A administração do presidente norte-americano Barack Obama aprovou, pela primeira vez em cerca de 50 anos, a construção de uma fábrica em Cuba.
A permissão foi concedida a uma empresa formada por dois ex-engenheiros de software do Estado do Alabama. Eles querem construir ao menos 1.000 pequenos tratores por ano na ilha caribenha para vender aos fazendeiros particulares locais. A expectativa dos sócios é começar a construção até o fim do primeiro bimestre de 2017.
Os sócios foram notificados da permissão pelo Departamento do Tesouro norte-americano.A fábrica será localizada em uma zona especial criada pelo governo cubano e destinado especialmente a atrair capital estrangeiro.
Em janeiro, os Estados Unidos aprovaram uma ampla variedade de práticas comerciais com Cuba, abrindo caminho para as empresas norte-americanas realizarem filmes, financiarem exportações e fazerem negócios com o governo de Raúl Castro em projetos de infraestrutura pública.
As mudanças ocorrem à medida que Washington e Havana se aproximam de normalizar as relações, tendo retomado os laços diplomáticos no ano passado depois de mais de cinco décadas de oposição.
Os tempos são outros. A antiga ordem mundial finalmente parece ter sido encerrada nas Américas. Seria um precedente de uma revisão histórica dos Estados Unidos nas suas relações diplomáticas? Ou apenas mais um jogo de cena? Comentem a temática em questão! 15/02/2015.
7 comentários:
Os EUA pretendem acabar com o socialismo de uma maneira que gere grande lucro para si, fazendo com que a atual ilha socialista se transforme em mais uma consumidora de produtos advindos do mesmo, e por meio de ações que estão sendo tomadas parece tentar se garantir como principal ou até único fornecedor.
Concordo plenamente com o comentário á cima. Ainda lendo o título, pensei, "a brecha foi aberta". Não é difícil deduzir o que poderá vir como consequência.
Não sei se apenas eu penso isto, mas gostava da persistência de Cuba em não "cair nas mãos" do capitalismo. Não conheço direito a ilha, não sei se tinham aqueles "duplos sentidos" como a China que se dizia comunista com uma economia capitalista, porém Cuba sempre me passou este tipo de imagem, logo me soa triste tantos anos de história, luta e outros, rendendo-se tão facilmente.
Boas postagens!Reflexivas e críticas. Devo lembrar a todos que a ilha precisa sobreviver de alguma forma. O mundo capitalista é injusto por si só, porém sem receita não se faz frente a despesas. Entendo que Cuba poderia usar o salto de qualidade que tem na educação para acelerar resultados em campos mais dinâmicos da economia. Claramente os EUA querem transforma os cubanos do campo em fornecedores de produtos primários de baixo valor agregado para suprir a demanda interna de seu país. Valeu galera!
Concordo com cada comentário! Nesse sentido, percebo que alguns impasses podem atrapalhar essa aproximação. A pauta das reparações, por exemplo, cobradas por ambos os lados, tornou-se um assunto bastante delicado. A ilha ainda sente os prejuízos do embargo e, por outro lado, os americanos ainda cobram compensações pelos bens confiscados durante a Revolução. (Vale salientar que a questão do embargo tem de passar pelo congresso). Sendo assim, vejo que ainda há muito a ser discutido sobre essa relação. Abraço!
Isso mesmo Leo! Sem o congresso dos Estados Unidos ratificar, tudo que Obama fizer pode não ter efeito prático e duradouro. ótima reflexão!
Postar um comentário