Mercosul critica 'uso desproporcional da força' no conflito entre Israel e Gaza

Posted by João Luis


Os países do Mercosul manifestaram neste sábado sua preocupação com o "uso desproporcional da força" na escalada de violência entre Israel e Gaza, numa referência indireta à ação israelense.
Até a noite deste sábado, eram 42 os mortos do lado palestino e três as vítimas em Israel. Na guerra de 2008-2009, o termo foi bastante usado para condenar os ataques de Israel a Gaza, que deixaram entre 1.200 e 1.400 palestinos mortos --do lado israelense, foram 13.
No comunicado, Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela (o Paraguai ainda está suspenso do bloco) "expressam sua mais firme condenação" à violência e "lamentam profundamente" as mortes.
Os países ainda pedem aos dois lados que cessem a violência e dizem que o Conselho de Segurança da ONU deve assumir "plenamente suas responsabilidades".
Para o embaixador palestino no Brasil, Ibrahim Al Zeben, o "uso desproporcional da força" citado na nota está claro no conflito, uma vez que "a Palestina não tem Exército, não tem força de segurança". "Também concordamos que essa situação deve ser resolvida no mais alto nível", disse Al Zeben, referindo-se à sugestão do Mercosul de uma atuação do Conselho de Segurança.
 Salem/Reuters


Nuvem de fumaça se ergue sobre a Cidade de Gaza após ataques de Israel
O embaixador de Israel no Brasil, Rafael Eldad, contudo, ressalta que o conflito é entre Israel e o grupo islâmico Hamas --e não entre Israel e a Palestina, como afirma o Mercosul. "Senti falta ainda de uma manifestação de apoio aos civis israelenses que estão, há anos, sob chuvas constantes de foguetes de Gaza no sul do país", disse.
ONU
Eldad criticou a decisão do Mercosul de reforçar, na nota, seu apoio à solicitação palestina de ser reconhecida como um Estado observador nas Nações Unidas. "Conhecemos a posição desses países, mas não entendo porque tenha que estar presente num comunicado sobre a situação entre Israel e o grupo terrorista Hamas", observou.
Para Al Zeben, os assuntos estão relacionados, já que, para ter um controle sobre grupos radicais de Gaza, como o Hamas, seria preciso ao governo palestino uma integração sobre um território único.
"No momento em que tivermos um Estado, com as nossas fronteiras, conseguiremos controlar o nosso território", disse o embaixador palestino. "O que Israel quer, com essa escalada de violência, é dizer ao mundo que é muito perigoso que a Palestina tenha um Estado. Mas essa é uma mensagem errada e mal intencionada."
E a guerra santa continua. Até quando? 18/11/12. 

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