ECONOMIA DA ZONA DO EURO DESACELERA NO INÍCIO DO 2º SEMESTRE

Posted by João Luis


A economia da zona do euro cresceu menos que o previsto no segundo trimestre, pressionada pelo desempenho fraco da Alemanha e a estagnação da França, segundo dados divulgados nesta terça-feira.

A agência de estatísticas Eurostat estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) dos 17 países do euro avançou apenas 0,2% no período entre abril e junho sobre o trimestre anterior. A previsão do mercado era de um crescimento de 0,3%.

O resultado ficou bem abaixo do primeiro trimestre, quando a economia regional se expandiu 0,8%.

Entre abril e junho, o ritmo se desacelerou de forma generalizada, sobretudo nas grandes economias do euro, que ou não cresceram, como a França, ou tiveram alta bastante moderada, como a Alemanha (0,1%), Itália (0,3%) e Espanha (0,2%).

No caso da economia alemã, a maior potência do continente, a desaceleração do crescimento foi uma surpresa, visto que as previsões apontavam para uma alta de pelo menos 0,5%.

No primeiro trimestre do ano, os bons dados alemães (+1,3%) e franceses (+0,9%) tinham empurrado o crescimento para cima, uma aceleração da recuperação que não teve continuidade nos últimos meses.

Os melhores números do segundo trimestre na Europa foram os da Letônia (2,2%), Estônia (1,8%), Finlândia (1,2%) e Suécia (1%), enquanto junto à França outros países como Portugal e Hungria ficaram estagnados.

Outras economias de peso da UE como a do Reino Unido e da Holanda cresceram, mas de forma muito tímida, com 0,25% e 0,1%, respectivamente.

Irlanda e Grécia, dois países em dificuldades que se viram obrigados a solicitar um resgate por parte de seus parceiros europeus, não têm dados disponíveis até o momento.

ANUAL

Na comparação com o ano passado, o PIB cresceu 1,7% no segundo trimestre, ante previsões de 1,8% e ante taxa anual de 2,5% no primeiro trimestre de 2011.

Por países, o PIB alemão cresceu 2,8% no segundo trimestre com relação ao mesmo período do ano anterior, um dado que contrasta com o crescimento anualizado de 4,6% entre janeiro e março.

A economia francesa se expandiu em um ano 1,6%, enquanto a italiana e a espanhola ficaram em 0,8% e 0,7%, respectivamente.

Fora da zona do euro, o Reino Unido também registrou uma alta de 0,7% em 12 meses.

A desaceleração vai no sentido contrário das tendências nos Estados Unidos e Japão.

Nos Estados Unidos, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 0,1% a 0,3% entre os dois trimestres. No Japão, devastado pelo terremoto e tsunami de março, a contração foi de -0,9% no primeiro trimestre e de -0,3% no segundo.

BALANÇA COMERCIAL

A zona do euro registrou um excedente comercial de 900 milhões de euros em junho, depois de um resultado de 200 milhões de euros em maio, segundo a agência europeia de estatísticas Eurostat.

Na comparação com maio, as exportações de junho diminuíram 4,7% e as importações 4,1%.

A União Europeia em seu conjunto registrou um deficit comercial de 12,2 bilhões de euros, resultado quase similar ao de maio: 12,3 bilhões de euros.

Durante os cinco primeiros meses do ano, o deficit da UE aumentou no setor de energia (-154,7 bilhões, contra 119 bilhões em janeiro-maio do ano passado).

A crise de 2008 parece não acabar na Europa. Economias como a alemã e francesa, as maiores da Europa, não oferecem sinais de recuperação. O desemprego continua em alta, os juros altos, a economia recessiva e o resto do mundo aguardando um final feliz para o continente. Seria o fim de um período hegemônico da Europa desde a 1ª Revolução Industrial? Um novo desenho das potências econômicas do mundo? Post e comente a respeito da temática! 16/08/11


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