Assunção, 14 ago (EFE).- Após desembarcar na capital paraguaia no início da noite e ter mantido um breve encontro com Horacio Cartes antes de sua posse, prevista para ser realizada amanhã, quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff destacou a importância que os fundos de desenvolvimento do Mercosul têm para o Paraguai.
"Acho que para o Mercosul a entrada do Paraguai é muito importante e também acho que para o Paraguai é muito importante voltar ao Mercosul", declarou Dilma aos jornalistas em sua chegada ao hotel Bourbon de Assunção, onde ficará hospedada.
O Mercosul suspendeu o Paraguai do bloco em junho de 2012, após a destituição do então presidente, Fernando Lugo, em um julgamento político no Parlamento.
A suspensão do Paraguai do bloco, formado pela Argentina, Brasil, Uruguai e Venezuela, terminará justamente amanhã, após a posse de Cartes, que deu a entender que, por enquanto, priorizará a reconstrução das relações bilaterais com seus sócios.
Cartes rejeita a entrada da Venezuela no bloco, aprovado durante a suspensão do Paraguai, e, por isso, não convidou o presidente Nicolás Maduro para sua cerimônia de posse, um fato que acabou motivando a ausência das autoridades equatorianas, contrárias a essa medida. Além do Equador, a Bolívia, sem emitir qualquer explicação, também cancelou sua participação.
Após se reunir brevemente com Cartes em sua residência, Dilma lembrou que o Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), "que fundamentalmente privilegia os países que mais precisam", como o Paraguai, emprestou ao país US$ 550 milhões "para construir a linha (de alta tensão) que assegura a absorção de energia elétrica de Itaipu", compartilhada com o Brasil.
"É algo muito importante. Sem isso, haveria dificuldades de estruturar o financiamento e, hoje, o Mercosul conta com fundos bastante significativos para esses projetos de integração da estrutura" elétrica do continente, finalizou Dilma.
Cartes parece não ceder a sua posição contrária a presença da Venezuela no bloco. O Brasil por sua vez tenta mostra o tamanho da perda do Paraguai em não voltar para o MERCOSUL. A América do Sul fica mais uma vez dividida, Equador e Bolívia não estarão presentes a posse de Cartes. Estaria o Paraguai mais interessado na Aliança do Pacifico como observador? A economia do país cresce mais fora do bloco? Fim de apoios a governos de esquerda na Sul América? Comentem a temática! 16/08/13.
3 comentários:
Mas professor, vale mais a pena ter a Venezuela no bloco do que ter o Paraguai?
E agora João, mais uma novidade. O Brasil pretende fazer uma aliança unificada com a UE. Entretanto para isso acontecer, muita coisa deve mudar, principalmente as tarifas, as zonas de livre comercio, o que segundo a a regra do Mercosul proibe paises de assinar unilateralmente com outros blocos. Isso tem algum risco do Brasil, mesmo sendo um dos líderes, sair do Mercosul?
Portela, não se trata de valer a pena. A questão é a perda política em ter a saída de um membro fundador do bloco.
Deivide, uma aliança do Brasil com a UE de fato teria de mudar as regras comerciais do Mercosul para ocorrer, entretanto, tantas mudanças já foram feitas no regimente, que essa seria apenas mais uma. Com certeza a mudança será feita. Valeu pelos comentários de vocês.
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