2° TURNO: HORA DE REFLEXÃO DO ELEITOR BRASILEIRO

Posted by João Luis


O RESULTADO DE ONTEM REPETE O PADRÃO DAS ÚLTIMAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DESDE 1994. DESDE ENTÃO, OS MELHORES COLOCADOS OU VENCEDORES DO 1° TURNO TIVERAM POUCO MENOS OU POUCO MAIS DE 50% DOS VOTOS VÁLIDOS. O RESULTADO DAS URNAS TAMBÉM SEGUIU E REFORÇOU A TENDÊNCIA CAPTADA PELAS ÚLTIMAS PESQUISAS ELEITORAIS REALIZADAS PELO DATAFOLHA. ELAS COMEÇARAM A SINALIZAR A PARTIR DE TERÇA-FEIRA PASSADA A PROBABILIDADE DE HAVER UMA NOVA RODADA ELEITORAL

AS PESQUISAS CAPTARAM TRÊS TENDÊNCIAS PRINCIPAIS, CONFIRMADAS PELA VOTAÇÃO DE ONTEM:

1. O DESEMBARQUE DE PARCELA EXPRESSIVA DO ELEITORADO DA CANDIDATURA DILMA, ESPECIALMENTE DOS ELEITORES DA CHAMADA NOVA CLASSE C ( COM RENDA MENSAL ENTRE R$ 1.020,00 E R$ 2.550,00 ).

2. UMA "ONDA VERDE" A FAVOR DE MARINA NESSA MESMA CLASSE C, COM TENDÊNCIA DE CRESCIMENTO NO SUL, SUDESTE E NORDESTE; E UM APOIO INÉDITO DO ELEITORADO FEMININO NO FINAL DA CAMPANHA.

3. UM MOVIMENTO DE RECUPERAÇÃO DAS INTENÇÕES DE VOTOS DE SERRA EM SUA BASE ELEITORAL, SÃO PAULO; E SUA VITÓRIA NO "ARCO DO AGRONEGÓCIO", QUE COMPREENDE O PARANÁ, MATO GROSSO DO SUL, MATO GROSSO E RONDÔNIA.

ASSIM, GANHA RELEVÂNCIA NO 2° TURNO O ESPÓLIO ELEITORAL DA CANDIDATA DO PV E SEU POSICIONAMENTO EM FAVOR OU NÃO DO PSDB OU PT.

A IMPOSIÇÃO DE UM 2° TURNO PARA DILMA PELOS ELEITORES COMEÇOU A GANHAR CORPO A PARTIR DA 2ª QUINZENA DE SETEMBRO. A ENTÃO FAVORITA NESTA ELEIÇÃO COMEÇOU A CAIR NAS PESQUISAS POR CONTA DOS ESCÂNDALOS ENVOLVENDO A QUEBRA DE SIGILOS FISCAIS DE TUCANOS E A QUEDA DE SUA EX-BRAÇO DIREITO NA CASA CIVIL, ERENICE GUERRA.

ENTRE A ECLOSÃO DOS ESCÂNDALOS E A VESPERA DA ELEIÇÃO, DILMA PERDEU 6% JUNTO AOS ELEITORES COM RENDA FAMILIAR ENTRE DOIS E CINCO SALÁRIOS MÍNIMOS. CERCA DE 36% DOS ELEITORES PERTENCEM A ESSA FAIXA DE RENDA, QUE AGRUPA A NOVA CLASSE C BRASILEIRA. IRONICAMENTE, O MESMO ELEITORADO QUE PROGREDIU ECONOMICAMENTE NO GOVERNO LULA OBRIGARÁ DILMA A SE SUBMETER A NOVA VOTAÇÃO.

NOS PRÓXIMOS 27 DIAS O NOVO MAPA POLÍTICO DO BRASIL SERÁ DEFINIDO E SUAS PROJEÇÕES PARA OS 4 ANOS DE MANDATO DO NOVO PRESIDENTE. UMA TERCEIRA FORÇA PARA QUEBRAR A POLARIZAÇÃO DO CONTINUISMO POLÍTICO DO PAÍS? A "ONDA VERDE" VAI DECIDIR A ELEIÇÃO NO 2° TURNO? DESGASTE POLÍTICO DE UM DISCURSO POPULISTA EM PLENO SÉCULO XXI? O POVO CANSOU DOS ESCÂNDALOS DO "NÃO SEI DE NADA"? POST E COMENTE A RESPEITO ASSUNTO! 04/10/10

6 comentários:

  1. Unknown

    O crescimento de Marina na corrida presidencial foi importante para a quebra dessa polarização, uma competição "saudável" é sempre bom, independente de vermelho ou azul monopólio político não é uma opção favorável. É provável que essa onda verde decida a eleição ainda mais se a própria Marina se manifestar a favor de um dos candidatos, cá entre nós não acho que os eleitores da mesma sejam eleitores que votem em Serra, e sim eleitores "roubados" de Dilma. Quanto ao discurso populista, acho que é algo muito mais do próprio Lula, não sei se vai funcionar com Serra ou Dilma, apesar de grande parte dos eleitores de Dilma votarem por ela ser a condidata do atual presidente.

  1. João Luis

    VALEU MANU, BELO COMENTÁRIO. BJOS!

  1. Helena M

    A onda verde nessas eleições de 2010 ainda veio como um voto de protesto, que pode se transformar na quebra dessa bipolaridade vermelha e azul na política brasileira, surgindo como uma nova possibilidade de pensamento e voto. A posição de Marina em relação ao apoio no segundo turno poderá sim ser decisiva para a escolha do novo presidente, o que nos leva a ficar com a cabeça meio confusa, afinal, o PV é da coligação "O Brasil Pode Mais", mas as ideologias da propria Marina, tendem mais ao caminho petista. A real pergunta é se o Brasil realmente valoriza a democracia e o porquê de tamanho descaso quanto a política, afinal, as reclamações são tantas em relação a corrupção, mas a prática de ir atrás e saber em quem está votando, deixando de lado a comodidade e o chamado "voto de protesto", é o que realmente falta. Pode um país que elege Tiririca como o deputado federal mais votado reclamar de alguma coisa seja na câmara, no congresso ou no senado?

  1. Unknown

    Sim, está claro que os próximos passos da candidata do PV tornam-se decisivos pros seguintes anos do país. Entretanto, quanto à ideologia da candidata, penso não favorecer tanto a nem um dos lados, afinal Marina ja tem um história política ao longo da qual sempre transmitiu um teor autenticidade. Me parece um pouco distante o seu alinhamento a Dilma ou Serra.
    Acredito que Dilma tenha boa vantagem, devido ao contingente eleitoral da Marina parecer se concentrar mais no nordeste.
    Portanto, me acho que o gordinho sucessor é quem vai sair na frente apesar de tudo: com a vitória da sua vice Dilma e do seu respectivo vice Michel Temer.

    Acabei de me cadastar e só queria mesmo deixar uma idéia aí. Não fiz pesquisas e sei quase nada de política. De qualquer forma, ta aí a visão de um leigo no assunto, o que temos considerar ainda mais se tratando de Brasil.

  1. João Luis

    Parabéns Ricardo, sua visão apresenta um senso de criticidade e uma opinião com sustentação ideologica.

  1. Rafael Menezes

    De fato, Marina conseguiu uma grande expressividade no processo eleitoral, mas essa notoriedade se deve mais ao seu próprio carisma e forma de encarar a política e os rumos que o Brasil deve tomar, do que uma questão partidária. Claro, se a política brasileira não estivesse tão desgastada, com a imagem de Dilma associada a diversos escândalos e a ideia de que a eleição de Serra levaria a uma regressão na política social do governo, Marina não teria conseguido criar uma Onda Verde tão grande como criou.
    Enfim, acredito que, embora a figura da ex-ministra do meio ambiente foi vital para quebrar o bi-partidarismo no 1º turno, ela não conseguirá exercer uma influencia equivalente nessa nova etapa. 1º porque, de fato, os programas de Dilma e Serra, não tem o mesmo enfoque que seduziu tantos eleitores no programa de Marina. 2º porque a maioria das pessoas que votaram em Marina tem uma consciencia do valor do voto, e refletirão (levando em consideração a opinião da candidata que escolheram no primeiro turno, mas não tomando-a como final) sobre qual a melhor escolha.

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