Apesar do crescimento econômico mais acelerado e da redução da pobreza
nos últimos anos, o Brasil ainda é um dos países mais desiguais da
América Latina --situando-se em quarto lugar, atrás apenas de Guatemala,
Honduras e Colômbia--, de acordo com relatório do ONU-Habital divulgado
nesta terça-feira.
Veja o relatório completo no site da ONU
América Latina tem 80% de seus moradores em áreas urbanas
Migração do campo para a cidade perde força na AL
Cidades geram 2/3 do PIB da América Latina, diz ONU
Moradia é maior desafio da América Latina, diz ONU
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Todos esses países possuíam, segundo dados de 2009, um índice de Gini de
distribuição de sua renda per capita acima de 0,56 --junto com
República Dominicana e Bolívia, nações que completavam o grupo das seis
mais desiguais do subcontinente. Tal índice revela uma elevada
concentração da renda.
Já a lista dos países como menor grau de desigualdade era composta por
Costa Rica, Equador, El Salvador, Peru, Uruguai e Venezuela --este
último com a melhor marca, registrando um índice de Gini de 0,41. O
indicador, porém, supera o dos EUA e de Portugal (nação mais desigual da
União Europeia), ambos com índice de 0,38.
O Brasil avançou, porém, se comparado a 1990, quando detinha o título de país com maior nível de iniquidade da América Latina.
Segundo o relatório, a região é mais desigual do mundo, embora tenham
ocorrido melhoras nos últimos anos na distribuição da riqueza na maior
parte dos países.
Entre os motivos, diz, estão o crescimento do rendimento do trabalho, a
queda das diferenças salariais entre diferentes categorias de
trabalhadores e a expansão de programas de transferência de renda em
vários países.
POPULAÇÃO E MORADIA
O estudo aponta ainda que a América Latina vive profundas mudanças, como
a redução do crescimento demográfico e praticamente o fim da migração
campo-cidade --responsável pelo "boom" da urbanização ocorrido até os
anos 90.
O grupo de cidades com menos de 500 mil habitantes concentra a metade da
população (222 milhões de pessoas) do subcontinente, enquanto as
megacidades (mais de 5 milhões) fica com 14% (65 milhões de pessoas).
Ainda de acordo com o relatório, apesar dos avanços dos serviços
públicos, o problema da moradia persiste na América Latina, segundo
dados da ONU. O deficit habitacional na região subiu de 38 milhões de
residências em 1990 para para uma cifra entre 42 milhões e 51 milhões em
2011.
Realizar uma análise crítica de nosso país é fundamental para podermos planejar o futuro, olhando o presente. Post e comente a temática! 21/08/12
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