A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, ficará um mês de repouso por motivos de saúde, em plena campanha para as eleições legislativas de 27 de outubro. No sábado, ela se submeteu a uma avaliação neurológica no Instituto de Neurociências, que diagnosticou uma “coleção subdural crônica”. No último dia 12 de agosto, Cristina sofreu um traumatismo craniano. Ela teria sofrido uma queda, mas a Presidência não informa como foi o acidente.
Os 30 dias de repouso, recomendado pelos médicos, coincidem com a reta final da campanha para as eleições para renovar metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado. Atualmente, Cristina – que esta na metade de seu segundo mandato – conta com a maioria no Congresso. Nas primárias, realizadas em agosto passado, o kirchnerismo sofreu a pior derrota em dez anos, desde que Nestor Kirchner foi eleito presidente em 2003 e foi sucedido por sua mulher, Cristina, reeleita em 2011.
Preocupação
O anúncio de que a presidente está com um hematoma na cabeça levantou dúvidas sobre o real estado de saúde da presidente. Para alguns médicos argentinos, o diagnóstico de hematoma subdural crônico, quando há um acúmulo de sangue próximo à meninge dura-mater (que fica entre o crânio e o cérebro), deve ser tratado com cirurgia, e não com 30 dias de repouso.
“É difícil fazer uma avaliação sem ver as imagens. Mas, se em um mês o hematoma não regrediu, é caso para cirurgia, não para repouso”, disse o neurologista argentino Moisés Shapira.
A presidente passou a manhã de sábado com fortes dores de cabeça e arritmia cardíaca. Foi levada a um hospital e, após uma série de exames, foi diagnosticada com a lesão. “Esse tipo de quadro não provoca arritmia. Isso pode ser consequência de coisa mais grave”, disse Shapira.
Para o neurocirurgião brasileiro Paulo Niemeyer, é normal que o hematoma apareça até dois meses após a pancada. O tratamento, ele diz, é geralmente feito com corticoides. E o repouso absoluto não é necessário. “É recomendado que o paciente não faça exercícios e atividades que demandem muito esforço, mas ele pode trabalhar”, explica.
Caso o sangue acumulado não seja reabsorvido pelo corpo, a presidente terá que operar. “Porque compressão cerebral pode levar à perda de movimentos do corpo”, afirma Niemeyer. (das agências de notícias)
Post e comente a temática! 09/10/13.
0 comentários:
Postar um comentário