Mancha de óleo que vazou de poço da Chevron diminui

Posted by João Luis

A ANP (Agência Nacional do Petróleo) informou que a mancha de petróleo que vazou de um poço operado pela Chevron diminuiu.

Segundo estimativa realizada após sobrevoo de helicóptero realizado nesta sexta-feira (18), a mancha está com 18 km de extensão e 11,8 quilômetros quadrados de área. No dia 14, a área cobria cerca de 13 quilômetros quadrados, informou a agência.

Estimativas apontam que a vazão média de óleo derramado estaria entre 200 e 330 barris/dia entre os dias de 8 a 15 de novembro.

Ainda segundo a nota enviada pela ANP, devido à característica do vazamento, a maior parte do óleo está nas proximidades da sonda, cerca de um metro abaixo da superfície. "Dessa forma, ocorre uma discrepância entre as dimensões da mancha verificadas nas imagens satelitais e as observadas no sobrevoo", informou.

As imagens de satélite dos dias 12 e 14 mostram que a mancha chegava a 68 km de extensão, cobrindo uma área de 160 quilômetros quadrados. Como as novas imagens feitas nesta quarta-feira só estarão disponíveis na próxima segunda-feira (21), ainda não é possível comparar a variação da mancha a partir de satélite.

A agência também informou que, a partir de imagens submarinas feitas pelo ROV (sigla em inglês para veículo operado remotamente), é possível avaliar que o processo de fechamento do poço "tem apresentado resultados positivos, com redução substancial do vazamento".

ANP, Ibama e Marinha instauraram processos administrativos para investigar o incidente.




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Barcos trabalham para conter o petróleo que vazou do poço operado pela Chevron

DEPOIMENTO

Representantes da Chevron deverão prestar depoimento à Polícia Federal na próxima semana para esclarecer o vazamento. Os responsáveis pelo incidente poderão ser indiciados pelo crime de poluição e, se condenados, estarão sujeitos as penas que variam de 1 a 5 anos de reclusão.

A Polícia Federal investiga se a empresa perfurou além do que estava previsto.

O delegado Fábio Scliar, da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, da PF, no Rio, disse aontem que não há dúvida de que houve crime ambiental. "O crime de poluição já está configurado", afirmou.

FALHA TÉCNICA

Segundo a ANP, o vazamento ocorreu por problemas de operação da petroleira, e não por falhas geológicas.

Imagens submarinas feitas pela Chevron ontem indicaram que o fluxo de óleo que há dez dias sai de um poço da empresa no pós-sal está diminuindo, mas o volume de petróleo que já foi liberado para o mar é bem maior do que o informado inicialmente.

Segundo Haroldo Lima, diretor-geral da ANP, o relatório da equipe do órgão que acompanha na Chevron as operações para interromper o vazamento iniciado no dia 7 informa que ele é residual. Vazaram 2.300 barris.

Ele admitiu, no entanto, que a mancha cresceu nos últimos dias, já que a tendência do óleo é se espalhar. Segundo Lima, a mancha estaria seguindo para o sudeste e já estaria bem diluída.

"O primeiro estágio de cimentação do poço foi concluído hoje com sucesso. Com o fechamento do poço, a mancha vai deixar de ser alimentada." O escapamento do petróleo para a superfície ocorreu a 150 metros do poço, informou Lima.

Ao todo serão cinco etapas para o fechamento do poço, e a previsão é que o trabalho seja concluído no sábado.

Lima disse ainda que a multa à Chevron "será alta", mas não soube informar o valor. "Temos que avaliar as causas. No princípio eles argumentaram que o acidente foi por causas naturais, mas não aceitamos, vamos investigar", disse o diretor.

Maré negra (vazamento de petróleo), cada vez mais é um ato comum no mundo. As multas são elevadas, contudo, não resolvem os estragos nos diversos ecossistemas marinhos atingidos. Fica uma reflexão para as futuras parcerias da Petrobras no pós -e pré-sal. A quebra do monopólio foi positivo para o Brasil? Post e comente a resepito da temática!19/11/11

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