O governo dos Estados Unidos declarou nesta terça-feira que o Irã "será
julgado" pelos avanços no programa nuclear, mas vê como "um passo a
frente" o acordo da República Islâmica com a Agência Internacional de
Energia Atômica (AIEA), vinculada à ONU (Organização das Nações Unidas).
"É importante notar que o anúncio de hoje é um passo adiante, mas os
Estados Unidos julgarão o comportamento de Teerã com base nos seus
atos", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, em entrevista
coletiva nesta terça. "Promessas são uma coisa, ações e cumprimento de
obrigações são outra".
O representante confirmou que o governo americano continuará
pressionando as autoridades de Teerã a suspenderem as atividades
atômicas, com o uso de sanções econômicas contra o país e membros do
governo de Mahmoud Ahmadinejad.
Na segunda (21), o Senado americano aprovou mais um grupo de sanções
econômicas. As novas restrições são feitas às contas do Corpo da Guarda
Revolucionária do Irã e pede às companhias americanas que comuniquem a
existência de negócios relacionados com o Irã à Comissão de Exportações e
Segurança.
As declarações acontecem no mesmo dia em que a agência associada à ONU
revelou o acordo com o país persa e um dia antes do início das
negociações entre Teerã e o grupo de seis países -- Estados Unidos,
França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha -- sobre o enriquecimento
de urânio, em Bagdá.
COMBUSTÍVEL
Nesta terça, a agência estatal iraniana IRNA informou que cientistas
conseguiram abastecer um reator de pesquisa em Teerã com combustível
nuclear produzido no país. O avanço pode ser mais um passo na evolução
dos estudos atômicos do país persa, o que causa maior preocupação para
as potências ocidentais.
EUA, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha têm usado sanções e
negociações para tentar convencer o Irã a abandonar seu programa de
enriquecimento de urânio, que pode ter finalidades civis ou militares.
Teerã insiste no caráter pacífico do seu programa atômico.
Apesar do desconhecimento do nível de avanço nuclear iraniano, EUA e
Israel cogitam intervenção militar no país persa, mas consideram o uso
da força como "último recurso". O governo de Israel critica as
negociações, afirmando que são uma forma de Teerã ganhar tempo para
expandir sua capacidade nuclear.
Interessante a posição do ocidente. O Irã é sempre um alvo de suspeitos no campo nuclear, contudo, as nações do ocidente podem desenvolver tecnologia no setor sem maiores problemas. Medo? Qual a verdadeira razão para tanta preocupação? O eixo do mal? Post e comente a respeito da temática! 23/05/12
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