Paraguai tem até quinta para tentar reverter suspensão no Mercosul

Posted by João Luis


O governo do Paraguai tem até quinta-feira (26) para apresentar todos os documentos necessários ao Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul, na tentativa de anular sua suspensão do bloco, definida no mês passado. A decisão foi tomada no sábado (21), O tribunal informa que, atendendo a pedido das autoridades paraguaias, o tema foi examinado, mas faltaram os "requisitos para admissibilidade".

O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, informou que não se manifestará sobre o assunto. Na avaliação do Itamaraty, não há razão para o governo brasileiro se manifestar porque a decisão diz respeito a um órgão multinacional.

Na ação encaminhada ao tribunal, o governo do Paraguai pede não só a anulação da suspensão do Mercosul, como também da incorporação da Venezuela ao bloco. Para os paraguaios, a definição de prazos para apresentação de mais documentos ao tribunal foi uma sinalização positiva. Já os argentinos interpretaram que não há espaço para novas negociações.

Oficialmente, o governo do Uruguai não se manifestou sobre o assunto. Na decisão, não há referência sobre a legitimidade do atual governo paraguaio. Mas as autoridades do país entenderam que a manifestação do tribunal ratifica a gestão em curso.

A medida foi analisada pelos cinco titulares do órgão - o presidente, o brasileiro Jorge Fontoura, os argentinos Welber Barral e Carlos Correa, além do uruguaio José Gamio e o paraguaio Roberto Ruiz Diaz.

Os cinco magistrados do tribunal fazem um histórico sobre a situação no Paraguai. O texto destaca que o país foi suspenso do Mercosul em decorrência de uma decisão unânime dos presidentes Dilma Rousseff (Brasil), Cristina Kirchner (Argentina) e José Pepe Mujica (Uruguai).

Os presidentes suspenderam o Paraguai das decisões do Mercosul até abril de 2013, quando ocorrem eleições gerais no país. A medida foi tomada como reação ao processo de destituição do poder do então presidente paraguaio Fernando Lugo. Ele foi submetido a um processo de impeachment e, em menos de 24 horas, deixou o governo.

Para as autoridades sul-americanas, houve uma ruptura no processo democrático no Paraguai, que passou a ser governado pelo vice-presidente Federico Franco. No entanto, as autoridades paraguaias reiteraram, no documento encaminhado ao tribunal do Mercosul, que a Constituição do país foi respeitada e negam a ruptura da democracia.

E a agonia continua. Post e comente a temática! 25/07/12

2 comentários:

  1. Unknown

    Essa exclusão do Paraguai não seria apenas uma desculpa dos outros países da MERCOSUL para garantir a entrada da Venezuela?

  1. Unknown

    Não necessariamente. Se levarmos em conta que ninguém imaginava algo no nível do que houve no Paraguai, esta é uma reação a falta de transparência dos acontecimentos.
    Mas provavelmente aproveitaram para conseguir a inclusão da Venezuela visto que a principal oposição era o Paraguai.
    E mesmo que o governo atual da Venezuela não seja uma das melhores democracias, a longo prazo a inclusão dela no mercosul é vantajosa.

    Alexandre Actis

Postar um comentário