Ao encerrar seu mandato de dois anos no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), o Brasil espera continuar participando das discussões do organismo por meio dos parceiros do Ibas --Índia e África do Sul--, que permanecem como membros não permanentes até o fim de 2012.
Segundo fontes diplomáticas, o governo brasileiro vai manter o diálogo com os dois países sobre temas de interesse do Conselho, e as posições do Brasil, por meio do Ibas, estarão representadas no seleto grupo de 15 países.
Em comunicado oficial divulgado neste sábado, último dia do Brasil no Conselho, o Itamaraty ressaltou que o intenso diálogo entre o Ibas e os Brics (Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul) "deverá manter-se em 2012, a despeito de o Brasil já não integrar o Conselho de Segurança".
Imagem de arquivo mostra reunião do Conselho de Segurança, o mais alto órgão das Nações Unidas |
O texto afirma ainda que, durante seu mandato como membro não-permanente, o Brasil manteve "sua identidade diplomática como país amante da paz", que esteve "firmemente comprometido com a diplomacia preventiva, a solução pacífica de controvérsias, a igualdade soberana dos Estados, a não-indiferença e o respeito aos direitos humanos".
O país, no entanto, foi bastante criticado por se abster em resoluções contra a Síria e a Líbia em 2011 e por votar contra a quarta rodada de sanções ao Irã, por conta do impasse sobre seu programa nuclear, em 2010.
Este foi o décimo mandato do Brasil como membro não permanente. Ao lado do Japão, é o país que mais vezes participou da parte rotativa do fórum.
O Brasil, porém, almeja um assento permanente no Conselho, e deve continuar insistindo pela reforma e ampliação do fórum por meio do G4, grupo que integra com Alemanha, Índia e Japão.
Também deixam neste sábado o Conselho de Segurança Líbano, Gabão, Nigéria e Bósnia e Herzegovina.
A partir do domingo (1º), passam a integrar o grupo Togo, Marrocos, Guatemala, Paquistão e Azerbaijão. Os outros membros não permanentes são Colômbia, Alemanha, Portugal, Índia e África do Sul.
O Brasil encerra sua participação no CS da ONU não permanente sem muito brilho, porém busca ainda um posto permanente no órgão. Seria possível o Brasil ser aceito no CS permanente depois de vários omissões? Seria o momento correto para o Brasil participar de forma efetiva do órgão? Temos a maturidade política capaz para sermos efetivos no órgão? Post e comente a respeito da postagem final do ano. Feliz 2012! 31/12/11
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