A CHINA TENTOU NEGAR APOIO À PRETENSÃO DO BRASIL DE AUMENTAR O SEU PESO NO COMANDO DO FMI, REVELEU PAULO NOGUEIRA BATISTA JUNIOR; O REPRESENTANTE BRASILEIRO NA INSTITUIÇÃO.
ELE AFIRMOU QUE A TENDÊNCIA DOS CHINESES DE ATUAREM EM "FAIXA PRÓPRIA", PÕE EM RISCO A ARTICULAÇÃO DOS 5 PAÍSES DO FÓRUM BRICS, FORMADO POR BRASIL, RÚSSIA, ÍNDIA, CHINA E ÁFRICA DO SUL (ESTA RECÉM ADMITIDA).
PAULO NOGUEIRA REVELOU AS DIFÍCIEIS NEGOCIAÇÕES COM A CHINA, RELATIVAS ÀS REFORMAS DO FMI E DO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU. " O BRASIL TEM QUE FAZER SENTIR AOS CHINESES QUE, SE QUISEREM SEGUIR EM FAIXA PRÓPRIA DEVIDO AO SEU PESO ESTRATÉGICO, VÃO PAGAR UM PREÇO", DISSE PAULO, QUE RESSALTOU ESTAR FALANDO A TÍTULO INDIVIDUAL, E NÃO COMO DIRETOR-EXECUTIVO DO FMI (SUA DIRETORIA REÚNE 8 PAÍSES ALÉM DO BRASIL).
ELE CONTOU QUE A ARTICULAÇÃO NO FMI ENTRE OS PAÍSES DO BRICS IA BEM ATÉ O ANO PASSADO, QUANDO FOI DISCUTIDA A REDISTRIBUIÇÃO DAS COTAS DO FUNDO PARA AUMENTAR A PARTICIPAÇÃO DOS VOTOS DOS PAÍSES EMERGENTES. A CHINA SE NEGOU INICIALMENTE A APOIAR A POSIÇÃO BRASILEIRA.
O BRASIL QUERIA SE TORNAR O 10º MAIOR COTISTA -- PRETENSÃO QUE ACABOU EFETIVADA. PARA ISSO, TERIA QUE PASSAR À FRENTE DE VÁRIOS PAÍSES, INCLUINDO O CANADÁ. OS CHINESES, SEGUNDO PAULO, COMEÇARAM A ALEGAR QUE NÃO QUERIAM OFENDER OS CANADENSES. EM CONSULTA COM BRASÍLIA, PAULO DECIDIU CONTRA-ATACAR. "QUEM FICOU OFENDIDO FOI O BRASIL, E NOSSOS NEGOCIADORES DO CLIMA VÃO SABER DISSO". ISSO REPERCUTIU ENORMEMENTE, PORQUE OS CHINESES TÊM GRANDE INTERESSE NO APOIO BRASILEIRO NA QUESTÃO CLIMÁTICA, ONDE OS CHINESES ESTÃO EM RELATIVO ISOLAMENTO.
" OS CHINESES PODEM SER TENTADOS ÀS VEZES A ESTABELECER DIÁLOGO PREFERENCIAL COM OS ESTADOS UNIDOS. SÓ QUE ESSE CAMINHO NÃO É SEGURO, OS AMERICANOS SÃO DIFÍCEIS. QUANDO OS AMERICANOS BOTAM PRESSÃO EM CIMA DOS CHINESES, ELES REFLUEM PARA A ALIANÇA COMO OS BRICS. HÁ UMA DINÂMICA COMPLEXA ENTRE BRICS E PAÍSES DESENVOLVIDOS", DISSE PAULO.
CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU
O BRASIL ADMITIU QUE É MUITO DIFÍCIL FAZER AVANÇAR DENTRO DO BRICS O APOIO À AMPLIAÇÃO DO CONSELHO DE SEGURANÇA (CS).
O BRASIL AVALIA QUE A CHINA TEM MAIS PROBLEMAS COM O POSSÍVEL INGRESSO DO JAPÃO DO QUE COM O DO ÍNDIA (ESTE COM APOIO DOS ESTADOS UNIDOS) -- OS 2 PAÍSES FORMAM COM O BRASIL E ALEMANHA O G4, GRUPO DE CANDIDATOS A CADEIRAS PERMANENTES NO ÓRGÃO.
FICA DIFÍCIL ENTENDER O PAPEL DA CHINA NO BRICS. PARECE QUE NAS RELAÇÕES ECONÔMICAS ELES SE ENTENDEM. NAS QUESTÕES GEOPOLÍTICAS A CHINA SE COLOCA COMO PRINCIPAL POTÊNCIA EMERGENTE. FICA A PERGUNTA NO AR. OS BRICS VÃO DE FATO TER ESPAÇO NO CENÁRIO DAS DECISÕES INTERNACIONAIS? OU A CHINA É QUE TERÁ? NO MOMENTO DA CONVENIÊNCIA A CHINA É BRICS? OUTROS MOMENTOS NÃO? POST E COMENTE A RESPEITA DA TEMÁTICA! 19/05/11
2 comentários:
proooooooooof, tinha vindo aqui pra ler e tal e mandar esse link: http://www.ibge.gov.br/paisesat/main.php mas acho que já te mandaram, né? MUUUITO BOM!
"O BRASIL TEM QUE FAZER SENTIR AOS CHINESES QUE, SE QUISEREM SEGUIR EM FAIXA PRÓPRIA DEVIDO AO SEU PESO ESTRATÉGICO, VÃO PAGAR UM PREÇO".
Tenho uma duvida referente ao trecho acima.
Que poder o Brasil tem de fazer a China "pagar um preço"? Logo pensei nas relações econômicas de exportação e importação entre Brasil e China , mas se essas relações fossem prejudicadas, o país que mais sairia perdendo não seria o Brasil?
Marina de Carvalho (3ºC do Oficina no ano passado)
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