Dois jornalistas ocidentais morreram nesta quarta-feira (22) na cidade rebelde síria de Homs (centro), onde os bombardeios atingiram um centro de imprensa de opositores ao regime de Bashar al Assad, anunciaram ativistas.
"Dois jornalistas morreram nos ataques contra nosso centro de imprensa no bairro de Baba Amr. Ao menos outros três jornalistas estrangeiros ficaram feridos", declarou o militante Omar Shaker em Baba Amr, contactado via Skype.
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| Jornalista americana Marie Colvin (2 à esq.) e fotógrafo francês morreram em bombardeio em Homs |
De acordo com a agência de notícias Reuters, as duas vítimas seriam a americana Marie Colvin, que trabalhava para o jornal britânico "Sunday Times", e o fotógrafo francês RemiOchlik.
Ambos eram repórteres de guerra veteranos, tendo atuado no Oriente Médio e em outras regiões.
Colvin havia perdido um olho ao ser ferida quando cobria o conflito no Sri Lanka, em 2001. Após o acidente, ela usava um tapa-olhos em aparições públicas.
Uma testemunha disse à Reuters que bombas atingiram a casa onde os jornalistas estavam, e um foguete os atingiu quando tentavam fugir do local.
 Rémi Ochlik e repórter americana Marie Colvin, mortos em Homs " border="0"> |
| Fotógrafo francês Rémi Ochlik e repórter americana Marie Colvin; ambos foram mortos após ataque em Homs |
Em 11 de janeiro, o francês Gilles Jacquier foi o primeiro jornalista ocidental morto na Síria desde o início da revolta popular contra o regime de Assad, há dez meses.
Jacquier também morreu em Homs, epicentro dos protestos na Síria, durante uma viagem autorizada pelo regime --que restringe drasticamente os deslocamentos dos jornalistas no país.
Na ocasião, nenhuma testemunha soube afirmar se o obus que o matou foi disparado pelos rebeldes ou pelo Exército sírio.
Na semana passada, o repórter do "New York Times" Anthony Shadid morreu após sofrer um ataque de asma, quando tentava chegar a uma área do país dominada pela oposição.
Também nesta quarta-feira, o OSDH (Observatório Sírio dos Direitos Humanos) informou que mais de 7.600 pessoas --a maioria civis-- morreram em episódios de violência desde que explodiu a revolta na Síria, em março de 2011.
Entre as vítimas estão 5.542 civis, 1.692 soldados e membros dos serviços de segurança e quase 400 desertores, afirmou à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.
Parece que na Síria tudo pode. O ocidente não apresenta uma ação semelhante a outros países do mundo árabe. Qual a razão para tal situação? Até quando estaremos vendo tais reportagens, sem uma atitude de fato? Post e comente a respeito da temática! 22/02/12
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