Furacão Sandy é "tempestade séria e grande", alerta Obama

Posted by João Luis


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou os americanos neste domingo (29) que o furacão Sandy é uma "tempestade séria e grande" e pediu aos moradores da Costa Leste do país que sigam as ordens das autoridades para se protegerem.

Obama falou após encontro do centro de resposta a tempestades do governo federal em Washington e disse que recebeu garantias das autoridades responsáveis de que todos os recursos necessários para evitar contratempos foram colocados em prática.
Obama, que precisa lidar com o furacão a apenas nove dias da eleição presidencial, reforçou que é importante que todos "respondam rápido" aos impactos do Sandy.

Barack Obama faz pergunta durante o briefing sobre o furacão Sandy no centro de resposta a tempestades
Barack Obama faz pergunta durante o briefing sobre o furacão Sandy no centro de resposta a tempestades
A chegada iminente do furacão à costa americana levou neste domingo o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, a ordenar também neste domingo o cancelamento de centenas de voos, a suspender todos os serviços de transporte público e a retirar preventinamente 375 mil pessoas.
Bloomberg ordenou a retirada das áreas costeiras, incluindo Coney Island, Red Hook, Rockaway Beach e quase toda a costa de Staten Island. "Estamos ordenando a evacuação de 375 mil pessoas que vivem nestas áreas por questões de segurança. Se você vive nessas áreas, deve sair nesta tarde".
"É uma tempestade séria e perigosa", disse o prefeito, que anunciou também o fechamento de parques neste domingo à tarde e de todas as escolas da cidade amanhã.
"Nós vamos derrotar Obama E Sandy", diz pichação feita em tapume que protege janela de loja em Rehoboth Beach, no Estado do Delaware
TRANSPORTE PÚBLICO
Nova York também vai suspender sua rede de transportes públicos, incluindo o metrô, a partir das 19h (21h do horário de Brasília) de hoje. Em comunicado de seu gabinete, o gabinete do governador Andrew Cuomo disse que a suspensão visa "proteger passageiros, funcionários e equipamentos diante da aproximação do furacão Sandy".
"O sistema de transportes é a alma da região da cidade de Nova York, e suspender todos os serviços não é um passo simples", disse Cuomo. "Mas manter a salvo os nova-iorquinos é a primeira prioridade."
Apesar dos cancelamentos de voos, o aeroporto de Nova York não deve ser fechado neste domingo. Mas autoridades advertiram os viajantes para possíveis problemas.
FURACÃO CATEGORIA 1
O furacão Sandy, que avança pelo oceano Atlântico em direção aos Estados Unidos, é classificado como de categoria 1 na escala Saffir-Simpson --que vai até cinco.
Segundo o Centro Nacional de Furacões, com sede em Miami, o Sandy tem um raio amplo de ação, de pelo menos 800 km.
O seu impacto era sentido neste domingo ao longo da costa, principalmente nos Estados Carolina do Norte e Maryland, onde várias áreas ficaram inundadas em razão da elevação do nível do mar.
Os yankes com medo de tempestades. Post e comente a postagem! 28/10/12.

Análise: Apagões estão mais frequentes e devem aumentar

Posted by João Luis



Um novo apagão atingiu o país. Nove Estados do Nordeste e parte do Norte tiveram interrompido o fornecimento de energia a partir da 0h14 de sexta-feira (27). Trata-se da terceira interrupção em menos de 30 dias, sendo o Nordeste atingido pela segunda vez no período.
Os apagões estão se tornando frequentes e, considerando a sazonalidade, a quantidade e a frequência das ocorrências, tendem a aumentar.
Na contabilidade de desligamentos de outubro estão duas ocorrências em Brasília e uma interrupção que atingiu cidades do Sul, do Sudeste, do Centro-Oeste e do Norte, devido a um incêndio em transformador da subestação de Furnas, em Foz do Iguaçu, no Paraná.
Ainda, em 22 de setembro, 11 Estados das regiões Norte e Nordeste ficaram por 30 minutos sem energia.
Os recentes apagões, em diferentes localidades, evidenciam problemas na transmissão e na distribuição.
Os leilões de energia, ao comercializar empreendimentos de geração em regiões distantes dos grandes centros, contribuem para a construção de linhas de transmissão longas e, consequentemente, difíceis de serem gerenciadas e mantidas.
Tal fato, associado a uma fiscalização insuficiente do setor, levou à inadequação dos investimentos em manutenção, motivada pela dúvida sobre o destino das concessões do setor elétrico.
Agora, com a nova MP do setor, que usa a renovação das concessões como instrumento para a modicidade tarifária, receia-se que a tarifa, cujo cálculo está a cargo da Aneel, não assegure remuneração adequada às empresas, prejudicando os investimentos em expansão, modernização e manutenção das redes de transmissão e distribuição.
Para garantir a confiabilidade do sistema, o governo deveria incentivar o aumento da cogeração, além de maiores estímulos à inserção do smart grid (transformação da rede elétrica em rede inteligente) na distribuição.
Apesar de tais eventos terem sido inicialmente tratados como fatos pontuais, o ministro interino de Minas e Energia admitiu que "eventos como esses não são normais e a coincidência então é que é mais anormal ainda". Dessa forma, a robustez e segurança do sistema elétrico brasileiro entram em xeque.
ADRIANO PIRES é diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura.
Estamos vivendo mais um momento decisivo na oferta de energia no país. É evidente que as matrizes energéticas não atendem a demanda nacional. Grandes áreas urbanas e  industriais concentradas no sudeste absorvem a maioria absoluta da energia distribuída pelas centrais elétricas do país. Por conta disso regiões de menor desenvolvimento urbano e industrial tem apagões. Assim o " sul maravilha" não para. Post e comente a temática! 28/10/12.

Pesquisadores encontram planeta vizinho que é gêmeo da Terra

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É provavelmente a notícia mais esperada desde que o primeiro planeta fora do Sistema Solar foi descoberto, em meados dos anos 1990. Finalmente foi encontrado um planeta que tem praticamente a mesma massa da Terra.
E a grande surpresa: ele fica ao redor de Alfa Centauri, o conjunto estelar mais próximo do Sol.

Concepção artística do planeta descoberto em Alpha Centauri
Concepção artística do planeta descoberto em Alpha Centauri
Diz-se conjunto porque trata-se de um sistema trinário, ou seja, com três estrelas. O planeta, com 1,13 vez a massa da Terra, está orbitando Alfa Centauri B, ligeiramente menor e mais fria do que nossa estrela-mãe.
A má notícia é que esse mundo recém-descoberto não pode abrigar vida. Girando em torno de sua estrela uma vez a cada 3,2 dias (imagine um ano que dura três dias!), ele está muito perto do astro --deve ser um inferno.
Em compensação, o achado coroa uma longa busca por planetas em torno desse sistema próximo, localizado a 4,3 anos-luz de distância.
"É perto o suficiente para que os engenheiros pelo menos comecem a pensar numa forma de mandar uma sonda até lá", diz Eduardo Janot Pacheco, astrônomo do IAG-USP (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP) que trabalha com planetas extrassolares, mas não esteve envolvido na atual pesquisa.
NO LIMITE
O achado foi feito no limite extremo da tecnologia da busca de planetas. O estudo foi encabeçado por Xavier Dumusque, do Observatório de Genebra, e faz parte dos esforços do grupo de Michel Mayor, pesquisador responsável pela descoberta do primeiro mundo extrassolar girando ao redor de uma estrela similar ao Sol, em 1995.
O instrumento capaz de detectar esse planeta é o Harps, instalado em La Silla (Chile), num telescópio de 3,6 metros pertencente ao ESO (Observatório Europeu do Sul).
Trata-se de um dispositivo capaz de analisar a luz de uma estrela e detectar um ligeiro bamboleio gravitacional nela, ocasionado pela presença de planetas por perto. Contudo, para um planeta tão pequeno como o de Alfa Centauri B, foi preciso medir diferenças de velocidade da ordem de 51 cm/s (a velocidade de uma caminhada). O desempenho ideal do Harps vai até 40 cm/s.
Por essa razão, apesar do entusiasmo, os astrônomos estão recebendo a empolgante notícia com um pé atrás.
"É possível, mas não dá para ter certeza de que o planeta está mesmo lá sem fazer uma análise bem detalhada, que consumirá muito tempo", diz Sylvio Ferraz Mello, astrônomo do IAG-USP especialista em dinâmica orbital.
O estudo foi publicado online pela revista científica britânica "Nature", e o mais entusiasmante nele não é tanto o que se viu, mas sim o que não se viu.
"O planeta deve ser muito quente para ter vida tal como a conhecemos", diz Stéphane Udry, um dos co-autores do estudo. "No entanto, esse pode muito bem ser um planeta num sistema de vários."
O que pode significar a existência de um planeta na região habitável de Alfa Centauri. O duro será enxergá-lo com as tecnologias atuais.
De toda forma, a perspectiva está aí: talvez não só não estejamos sós no Universo como os vizinhos mais próximos estejam logo ali, no próximo quarteirão.
Temos muito para garimpar no espaço. Seremos capazes de colonizar planetas no universo? Vamos predar recursos naturais em outros planetas? Assim as pesquisas reforçam o método capitalista de explorar. 28/10/12.

China censura "NYT" após reportagem sobre fortuna de premiê

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A China censurou nesta sexta-feira o site do "New York Times" após o jornal americano publicar uma reportagem que faz referência à fortuna do primeiro-ministro do país, Wen Jiabao.
Segundo a publicação, o premiê conseguiu acumular US$ 2,7 bilhões durante seu mandato como chefe de governo, iniciado em 2003. O Ministério das Relações Exteriores afirmou que a notícia "difama" a China.
"Este tipo de artigo difama a China e obedece a preconceitos", declarou Hong Lei, porta-voz da pasta.
As autoridades do país bloquearam o acesso no principal serviço de microblogs do país, Sina Weibo, a qualquer busca com as palavras "Wen Jiabao" ou "New York Times". O site do jornal americano também estava inacessível após as revelações comprometedoras para o Partido Comunista.
A mãe de Wen era uma simples professora no norte da China e seu pai criava porcos durante as campanhas maoístas de trabalhos forçados no campo, recorda o jornal na reportagem publicada na quinta-feira.
Com 90 anos, Yang Zhiyun, a mãe do primeiro-ministro, "não apenas saiu da pobreza, como de maneira inquestionável ficou rica", afirma o "NYT", que cita em particular um investimento de US$ 120 milhões feito há cinco anos em nome de Yang em uma empresa chinesa de serviços financeiros.
"Em muitos casos, os nomes de parentes [de Wen Jiabao] se escondem atrás vários muros e vetores de investimentos implicam amigos, colegas de trabalho e sócios", explica o jornal.
O jornal informa que a família do chefe de governo possui interesses diversificados em bancos, joalherias, balneários, empresas de telecomunicações e projetos de infraestrutura, que muitas vezes recorrem a empresas offshore.
Em muitos investimentos, algumas das poderosas empresas estatais chinesas têm um papel preponderante. Suas decisões dependem muitas vezes das agências governamentais supervisionadas por Wen Jiabao.
Verdade inconveniente em um país de discurso de socialismo de mercado. Post e comente a temática! 28/10/12.

Novo mapa global da ciência na revista "Nature" destaca o Brasil

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A revista científica britânica "Nature", uma das mais importantes do mundo, destaca em sua edição de hoje as mudanças que estão afetando a geografia da ciência.
Segundo o periódico, novas redes regionais de colaboração entre cientistas estão aumentando a capacidade de pesquisa de países de economia emergente, entre eles o Brasil, e mudando o equilíbrio global da ciência.
As superpotências da área, os EUA e a Europa, que vêm dominando a pesquisa desde 1945, podem perder a primazia nas próximas décadas, afirma a "Nature".
Editoria de Arte/Folhapress
Os países com mais tradição científica, caso se acomodem, podem deixar de ser os grande procurados para colaborações e ter de "suplicar" por elas, conforme redes regionais de colaboração no Pacífico e em países de língua árabe crescem, por exemplo.
Segundo a revista, o Brasil possui uma emergente rede de pesquisa na América Latina. A despeito da diferença linguística, o país dobrou sua colaboração científica com Chile, Argentina e México nos últimos cinco anos.
Na edição da "Nature", há também um texto do diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Carlos Henrique de Brito Cruz, em que ele apresenta números robustos da ciência nacional: 35 mil artigos científicos no ano passado, levando o Brasil à 13ª posição mundial no número de publicações.
Contudo, o país ocupa apenas a 35ª posição no ranking de impacto da pesquisa. "Durante uma fase do desenvolvimento científico, é importante enfatizar a quantidade da produção, mas já atingimos um estágio em que devemos incluir na agenda a questão do impacto", disse Brito Cruz à Folha.
A média de citações de artigos de cientistas brasileiros (principal medida de sua importância para a comunidade científica) em 2011 foi 65% da média mundial. Pior, é a mesma proporção de 1994. O número já foi 75% em fins da década de 2000.
Brito Cruz propõe que o governo desenvolva um plano de apoio a algumas universidades, que as coloque entre as cem melhores do mundo em uma década. "Deve haver uma concertação nacional, em nível federal e estadual, para montar um plano de programa de excelência para algumas universidades."
Para ele, esse programa deve prever "uma autonomia real para as universidades federais, um sistema totalmente baseado no mérito, um plano agressivo de internacionalização e um sistema mais rigoroso na seleção de alunos e pesquisadores".
"Não adianta só ter dinheiro, as melhores universidades precisam ter os melhores alunos e professores", diz.
E a educação pede licença para um salto de qualidade no país. Será que os nossos governantes não percebem que o caminho mais fácil para a notoriedade internacional são as universidades? O quadro docente está motivado? E os discentes? Querem terminar os seus estudos no Brasil? Post e comente a temática. Vocês são o público alvo! 24/10/12. 

Setembro tem recorde de calor e de gelo na Antártida

Posted by João Luis

O mês passado foi o setembro mais quente já registrado na Terra, dizem cientistas de uma agência governamental americana que estuda o clima e o oceano.
A média da temperatura global dos continentes e dos oceanos no mês passado foi de 15,67º C ou 0,67º C acima da média geral do século 20.
A temperatura média global só dos continentes em setembro foi a terceira mais quente já registrada para esse mês.
A Rússia central, o Japão, o oeste da Austrália, o norte da Argentina, o Paraguai, o oeste do Canadá e o sul da Groenlândia tiveram temperaturas maiores que a média em setembro, enquanto o leste da Rússia, o oeste do Alasca, a África do Sul, grande parte da China e partes do Centro-Oeste superior e sudeste dos Estados Unidos registraram temperaturas notavelmente abaixo da média.

Nasa/AFP
Imagem do gelo antártico tirada pelo satélite Aqua, da NASA
Imagem do gelo antártico tirada pelo satélite Aqua, da NASA
POLOS OPOSTOS
A cobertura de gelo no Ártico atingiu seu menor nível histórico no último mês, enquanto a Antártida registrou sua maior cobertura de gelo na história.
"A magnitude dos recordes em cada região (ártica e antártica) é muito diferente", diz Deke Arndt chefe do monitoramento climático da agência americana. "O Ártico está deixando todos os recordes para trás, não existem superlativos suficientes para descrever o que vem acontecendo lá nos últimos cinco ou seis anos".
Para contextualizar o atual recorde negativo de gelo no Ártico, basta comparar com o último recorde, registrado em 2007, quando especialistas disseram que a queda na cobertura de gelo no Polo Norte era "assombrosa" e um sinal claro da aceleração do aquecimento global.
Portanto se o recorde de gelo na Antártida é o "rei do pedaço", diz Arndt, "o recorde que o Ártico vem construindo é totalmente diferente. A mudança é maior, mais rápida e está estabelecendo novas características na região".
As condições do Ártico são importantes, já que a região é às vezes chamada de "ar condicionado da Terra" por sua capacidade de influenciar a temperatura no planeta.
O aumento do gelo antártico, apesar de contraintuitivo, é devido a mudanças no padrão dos ventos, o acaba que empurrando o gelo do mar para fora, aumentando a sua extensão.
"Um mundo mais quente pode ter consequências complexas e às vezes surpreendente ", disse pesquisador Ted Maksym, de um navio de pesquisa australiano cercado por gelo marinho da Antártida.
David Vaughan, da Pesquisa Antártica Britânica diz que "sim, o que está acontecendo na Antártica tem as impressões digitais da atuação humana nas mudanças climáticas." 
Mudanças climáticas que deixam a todos nós sem entender mais nada. Clima "maluco beleza". Post e comente a temática! 19/10/12

Lula diz que Chávez deveria "começar a preparar um sucessor"

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a "a democracia é um exercício de alternância de poder" e que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, deveria começar a preparar um sucessor. As declarações foram dadas em entrevista ao jornal argentino "La Nación" publicada nesta quinta-feira.
Lula negou que tenha declarado apoio aberto à reeleição do venezuelano e defendeu a importância de revezar "não apenas pessoas mas também setores da sociedade". Afirmou que, enquanto presidente, proibiu que o PT apresentasse uma proposta de emenda que permitisse sua segunda reeleição.
No último dia 7, Chávez, que tem 58 anos e está no cargo desde 1999, foi reeleito para mais um mandato com duração de seis anos que termina em 2019.
Na entrevista, o brasileiro destaca que preferia Chávez a seu adversário nas urnas, Henrique Capriles, porém sugere que ele comece "a preparar sua sucessão". "Porque a Constituição permite que Chávez seja candidato por uma quarta vez, mas, quando ele perder, os adversários também poderão se apresentar quantas vezes queiram, e isso eu não acho que será bom."
"Foi por isso que eu mesmo não quis um terceiro mandato. Porque, se o fizesse, teria querido um quarto e, depois, um quinto. Então, se os quero para mim, os quero para todos. E, para a democracia, a alternância de poder é uma conquista da humanidade, e por isso é preciso mantê-la", afirmou. 
Muito interessante a posição de Lula. Pena que na verdade o discurso seja demagógico. Colocar Dilma no poder é teoricamente garantir sua volta em 2014 ou 2018. O seu partido não aceita perder nenhuma eleição. Após as eleições para as prefeituras no Brasil, Dilma fala em reforma ministerial. Por que? Não apoiou os candidatos do partido são eliminados? Gestão BIG BROTHER? Post a respeito da temática! 19/10/12

Colômbia e Farc dão pontapé inicial a diálogo de paz na Noruega

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O governo da Colômbia e as Farc deram início nesta quinta-feira, com a mediação do governo norueguês, a sua quarta tentativa de chegar à paz. O anúncio foi feito na presença de ambas as delegações, em um hotel nos arredores de Oslo, sob forte esquema de segurança. Os jornalistas presentes chegaram a ser revistados.
O diálogo começou em um lugar secreto, em território norueguês, e depois, será transferido para Havana. A expectativa é a de que dure meses. Esse diálogo é a segunda fase de um acordo obtido em agosto passado, em Havana, depois de mais de seis meses de conversa sigilosas.



Policial guarda hotel nas proximidades de Oslo onde delegações da Colômbia e das Farc falaram a jornalistas
Policial guarda hotel nas proximidades de Oslo onde delegações da Colômbia e das Farc falaram a jornalistas
Os negociadores do governo colombiano têm como chefe o ex-vice-presidente Humberto de la Calle. Na entrevista, ele afirmou que o primeiro assunto a ser debatido na terceira fase, que se abrirá em Havana, em 15 de novembro, será a reforma agrária. No anúncio, ele também cobrou dos negociadores discrição.
Com De la Calle estão também o Alto Conselheiro para a Paz, Sergio Jaramillo; Luis Carlos Villegas, presidente da Associação Nacional de Empresários da Colômbia (Andi); e dois generais reformados, Jorge Enrique Mora Rangel e Óscar Naranjo.
Entre os demais assuntos estão a concessão de direitos políticos aos rebeldes desarmados; a abdicação das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) do tráfico de drogas; e o pagamento de restituição às vítimas do confronto. Outro objetivo é o fim do conflito armado. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, ainda não aceitou um cessar-fogo.
Pelo lado das Farc o líder é o número dois da organização, chamado de "Ivan Márquez". "Nosso sonho é a paz com justiça social", disse nesta quinta-feira, aos jornalistas. "Viemos à mesa com projetos para alcançar a paz definitiva, viemos com o acumulado de uma luta histórica pela paz. Viemos buscar a vitória da solução política sobre a guerra civil que destrói a Colômbia."
Com ele estarão "Ricardo Téllez", apelido de Rodrigo Granda; Jesús Emilio Carvajalino ou "Andrés Paris"; e Luis Alberto Albán ou "Marcos León Calarcá".
O grupo ainda quer a presença de "Simón Trinidad", apelido de Juvenal Ricardo Ovídio Palmear, que cumpre pena de 60 anos de prisão nos EUA pelo sequestro de contratistas do Pentágono em 2003. A ministra da Justiça da Colômbia, Ruth Stella Corera, afirmou que existe a possibilidade do guerrilheiro participar da reunião via videoconferência.
Noruega e Cuba desempenham o papel de fiadores do novo processo de paz que visa dar fim a um conflito de quase 50 anos entre as Farc e o Exército colombiano. Conforme dados oficiais, 600 mil pessoas já morreram nos confrontos. Venezuela e Chile foram designados observadores. 
Finalmente parece chegar ao fim a relação entre o narcotrafico e a origem do grupo marxista as farc. Agora vamos observar a real deposição de armas e a nova liderança da América do Sul ,Juan Santos, atual presidente da Colômbia. Post e comente a temática! 18/10/12

Reeleito, Hugo Chávez coloca chanceler na Vice-Presidência

Posted by João Luis

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, nomeou Nicolás Maduro como seu vice, nesta quarta-feira. Maduro tem 48 anos e era um dos ministros mais longevos de Chávez, ocupando desde 2006 o Ministério das Relações Exteriores.
No seu novo cargo, Maduro pode ter de substituir Chávez se o tratamento que ele faz desde junho passado contra um câncer o impedir de exercer a Presidência.
Na Venezuela, o cargo de vice-presidente é de livre nomeação do governo, e não eleito ao lado do mandatário, como no Brasil.



Nicolás Maduro (à esq.) e Hugo Chávez cumprimentam partidários durante ato de campanha em Sabaneta
Nicolás Maduro (à esq.) e Hugo Chávez cumprimentam partidários durante ato de campanha em Sabaneta
Chávez, que tem 58 anos e está no cargo desde 1999, foi reeleito no domingo passado para mais um mandato com duração de seis anos que começa em 2013.
De acordo com a Constituição venezuelana, se Chávez for obrigado a deixar a Presidência até o quarto ano de seu novo mandato, uma nova eleição presidencial deve ser convocada em até 30 dias. Se a ausência ocorrer no biênio final do mandato, é o vice quem deve leva-lo a cabo.
Em quase 14 anos na Presidência, Chávez já nomeou sete vices --alguns deles acumularam a função com outros ministérios--, e não houve longos períodos com o posto sem titular.
O atual vice, Elias Jaua, deixa o cargo ainda nesta semana para se candidatar a governador nas eleições de dezembro que vem. Na despedida, de acordo com informações do jornal venezuelano "El Universal", Chávez o agradeceu pelo trabalho e por "tê-lo aguentado".
O rival dele será Henrique Capriles, que concorreu contra Chávez nesta última eleição presidencial.
Maduro nasceu em 23 de novembro de 1962, em Caracas. Ao lado da Chancelaria, ele ocupava, desde 2010, a vice-presidência do Conselho de Ministros. 
A galera da esquerda não quer largar o poder de forma nenhuma. Eleições democráticas? Uso da máquina pública? Ditador ou líder carismático? Post e comente a temática! 11/10/12

"A demografia não é um destino", diz diretor do Fundo de População da ONU

Posted by João Luis

Em outubro de 2011, a ONU anunciou que a humanidade tinha atingido a marca de sete bilhões de pessoas. Oito meses depois, em junho, a mesma entidade revelou que 222 milhões de mulheres no mundo querem evitar a gravidez, mas não têm acesso a métodos contraceptivos modernos. Dessas, 162 milhões estão nos 69 países mais pobres do mundo, especialmente em áreas rurais.
Para o diretor-executivo do Fundo de Populações das Nações Unidas, o nigeriano Babatunde Osotimehin, isso mostra que a demografia não é um destino. Em entrevista à Folha, ele defendeu a importância de garantir às mulheres meios de decidir se e quando ter filhos como forma de desacelerar o crescimento populacional e dar mais qualidade de vida para as pessoas. Mas alertou: apenas a redução da taxa de natalidade não será suficiente para garantir o desenvolvimento sustentável do planeta.
Leia os principais trechos da entrevista:
Folha - Muitos estudos científicos mostram que estamos ultrapassando vários limites do planeta, ao mesmo tempo em que a população mundial cresce em ritmo acelerado. Que tipo de perspectiva essas duas realidades trazem para a humanidade?
Babatunde Osotimehin - Quando se fala dos desafios ambientais e das mudanças climáticas, a resposta não está apenas no crescimento populacional. Neste exato momento em que conversamos, a parte do mundo que está contribuindo com a maior pegada de carbono não é o mundo em desenvolvimento, onde a população cresce. É muito importante ter isso em mente. Por outro lado, nesses locais onde a população está crescendo a aspiração é chegar à classe média e ter um consumo similar ao que existe no mundo desenvolvido hoje. Por isso precisamos de um novo paradigma para tratar dessa questão, por isso se fala tanto na economia verde.
De qualquer forma, desacelerar o crescimento da população parece importante...
Sim, e para isso é fundamental dar condições para mulheres e meninas fazerem suas próprias escolhas. É preciso assegurar que elas tenham acesso aos serviços de saúde reprodutiva, especialmente ao planejamento familiar, para que possam optar por ter apenas o número de filhos de que possam cuidar. Isso fará diferença não apenas para as mulheres, mas também para os orçamentos domésticos e para os países.
O que o senhor achou do fato de que, por pressão do Vaticano, a menção aos direitos reprodutivos femininos acabou excluída do documento final da Rio+20 [Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorreu em junho no Rio]?
Eu prefiro ver o copo meio cheio, não meio vazio. Quando o primeiro rascunho do documento foi divulgado, ele sequer mencionava a palavra saúde [a redação final fez menção à saúde reprodutiva]. Então trilhamos um longo caminho até aqui. E o documento final reitera a agenda que resultou da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, a agenda do Cairo. Isso significa que os direitos reprodutivos estão citados de forma implícita.
Quando se fala dos problemas ligados ao crescimento da população, muita gente os associa às previsões de Malthus [que dizia que a expansão da produção de alimentos não iria acompanhar o ritmo de expansão da população e aconselhava a abstinência sexual para diminuir a natalidade]. O senhor vê similaridades?
O malthusianismo não tem nada a ver com as discussões atuais. O jeito que abordamos a questão do crescimento populacional é diferente. Hoje muitos países têm políticas e programas específicos para o tema. O Brasil é um exemplo. Em 30 anos, o número de filhos por mulher caiu consideravelmente. E o mesmo está acontecendo em muitos outros países. Quanto mais conseguirmos engajar os governos, mais o que aconteceu aqui vai acontecer também em outros lugares.
Relatório recente divulgado pelo UNFPA destaca que a média das projeções populacionais apontam que seremos 10 bilhões ao fim do século, mas há estimativas que chegam a 16 bilhões...
A demografia não é um destino. A questão é o que faremos para não ultrapassar essa projeção média. Precisamos dar o poder de escolha para as mulheres. Mas muitos países no sul global ainda têm uma população muito jovem e assistirão ao crescimento de suas populações. Só que ele não será tão rápido como tem sido se as medidas necessárias forem tomadas.
Por outro lado, o envelhecimento da população também é um problema.
Essa é outra questão que deve ser abordada. Alguns países no mundo já estão elaborando políticas sociais para garantir que a população envelheça com dignidade. Porque isso vai ter consequências nas aposentadorias, nos serviços sociais, no sistema de saúde, na habitação, nos transportes... É algo para o qual não estamos preparados. E claro que esses países também vão perder competitividade. A produtividade vai cair porque eles não vão ter o mesmo contingente de jovens na indústria, nos serviços... Por isso, alguns países já estão fazendo esforços para rejuvenescer suas comunidades. A Dinamarca, por exemplo, conseguiu elevar o número de filhos por mulher, que estava abaixo de 2 e agora está em 2,1 ou 2,2. E isso só foi possível porque criaram uma série de políticas amigáveis para as mulheres, com licenças maternidade mais longas, segurança no trabalho e instalações para crianças nas proximidades dos locais de trabalho. Cada país tem que achar a solução para os seus desafios.
O senhor falou da perda de produtividade decorrente do envelhecimento da população, exatamente num momento em que o mundo precisa aumentar a produtividade para alimentar sua população crescente sem aumentar a pressão sobre recursos naturais. Isso não torna o desafio ainda mais difícil?
Isso nos leva de volta à questão da economia verde. No hemisfério sul há muitos jovens que estão em busca de educação, em busca de empregos, e eles podem ajudar a aumentar a produção de alimentos e de outros bens sem causar desequilíbrios ao meio ambiente. Não podemos esquecer que vivemos em um mundo globalizado, onde muito possivelmente as maçãs que são comidas em Nova York foram produzidas na África do Sul.
E qual o papel que a ciência e a tecnologia terão nesse novo cenário?
Um papel crucial. Em meados dos anos 60, havia uma previsão interessante de um dos maiores pesquisadores do mundo sobre população. Ele dizia que a Índia iria colapsar porque não seria capaz de alimentar sua população em crescimento. Mas a produção de comida na Índia cresceu tremendamente. E as tecnologias para aumentar a produção agrícola vão continuar a fazer diferença no futuro. Tem também a questão da água. Vamos ter que desenvolver tecnologias que nos permitam utilizar a água de forma melhor.
Quando se fala sobre crescimento populacional, o foco sempre está nas mulheres. Claro que são elas que dão à luz os filhos, mas o senhor não acha que deveria haver uma tentativa de envolver mais os homens nessa discussão?
Você está absolutamente correta. Nós sabemos que muitas decisões tomadas tanto no nível macro quanto no micro têm a participação dos homens. Em algumas culturas, até mesmo a decisão de a mulher ir para o hospital ou tomar medicamentos depende do homem. É essencial envolvê-los na discussão.
Em muitos países, questões religiosas e culturais acabam funcionando como uma barreira ao planejamento familiar. Como mudar isso?
Essas questões têm que ser abordadas com base na realidade de cada país. Temos que engajar os governos e as partes interessadas para garantir acesso aos serviços. É preciso fazer um diagnóstico de cada comunidade para ver qual a melhor forma de fazer isso.
E o senhor acha que o aborto deveria ser uma opção para uma mulher que teve uma gravidez indesejada?
O Fundo de População da ONU apoia o que já foi acordado na ONU, de que nos países onde o aborto é legal, ele tem que ser seguro. Mas é importante enfatizar que, se formos capazes de atender as necessidades das mulheres por planejamento familiar, vamos reduzir os abortos, porque elas terão o poder de fazer escolhas antes que seja tarde demais. 
Preocupação mundial! Post e comente a temática! 10/10/12

China, parceira pouco entusiasmada de Chávez

Posted by João Luis


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Em 38 anos de relações diplomáticas entre China e Venezuela, Caracas realizou sete visitas presidenciais a Pequim. Seis delas ocorreram a partir de 1999, o começo da gestão Hugo Chávez. Desde então, a balança comercial cresceu de US$ 1,9 bilhão para US$ 10,3 bilhões em 2010, ano em que o país caribenho se converteu no Estado recipiente do empréstimo mais alto emitido por entidades bancárias chinesas, cerca de US$ 20 bilhões.
A explicação desse aumento vertiginoso está nos empréstimos chineses com pagamento em petróleo, que já somam US$ 38 bilhões. Na base desse esquema está o Fundo Misto Sino-Venezuelano, criado em 2008 para obras de infraestrutura e até a compra de um satélite.
Mas esse intercâmbio comercial não é proporcional ao interesse chinês de investir na Venezuela, na opinião de Wang Peng, da Academia de Ciências Sociais da China, o “think tank” mais influente do país. Especialista em Venezuela, Wang afirma que as circunstâncias do país, que, por 12 anos, tem sido cenário de experimentação política, econômica e social do chamado socialismo bolivariano, estão afugentando os investidores chineses.
A afirmação contrasta com um Chávez que, em seu terreno, sempre se mostra confiante na fortaleza dos nexos estabelecidos com a China, país que, em seu discurso, ainda chama de “a nação de Mao Zedong”. De fato, suas descrições da China, após visitas à capital asiática, parecem tão pouco ajustadas à realidade que boa parte dos venezuelanos se surpreende ao escutar que Pequim está abarrotada de carros Audi e lojas Chanel.
Mais além disso, Chávez acelerou a relação comercial. No começo de sua gestão, em 1999, a balança com a China fechou em déficit de US$ 1,3 bilhão. Quatro anos depois, a situação se reverteu numa espécie de ponto sem retorno, com a ressalva de que os envios venezuelanos praticamente se resumem a petróleo.
Para colocar em números, basta olhar as cifras de 2008, ano en que o intercâmbio alcançou o máximo histórico de US$ 9,6 bilhões. As exportações venezuelanas somaram US$ 6,5 bilhões, mas apenas US$ 270 milhões eram de exportações não petroleiras, segundo o Banco de Comércio Exterior da Venezuela.
Ao todo, o petróleo representou 78,3% das vendas venezuelanas a China entre 2007 e 2009, de acordo com a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal). O país passou a exportar anualmente 1,2 milhão de toneladas de petróleo no início da gestão Chávez para 20 milhões uma década depois.
Alguns economistas venezuelanos têm criticado constantemente essa variação alegando que, além de crescente, essa aliança comercial nos términos estabelecidos não é favorável para a Venezuela. Pelo contrário, está se transformando numa camisa de força. A pergunta é se o país realmente tem capacidade para diversificar a balança e se a China está interessada em algo além do petróleo.
O analista chinês joga por terra as especulações e sentencia que os investidores chineses não têm interesse em fincar pé em terras bolivarianas. Afirma que o incremento da violência, as regras do jogo econômico e o ambiente político radicalizado e intolerante explicam a situação. Wang inclusive acredita que outorgar empréstimos ao governo Chávez é “um pouco arriscado, embora muito lógico proque o governo chinês quer assegurar o petróleo”.
De fato, entre 1990 e 2009 o investimento direto chinês na Venezuela foi de apenas US$ 240 milhões, segundo a Cepal. No Peru, país com dimensões semelhantes, o investimento vindo de Pequim alcançou US$ 2,3 bilhões. “Os riscos políticos na Venezuela são muito altos”, afirma Wang. “O governo [Chavez] está tentando centralizar o poder para controlar a economia. As empresas estrangeiras não podem obter dólares ou transferir seus lucros aos países de origem. As divergências políticas são fortes entre o partido governista e os da oposição. A situação doméstica realmente preocupa o investidor chinês”.
Wang também descarta a possibilidade _aventada por Chavez em sua aproximação inicial_ de que a China se transforme no padrinho político venezuelano em sua luta “contra o império”, numa relação similar entre a da URSS com Cuba na Guerra Fria. “A China compreende que uma parceria baseada na lógica política prejudicaria seus intereses no longo prazo, porque uma mudança de governo poderia arruinar toda a cooperação alcançada previamente. Então, na opinião de Pequim, os acordos entre China e Venezuela são altamente comerciais”.
Henrique Capriles Radonski, o opositor de Chávez neste domingo (7), se diz favorável a continuar a aproximação com Pequim, mas adverte que revisará os acordos em vigor. Caso haja incompatibilidade con o marco legal venezuelano, afirma, os acordos serão rediscutidos. Capriles adianta que os acordos creditícios sobre a garantia de envios petroleiros, por exemplo, contradizem o marco legal venezuelano.
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Paula Ramón  jornalista venezuelana. 10/10/12