O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, nomeou Nicolás Maduro como seu
vice, nesta quarta-feira. Maduro tem 48 anos e era um dos ministros mais
longevos de Chávez, ocupando desde 2006 o Ministério das Relações
Exteriores.
No seu novo cargo, Maduro pode ter de substituir Chávez se o tratamento
que ele faz desde junho passado contra um câncer o impedir de exercer a
Presidência.
Na Venezuela, o cargo de vice-presidente é de livre nomeação do governo, e não eleito ao lado do mandatário, como no Brasil.
Nicolás Maduro (à esq.) e Hugo Chávez cumprimentam partidários durante ato de campanha em Sabaneta |
Chávez, que tem 58 anos e está no cargo desde 1999, foi reeleito no
domingo passado para mais um mandato com duração de seis anos que começa
em 2013.
De acordo com a Constituição venezuelana, se Chávez for obrigado a
deixar a Presidência até o quarto ano de seu novo mandato, uma nova
eleição presidencial deve ser convocada em até 30 dias. Se a ausência
ocorrer no biênio final do mandato, é o vice quem deve leva-lo a cabo.
Em quase 14 anos na Presidência, Chávez já nomeou sete vices --alguns
deles acumularam a função com outros ministérios--, e não houve longos
períodos com o posto sem titular.
O atual vice, Elias Jaua, deixa o cargo ainda nesta semana para se
candidatar a governador nas eleições de dezembro que vem. Na despedida,
de acordo com informações do jornal venezuelano "El Universal", Chávez o
agradeceu pelo trabalho e por "tê-lo aguentado".
O rival dele será Henrique Capriles, que concorreu contra Chávez nesta última eleição presidencial.
Maduro nasceu em 23 de novembro de 1962, em Caracas. Ao lado da
Chancelaria, ele ocupava, desde 2010, a vice-presidência do Conselho de
Ministros.
A galera da esquerda não quer largar o poder de forma nenhuma. Eleições democráticas? Uso da máquina pública? Ditador ou líder carismático? Post e comente a temática! 11/10/12
1 comentários:
Um presidente que pode se reeleger indefinidamente nada mais é do que uma ditadura mascarada.
Por mais benefícios que a população possa conseguir com esse tipo de postura, ela está sendo privada da possibilidade de conhecer novas lideranças e formas de inserção neste mundo cada vez mais globalizado.
Até Cuba já demonstra uma abertura de diálogo sobre a possibilidade de a presidência deixar de ser vitalícia.
Alexandre Actis
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