países exportadores, como os Estados Unidos e a Rússia, e dos países receptores. O documento deve ser aprovado por todos os países para entrar em vigor.
O vazio legal para o fornecimento a insurgentes foi o motivo apontado pelos três países, em especial a Síria, que enfrenta há dois anos uma guerra civil contra rebeldes. Devido ao impasse, o presidente da Conferência, Peter Woolcott, suspendeu a sessão.
Após a suspensão, o México propôs a aprovação do acordo sem o consenso de todos os países, o que foi rejeitado pela Rússia. Quando a sessão foi retomada, os três países mantiveram a discordância, o que provocou o cancelamento do encontro.
O representante do Irã na ONU, Mohammad Khazaee, considerou que o texto tinha diversos vazios jurídicos e disse que esperava um texto " robusto, equilibrado e não discriminatório" para "reduzir o sofrimento causado pelo comércio ilícito" de armas.
"O texto ignora a reivindicação legítima de um grande número de países de proibir a transferência de armas aos que cometam agressões. Como reduzir o sofrimento humano quando se fez vista grossa perante agressões que causam dano a milhares de inocentes?", questionou.
Além disso, se perguntou por que o atual texto protege o direito a ter armas dos indivíduos para cumprir a legislação "de um único país" (em referência aos Estados Unidos) "e não o direito inalienável à livre autodeterminação de povos sob ocupação estrangeira".
A falta de equilíbrio e o precedente aberto a armar rebeldes também foram pontos que tiveram a objeção da Coreia do Norte. O embaixador da Síria na ONU, Bashar Jaafari, disse que seu país é "o melhor exemplo do sofrimento que causa o sangrento comércio de armas que apoia terroristas".
O Tratado de Armas é discutido há mais de dez anos pela ONU. No último embargo, em julho do ano passado, Estados Unidos, Rússia e China impediram sua adoção por determinar restrições aos países exportadores. Os três países participaram do último texto, vetado nesta quinta.
A intenção do documento é evitar a transferência internacional de armas convencionais e cria acordos para garantir que os equipamentos não serão usadas em abusos de direitos humanos, terrorismo e outras quebras das leis humanitárias.
A guerra fria acabou e o comércio de armas continua no mundo em pleno discurso de sustentabilidade planetária. Post e comente a temática! 29/03/13

Ambev abandona Venezuela diante de situação 'inviável'

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A Ambev encerrará suas operações na Venezuela depois de sete anos de prejuízos, que deixaram a empresa diante de uma situação "inviável" para manter suas atividades no país, iniciadas em 1994, anunciou a cervejaria brasileira nesta quarta-feira em um comunicado.


  • AP
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"A Brahma Venezuela (filial da Ambev no país) informa que no dia 18 de março de 2013 deu início ao processo para o encerramento de suas operações na Venezuela, dado que a empresa se encontra em uma situação que a torna definitivamente inviável e não tem outra alternativa", destaca a empresa em uma nota, acrescentando que sua participação caiu "de 9% para 0,9% no mercado de cerveja (local) nos últimos sete anos".


"Chegamos até este ponto após uma longa e permanente queda da venda de nossos produtos, o que nos impediu, nos últimos anos, de realizar os investimentos necessários em nossa unidade de Barquisimeto", no estado de Lara.

Ambev, uma das maiores empresas da região, iniciou suas operações na Venezuela em 1994, com a aquisição da Cervejaria Nacional.


Segundo o comunicado, os prejuízos da empresa "se somaram ao persistente crescimento dos custos operacionais e a um ambiente para a indústria cervejeira muito complexo".

A companhia destacou que "cumprirá com todas as exigências das leis venezuelanas" para garantir os direitos de seus 364 trabalhadores, que foram comunicados da decisão na segunda-feira.

Segundo o economista Jesús Casique, as empresas estrangeiras na Venezuela têm sido afetadas pela desvalorização de quase 32% no bolívar adotada em fevereiro passado, e pelo severo controle cambial vigente no país desde 2003, "o que dificulta a obtenção de divisas para importar matéria-prima".

A estas dificuldades se somam o controle dos preços por parte do governo, principalmente sobre os produtos básicos, impedindo "que as empresas reajustem seus preços", apesar da desvalorização da moeda.

"A Brahma vinha atravessando problemas com seus produtos devido à política econômica do governo. Se não é possível ajustar os preços, obviamente as empresas vão ter sérios problemas", expressou Casique.

A Ambev vendia na Venezuela as marcas Brahma, Brahma Light e Brahma Malta.

 Será que estamos vendo um efeito dominó? A Venezuela provável de Madura será mais "dura" que a de Chávez? A economia do país mais do que nunca vai depender da exportação de petróleo? A AMBEV não ficar na Venezuela sinaliza a saída de outras empresas? Post e comente a respeito da temática! 21/03/13

Crise na zona do euro: Chipre

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O Chipre recebeu esta semana a presidência rotativa da União Europeia, mas o chefe de Estado cipriota considera as condições oferecidas pela Rússia, para auxiliar os bancos do Chipre, mais favoráveis do que as da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional.
As negociações com a Rússia estão já a decorrer ao mesmo tempo que os encontros com os representantes da União Europeia, que estão em Nicósia desde terça-feira.
“O Status quo não é uma opção, e juntos temos de levar a cabo as reformas. O objetivo central da presidência será ajudar a progredir as propostas da Comissão europeia para a união bancária, para a proteção dos depósitos dos cidadão europeus, para as regras negociais com os bancos em dificuldade que terão um impacto direto na vida dos cidadãos”.
A ajuda à banca cipriota e o afastamento da República do Chipre dos mercados internacionais ocorre depois das agências de notação terem baixado os investimentos do país e das instituições bancárias.
A situação em Chipre é um reflexo da crise de 2008 (imobiliária dos Estados Unidos) que parece não ter fim na Europa. Um continente cosmopolita com um SUPERESTADO para gerenciar, e economias distintas co-existindo com uma mesma moeda forte, só poderia ter como reflexo crises periódicas.  Será que o Chipre vai se juntar aos PIGS? O Reino Unido tinha razão em não adotar a moeda única? A ajuda da Rússia é motivada pelo fato da estreita relação econômica entre os dois países? Post e comente a temática! 20/03/12 

Vaticano nega ligações de Papa Francisco com ditadura argentina

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O Vaticano refutou com veemência acusações, feitas através de jornalista argentino, de que o Papa Francisco teria elos com a ditadura militar dos anos 1970 e 1980.  O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, foi enfático. "Temos plena certeza de que essas acusações não são confiáveis", disse.
Lombardi se referia às acusações de que Jorge Bergoglio, então líder da Companhia de Jesus na Argentina, teria se omitido na prisão de dois religiosos, sequestrados por órgãos de segurança da ditadura militar. Os dois foram soltos depois de cinco meses de prisão na escola mecânica da Marinha, famoso centro de tortura.
Bergoglio sempre negou as acusações. O padre Thomas Rosica declarou que existe uma campanha de mentiras contra Bergoglio há anos. Segundo ele, as acusações têm motivação política anticlerical.
O escritor e pacifista argentino, Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz em 1980, defendeu Jorge Bergoglio, afirmando que outros padres foram coniventes com a ditadura, mas que Bergoglio não. Esquivel lutou contra o regime militar do seu país.
Apenas um dos dois religiosos sequestrados pelo regime dos generais, nos anos 1970, ainda está vivo. Francisco Jalics revelou, nesta sexta-feira (15), que teve a oportunidade, anos atrás, de conversar com o então cardeal Jorge Bergoglio sobre o que tinha acontecido depois disso,
Celebraram juntos uma missa e se abraçaram. Jalics afirmou que está reconciliado com o atual Papa e, que para ele, o assunto do sequestro está encerrado.

O Papa Francisco conheceu aquela que será a sua casa dentro do Vaticano. O apartamento papal, com o quarto com vista para a Praça São Pedro, estava lacrado desde o começo da Sé Vacante.

Em sua primeira audiência com os cardeais, Papa Francisco falou, mais uma vez, do Papa Emérito. Afirmou que Bento XVI acendeu uma chama no coração de todos, e que ela continuará queimando e sustentando a Igreja, em seu caminho espiritual e missionário.
Falou também sobre como a idade avançada da maioria deles poderia ajudar a Igreja se todos passassem sua sabedoria aos mais jovens. Ao se levantar, o Papa tropeçou no degrau do trono e quase caiu, mas seguiu em frente, bem-humorado.

As atenções agora estão voltadas à formação de governo. Quem serão o secretário de Estado e os outros colaboradores do Papa Francisco, e qual direção ele dará ao seu pontificado.
Post e comente  a respeito da temática! 17/03/13

Parlamento chinês nomeia Xi Jinping como novo presidente do país

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O secretário-geral do Partido Comunista da China (PCCh), Xi Jinping, foi nomeado nesta quinta-feira o novo presidente do país, enquanto Li Yuanchao será o novo vice-presidente. O anúncio é uma mera formalidade e conclui a transição iniciada em novembro passado na chefia da segunda potência econômica mundial.
Os deputados da Assembleia Nacional Popular (o Legislativo chinês) deram o sinal verde a essas nomeações em uma votação realizada no Grande Palácio do Povo, em Pequim, durante a reunião anual do organismo.
Goh Chai Hin/AFP
Ex-presidente Hu Jintao (esq.) cumprimenta o sucessor Xi Jinping
Ex-presidente Hu Jintao (esq.) cumprimenta o sucessor Xi Jinping após eleição na Assembleia Nacional Popular
Xi, cuja nomeação como chefe de Estado já ficara garantida em novembro, quando ele se tornou o secretário-geral do PCCh, viu sua designação corroborada por 2.952 votos a favor, três abstenções e apenas um voto contra.
Em favor de Li como vice-presidente se pronunciaram 2.839 deputados, enquanto 80 votaram contra, sendo que dois deles preferiam o conservador Liu Yunshan, outro candidato bem cotado para ocupar o cargo.
Os deputados aprovaram também a nomeação de Xi como chefe das Forças Armadas, com o que o novo dirigente completa o controle dos três braços do poder no país: o Estado, o partido e o Exército.
Xi se comprometeu em novembro a combater a corrupção crescente dentro do PCCh e a melhorar a vida de uma população cada vez mais cética sobre a vontade do governo de empreender reformas políticas.
Sua primeira viagem ao exterior como presidente está prevista para o final de março, em visita oficial a Moscou, seguida por um giro pela África.
Previamente, a Assembleia também confirmara a nomeação de Zhang Dejiang, "número três" do PCCh, como presidente do Legislativo.
Na sexta-feira será votada a nomeação do primeiro-ministro, cargo que corresponderá a Li Keqiang, "número dois" do partido e até agora vice-primeiro-ministro.
Alto, de personalidade aberta e seguro de si, Xi soube fazer carreira nas províncias, longe do centro de poder em Pequim, e criou para si mesmo uma imagem de pragmático, capaz de resolver problemas difíceis, e também discreto, a ponto de ser mais conhecido por ser casado com Peng Liyuan, uma famosa cantora chinesa.
Em seus contatos com o exterior, deixou a impressão de ser um homem com quem se pode dialogar.
Embora Xi ainda não tenha dado pistas sobre como planeja governar a China, há indícios de que seu estilo de comando será diferente do escolhido pelo tecnocrata Hu Jintao.
Nos cinco meses passados desde que sucedeu a Hu como líder máximo do Partido Comunista, mostrou seu lado mais familiar, por exemplo, ao publicar na imprensa oficial fotos suas quando jovem e ao lado de seus parentes (na China é raro ver os líderes fora das cenas oficiais).
Os analistas destacam também que, ao contrário de Hu Jintao --de quem não se sabe com segurança dados básicos como seu local de nascimento--, vários detalhes biográficos do novo líder já são conhecidos, entre eles o seu gosto pelos filmes de ação de Hollywood e até sua ausência no nascimento de sua filha, Xi Mingze, por motivos de trabalho.
Nascido em Pequim em 1953, Xi é um dos "principezinhos", ou seja, filho de uma família de altos dirigentes do regime. Seu pai, Xi Zhongxun, foi um dos fundadores do PCCh.
Em 1962, porém, a sorte familiar daria uma reviravolta, quando Xi Zhongxun, então vice-primeiro-ministro, caiu em desgraça e acabou preso. Seu filho, como ocorreu com outros tantos jovens durante a Revolução Cultural, foi enviado ao campo, à província de Shaanxi, no norte do país, para reeducar-se e "aprender com a massa".
A solidão que ali viveu e o duro trabalho físico fizeram-no criticar a Revolução Cultural. Mas, ao mesmo tempo, decidiu durante sua etapa em Shaanxi "sobreviver sendo mais vermelho do que todos".
Em seu retorno a Pequim, estudou Engenharia Química na Universidade de Tsinghua. Em 1974, tornou-se membro do PCCh, que o transferiu à província de Hebei na condição de secretário local da formação.
Durante os anos 1980, visitou o estado agrícola de Iowa, nos Estados Unidos, uma viagem que reviveria um quarto de século depois, em sua primeira visita oficial como vice-presidente chinês à maior potência do mundo.
Depois de Hebei, foi promovido a postos de cada vez maior relevância nas províncias de Fujian e Zhejiang, na próspera costa leste do país.
Em Fujian, Xi, divorciado de sua primeira esposa, Ke Lingling, com quem foi casado por três anos, conheceu Peng, já então uma cantora de renome e com quem contraiu matrimônio em 1987. Sua filha, Xi Mingze, estuda na Universidade de Harvard sob um pseudônimo, segundo a imprensa americana.
Em 2007, foi nomeado secretário do PCCh em Xangai, a segunda maior cidade do país, depois que seu antecessor, Chen Liangyu, foi destituído por corrupção.
Nesse mesmo ano, passou a fazer parte do Comitê Permanente do Politburo, o principal órgão do Partido. Um ano depois se tornou vice-presidente.
Xi permanecerá à frente do país nos próximos dez anos, uma etapa primordial na qual se espera que a China passe a ser a primeira economia mundial.
Tudo indica que teremos um dirigente chinês mais aberto a promover uma transição no modelo "duro" do comunismo do país. Caso isso ocorra veremos as reações dos demais dirigentes políticos  e o ritmo do crescimento econômico da China. Post e comente a temática! 14/03/13 

Em discurso, Maduro insinua que opositor é gay

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"Eu, sim, tenho mulher, escutaram? Eu gosto de mulheres", disse Nicolás Maduro no discurso a uma multidão que acompanhou, no centro de Caracas, a inscrição de sua candidatura para disputar as eleições presidenciais da Venezuela em 14 de abril.
Ato seguido, o presidente interino de 50 anos beijou a mulher, a também alta dirigente chavista, Cília Flores, que ontem se afastou do cargo equivalente ao de advogada-geral da União para ajudar na campanha do marido. No palco, filhos e netos do casal.
Maduro fazia uma insinuação sobre a sexualidade do candidato da oposição, o governador Henrique Capriles, solteiro de 40 anos, mais um elemento da agressiva campanha que se inicia enquanto milhares ainda fazem fila para visitar o velório de Hugo Chávez, morto há uma semana.
Capriles, que mandou representantes inscreverem sua candidatura, reagiu à noite. "Quero enviar uma palavra de rechaço às declarações homofóbicas de Maduro. Não é a primeira vez. Creio numa sociedade sem exclusão, na qual ninguém se sinta excluído por sua forma de pensar, seu credo, sua orientação sexual."
Maduro, em 2012, chamou Capriles de "maricón" (gay), o que provocou protestos de ativistas, e agora também se refere a ele como "senhorito", por ele ser solteiro.
CÍVICO-MILITAR
O dia também foi de reação dos governistas ao questionamento de Capriles, anteontem, à data da morte de Chávez e suas críticas ao ministro da Defesa, Diego Molero, que disse que as Forças Armadas ajudarão a eleger Maduro.
Presentes no ato de inscrição da candidatura governista, altos representantes da ala militar do chavismo defenderam Molero e elogiaram que Maduro, no poder, mencione sempre o "alto comando cívico-militar" como instância para tomada de decisões.
Para especialistas de Defesa, a instância que reúne chefes militares e o gabinete não existe legalmente e mostra uma perigosa participação dos quartéis na política.
Sinalizaria o desejo de Maduro, civil escolhido por Chávez como herdeiro político, de manter ao lado uma das alas mais poderosas do chavismo.
Para o governador de Nova Esparta e ex-ministro da Defesa Carlos Mata Figueroa (2010-2012), é uma atitude "inteligente' de Maduro ampliar a participação militar. Henry Rangel, também ex-ministro (2012), diz que o interino faz bem em "visibilizar" a relação.
Hoje a maioria chavista da Assembleia Nacional deve aprovar um referendo para decidir se o restos de Chávez serão levados ao Panteão Nacional, onde estão heróis do país.

Nicolás Maduro acena à multidão após se inscrever como candidato no Conselho Nacional Eleitoral, na capital, Caracas
Nicolás Maduro acena à multidão após se inscrever como candidato no Conselho Nacional Eleitoral, na capital, Caracas

Campanha homofóbica em Cuba? Era só o que faltava. Post e comente a respeito da temática! 12/03/13

Terra se aproxima de maiores temperaturas em 11 mil anos

Posted by João Luis


Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual do Oregon e da Universidade Harvard, ambas nos EUA, reconstruiu a temperatura média da Terra nos últimos 11,3 mil anos para compará-la aos níveis atuais.
A boa notícia: a Terra hoje está mais fria do que já esteve em sua época mais quente desse período. A má: se os modelos dos climatologistas estiverem certos, atingiremos um novo recorde de calor até o final do século.
O trabalho, publicado na revista "Science", reuniu dados de 73 localidades ao redor do mundo para estimar a temperatura global (e local) no período geológico conhecido como Holoceno, que começou ao final da última era do gelo, há 11 mil anos.
Depois de consolidar todas as informações, em sua maioria provenientes de amostras de fósseis em sedimentos oceânicos, num único quadro --além de usar técnicas matemáticas para preencher os "buracos" encontrados nas diversas fontes usadas para estimar a temperatura no passado--, os cientistas puderam recriar uma "pequena história da variação climática da Terra".
Diz-se pequena porque os resultados não permitem enxergar a variação ocorrida em uns poucos anos. É como se cada ponto nos dados representasse a temperatura em um período de 120 anos.
Editoria de arte/Folhapress
A HISTÓRIA
Os dados confirmam uma velha desconfiança dos cientistas: a de que a Terra passou por um período de aquecimento que começou cerca de 11 mil anos atrás. Em 1,5 mil anos, o planeta esquentou cerca de 0,6ºC e assim se estabilizou, durante cerca de 5.000 anos.
Então, 5,5 mil anos atrás, começou um novo processo de esfriamento --que terminou há 200 anos, com o que ficou conhecido como a "pequena era do gelo". O planeta ficou 0,7ºC mais frio.
Entram em cena a industrialização acelerada e o século 20. O planeta volta a se esquentar. No momento, ele ainda não bateu o recorde de temperatura visto no início do Holoceno, mas já está mais quente que em 75% dos últimos 11 mil anos.
Assim, o estudo confirma que a temperatura da Terra está subindo em tempos recentes e mostra que a subida é muito mais rápida do que se pensava.
"Essa pesquisa mostra que já experimentamos quase a mesma faixa de mudança de temperatura desde o início da Revolução Industrial que foi vista nos 11 mil anos anteriores da história da Terra --mas essa mudança aconteceu muito mais depressa", comenta Candace Major, diretor da divisão de Ciências Oceanográficas da Fundação Nacional de Ciência dos EUA, que financiou o estudo.
Por outro lado, a baixa resolução temporal do estudo (é impossível distinguir efeitos de poucos anos) dificulta a comparação com o atual fenômeno de aquecimento.
Para a mudança climática atual se tornar relevante na escala de tempo analisada pelo modelo de reconstrução dos últimos 11 mil anos, ela precisa continuar no próximo século. Segundo os modelos do IPCC (Painel Intergovernamental para Mudança Climática), da ONU, é isso que vai acontecer.
Contudo, ainda há incertezas sobre a magnitude do fenômeno. De toda forma, mesmo pelas estimativas mais otimistas, quando chegarmos a 2100, se nada for feito, provavelmente estaremos vivendo o período mais quente dos últimos 11 mil anos.
A Terra vive um monte de revisão de conduta planetária. O ser humano não sabe ao certo as resultantes de suas próprias ações. O medo é o que impera entre todos nós. O tempo será o fio condutor de nossas incertezas. Post e comente a temática! 09/03/13 

"Essa faixa pertence a Hugo Chávez", diz Maduro ao assumir Presidência interina

Posted by João Luis


Ao som de gritos que diziam "Chávez vive, a luta segue", o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tomou posse na noite desta sexta-feira como presidente interino do país.
Bastante comovido, Maduro começou seu discurso pedindo que o público perdoasse sua emoção. "Essa faixa pertence a Hugo Chávez, a Presidência pertence ao nosso comandante".
Maduro, designado por Chávez como seu sucessor, pouco antes de o líder venezuelano viajar a Cuba para se submeter a quarta cirurgia por conta de um câncer em dezembro do ano passado, recebeu a faixa presidencial e jurou "em nome da lealdade mais absoluta ao comandante Hugo Chávez que cumpriremos a Constituição com a mão dura de um povo disposto a ser livre".
Em seu discurso, Maduro também anunciou que Jorge Arreaza, ministro venezuelano da Ciência e marido da filha mais velha de Chávez, assumirá as funções de vice-presidente.
Juan Barreto/AFP
Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello entre a faixa presidencial a Nicolás Maduro, que assume como presidente interino
Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello entrega faixa presidencial a Nicolás Maduro, que assume como presidente interino
O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, em seu discurso disse que a ocasião é "importantíssima" para a democracia venezuelana.
"Respeitamos a Constituição nas coisas que nos são boas e que nos são más e vamos respeitá-la a todo o momento".
De acordo com a Constituição da Venezuela, como Chávez não tomou posse no dia 10 de janeiro,Cabello deveria assumir a presidência e convocar novas eleições em 30 dias.
Em janeiro, enquanto Chávez estava internado em Cuba --e impossibilitado de tomar posse-- o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) autorizou que a cerimônia acontecesse posteriormente, no próprio organismo.
Reeleito em 7 de outubro de 2012, Chávez deveria ter se apresentado para a cerimônia de posse no Legislativo em 10 de janeiro, como determina o documento.
Entretanto, uma vez que o TSJ avaliou que, ainda que sem posse, já há um novo mandato em vigor, coube ao vice-presidente, Maduro, assumir a presidência.
Durante sua fala, Cabello disse que, como Chávez já estava no poder há 14 anos, a posse de Maduro não é inconsitucional.
"Não acredito que os opositores não tenham se dado conta desse detalhe, porque tem 14 anos que eles atacam nosso líder", disse.
Maduro tem 30 dias para marcar a data da eleição, que é prevista para o fim de abril.
OPOSIÇÃO
A tomada oficial do poder foi criticada pelo opositor Henrique Capriles, que perdeu contra Chávez as eleições de outubro do ano passado.
Capriles qualificou o juramento de fraude, argumentando que segundo a Constituição a falta absoluta do falecido presidente deve ser coberta pelo chefe da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.
"Esse juramento que vai acontecer agora nas condições que estão querendo, esse é um juramento completamente falso. Ninguém elegeu Nicolás Maduro como presidente", disse ele em entrevista coletiva antes da posse de Maduro.
Agora a transição começou e as eleições vão decidir o rumo dos bolivarianos. Post e comente a temática! 09/03/13 

Relembre a trajetória de Chávez

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Cronologia do Chavismo:

Em 1992, Hugo Chávez fracassa em sua tentativa de golpe de Estado na Venezuela, em rebelião que deixou saldo de 36 mortos e motivou apoio dos países latino-americanos, entre eles o Brasil, ao presidente Carlos Andrés Pérez.
Porém em 1998, ex-integrante das Forças Armadas, Chávez é eleito presidente da Venezuela com 56% dos votos. Em seu discurso inicial, pede apoio e confiança a investidores estrangeiros. "Vamos buscar o consenso", afirmou.
No ano seguinte, no qual toma posse, Chávez promove plebiscito para aprovar reformas na Constituição, as quais concentram os poderes nas mãos do presidente. "Parimos uma nova Constitiuição Bolivariana", declarou.
Em 2000, reelege-se para ficar no poder até 2006. E, em 2004, em mais uma demonstração de força, Chávez vence plebiscito convocado pela oposição, que tentavaabreviar o mandato do presidente.
Ao término do terceiro mandato, Chávez começa a sofrer com os males do câncer. Mas, mesmo assim, consegue Chávez consegue se reeleger presidente da Venezuela pela quarta vez.
A América Latina passa a ser outra sem a presença do Chavismo? Teremos sucessores a altura? A geopolítica do continente muda? A esquerda sai ganhando ou perdendo com a morte de Chávez? A nova possível liderança pode ser brasileira? E os Estados Unidos? Como vão reagir? Post a respeito da temática mais importante do ano até agora! Será que os vestibulares vão cobrar? 06/03/13