Paraguai pede medidas urgentes a Mercosul sobre suspensão do país

Posted by João Luis

 
O Paraguai pediu nesta sexta-feira medidas de urgência ao Tribunal Permanente do Mercosul, que estuda o recurso apresentado pelo país sobre a suspensão temporária do país do bloco, aprovada pelos outros membros da entidade após a destituição do presidente Fernando Lugo, em 22 de junho.
O chanceler paraguaio, José Félix Fernández Estigarribia, disse esperar que o resultado da medida seja aprovado até domingo. Ele não deu detalhes sobre as informações adicionadas ao processo, que foi iniciado na segunda (16).
Nesta sexta, o país ainda recebe as missões do Parlamento do Mercosul e da União Europeia, que averiguam a situação após a saída de Lugo. O Conselho Permanente da OEA também se reúne em conversas informais sobre o processo de impeachment, avaliando sanções ou uma nova missão de diplomatas.
Mais cedo, o presidente Federico Franco disse que a suspensão do Mercosul, que valerá até a posse do novo presidente, em agosto de 2013, não prejudicou a economia do país.
"O único que vai acontecer é que o presidente não vai a Buenos Aires, Brasília ou Montevidéu para participar de reuniões. De resto, as relações são absolutamente harmoniosas".
Franco voltou a dizer que vai entregar o governo em agosto de 2013, data em que é prevista a posse do novo presidente eleito no pleito presidencial, marcado para abril.
TERRAS
Franco ainda anunciou um projeto para a venda de terras do Estado na região do Chaco e ocupadas por pecuaristas nos departamentos de Concepción e Amambay, próximas à fronteira com o Brasil. As terras são produto de desapropriação para fins de reforma agrária em 1995.
O Estado paraguaio ainda tem 33% da região do norte do país, que faz fronteira com a Bolívia, que são ocupadas em parte por trabalhadores sem terra e narcotraficantes, além de proprietários rurais irregulares.
As discussões sobre reforma agrária no país recomeçaram após ações de sem-terra e protestos em diversas áreas do país. O conflito ficou mais evidente após uma operação de reintegração de posse que deixou 17 mortos, em Curuguaty, em junho.
A ação frustrada foi um dos fatores que desencadearam o processo de impeachment para o presidente Fernando Lugo, destituído em 22 de junho. 
Quantos capítulos vamos assistir antes do final do embrólio? O MERCOSUL e a UNASUL pagam a conta? Medo de novas tendências de governos na América do Sul? Por que tanta resistência à saída de Lugo? Post e comente a respeito da temática! 21/07/12 

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