A Venezuela se retirou, nesta terça-feira, da Convenção Americana de Direitos Humanos (CADH), que segue as políticas internacionais dos EUA e tem sido contrária ao governo socialista venezuelano há anos.
A saída formal da Venezuela da CADH foi anunciada há 12 meses e veio um dia após o líder da oposição, Henrique Capriles, enviar documentos à Convenção acusando o presidente Nicolas Maduro de fraudar as eleições de 14 de abril.
Maduro, que se apresenta como um discípulo socialista de Hugo Chavéz, disse nessa semana que seu antecessor corretamente percebeu que a soberania e o orgulho da Venezuela estavam em jogo, devido ao preconceito demonstrado por membros da Convenção.
"O chamado sistema de direitos humanos, a Corte Interamericana e a Convenção são subprodutos de um instrumento de perseguição contra os governos progressistas que começou com a chegada do presidente Chavéz", disse ele em uma conferência na segunda-feira.
Outros países latino-americanos de esquerda, incluindo Bolívia, Equador e Nicarágua, também têm sido muito críticos à CADH.
Entretanto, a União Democrática, partido de oposição de Capriles, afirmou que a saída da Convenção foi "um dos mais sérios atos contra os direitos humanos que o atual governo realizou."
Organizações de direitos humanos também criticaram a saída da Venezuela, dizendo que a ação irá fomentar a impunidade e a corrupção na nação de 29 milhões de pessoas. Chávez, que morreu de câncer no começo do ano, acusou a CADH de apoiar um golpe de 2002 contra ele, e em 2008 a Suprema Corte da Venezuela se recusou a obedecer uma decisão da CADH sobre a demissão de alguns juízes.
E a ditadura continua. Post e comente a temática! 10/09/13.
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