O governo da Colômbia e as Farc deram início nesta quinta-feira, com a
mediação do governo norueguês, a sua quarta tentativa de chegar à paz.
O anúncio foi feito na presença de ambas as delegações, em um hotel nos
arredores de Oslo, sob forte esquema de segurança. Os jornalistas
presentes chegaram a ser revistados.
O diálogo começou em um lugar secreto, em território norueguês, e
depois, será transferido para Havana. A expectativa é a de que dure
meses. Esse diálogo é a segunda fase de um acordo obtido em agosto
passado, em Havana, depois de mais de seis meses de conversa sigilosas.
Policial guarda hotel nas proximidades de Oslo onde delegações da Colômbia e das Farc falaram a jornalistas |
Os negociadores do governo colombiano têm como chefe o
ex-vice-presidente Humberto de la Calle. Na entrevista, ele afirmou que
o primeiro assunto a ser debatido na terceira fase, que se abrirá em
Havana, em 15 de novembro, será a reforma agrária. No anúncio, ele
também cobrou dos negociadores discrição.
Com De la Calle estão também o Alto Conselheiro para a Paz, Sergio
Jaramillo; Luis Carlos Villegas, presidente da Associação Nacional de
Empresários da Colômbia (Andi); e dois generais reformados, Jorge
Enrique Mora Rangel e Óscar Naranjo.
Entre os demais assuntos estão a concessão de direitos políticos aos
rebeldes desarmados; a abdicação das Farc (Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia) do tráfico de drogas; e o pagamento de
restituição às vítimas do confronto. Outro objetivo é o fim do conflito
armado. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, ainda não aceitou
um cessar-fogo.
Pelo lado das Farc o líder é o número dois da organização, chamado
de "Ivan Márquez". "Nosso sonho é a paz com justiça social", disse
nesta quinta-feira, aos jornalistas. "Viemos à mesa com projetos para
alcançar a paz definitiva, viemos com o acumulado de uma luta histórica
pela paz. Viemos buscar a vitória da solução política sobre a guerra
civil que destrói a Colômbia."
Com ele estarão "Ricardo Téllez", apelido de Rodrigo Granda; Jesús
Emilio Carvajalino ou "Andrés Paris"; e Luis Alberto Albán ou "Marcos
León Calarcá".
O grupo ainda quer a presença de "Simón Trinidad", apelido de
Juvenal Ricardo Ovídio Palmear, que cumpre pena de 60 anos de prisão
nos EUA pelo sequestro de contratistas do Pentágono em 2003. A ministra
da Justiça da Colômbia, Ruth Stella Corera, afirmou que existe a
possibilidade do guerrilheiro participar da reunião via
videoconferência.
Noruega e Cuba desempenham o papel de fiadores do novo processo de
paz que visa dar fim a um conflito de quase 50 anos entre as Farc e o
Exército colombiano. Conforme dados oficiais, 600 mil pessoas já
morreram nos confrontos. Venezuela e Chile foram designados
observadores.
Finalmente parece chegar ao fim a relação entre o narcotrafico e a origem do grupo marxista as farc. Agora vamos observar a real deposição de armas e a nova liderança da América do Sul ,Juan Santos, atual presidente da Colômbia. Post e comente a temática! 18/10/12
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