A Petrobras atingiu, no mês de março, novo recorde mensal de processamento de petróleo nas suas refinarias no Brasil, anunciou a estatal nesta sexta-feira (4). A carga média processada foi de 2,151 milhões de barris de petróleo por dia (bpd), o que representa um volume de 12 mil bpd superior ao recorde mensal anterior de 2,139 milhões de bpd, obtido em julho de 2013.
No primeiro semestre de 2013, as refinarias no Brasil processaram uma média de 2 milhões e 92 mil barris de petróleo por dia, com cinco recordes mensais de processamento, além de três de produção de diesel e de gasolina. No mesmo período, produziram cerca de 2 milhões e 132 mil barris de derivados por dia. A Petrobras estima que a produção de derivados em milhões de barris por dia chegue a 2,4 milhões em 2016 e 3 milhões em 2020.
"O resultado atingido reafirma a busca contínua da Petrobras pelo aumento da eficiência operacional das refinarias, reflexo da gestão integrada do sistema de abastecimento, contribuindo para a redução das importações de derivados. A marca foi alcançada respeitando os princípios de Segurança, Meio Ambiente e Saúde que norteiam as ações da companhia", reforça a estatal.
As refinarias transformam o óleo bruto extraído dos campos em diversos produtos. São 14 em funcionamento e quatro com obras sendo concluídas ou com projetos sob análise. Uma das que estão em atividade, a Refinaria Potiguar Clara Camarão, produz diesel, nafta petroquímica, querosene de aviação e, desde setembro de 2010, gasolina automotiva, o que tornou o Rio Grande do Norte o único estado do país autossuficiente na produção de todos os tipos de derivados do petróleo.
É a primeira refinaria do Brasil batizada com o nome de uma mulher, uma homenagem à índia brasileira que se casou com Poti, chefe da tribo Potiguares, e junto a ele adotou o sobrenome Camarão, tradução exata do nome Poti. Clara Camarão nasceu no início do século 17 e tornou-se heroína ao liderar um grupo de nativas contra a colonização holandesa numa batalha em Porto Calvo, Alagoas, no ano de 1637.
Outra é a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), uma das maiores do Brasil em capacidade instalada de refino de petróleo. Iniciou a produção em 1961 e hoje é responsável por 80% da produção de lubrificantes e pelo maior processamento de gás natural do Brasil. Possui também o maior portfólio dos produtos da Petrobras (no total, são 55 produtos processados em 43 unidades).
A Petrobras tem outras refinarias para serem inauguradas. A Refinaria Abreu e Lima deve produzir óleo diesel, complementando a oferta do produto no mercado brasileiro, que depende de importações. Adicionalmente, a refinaria produzirá outros derivados como nafta; coque de petróleo; gás liquefeito de petróleo (GLP); gasóleo pesado de coque para ser usado como óleo combustível na indústria ou combustível marítimo (bunker); e subproduto ácido sulfúrico. Em outubro, a refinaria tinha 82% das obras concluídas, com previsão do início de produção para novembro de 2014.
O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) está sendo construído no município de Itaboraí (RJ), e tinha cerca de 68% de avanço físico nas obras em janeiro de 2014.
A Premium I é construída no município de Bacabeira, a 60 km de São Luis (MA). Será a maior refinaria da estatal, com produção voltada para combustíveis de alta qualidade. Na primeira fase, será capaz de processar 300 mil barris/dia. Quando as obras estiverem totalmente concluídas, a capacidade de processamento chegará a 600 mil barris/dia. O projeto da Refinaria Premium I está em fase de avaliação.
A Refinaria Premium II, por sua vez, será localizado no estado do Ceará, no município de Caucaia, dentro da área do Complexo Industrial e Portuário do Pecém. O projeto está em reavaliação técnica e econômica para adequação aos parâmetros internacionais da indústria de petróleo e gás. Abastecerá tanto o mercado interno quanto o externo.
Os principais produtos que saem das refinarias são diesel, gás liquefeito de petróleo, gasolina, lubrificantes, nafta, óleo combustível e querosene de aviação. "Queremos produzir mais e também buscamos novos produtos. Com tecnologia própria, processamos o petróleo nacional, que tem como característica ser mais pesado, e conseguimos obter mais produtos nobres. Diminuímos a dependência de importação e aumentamos nossa eficiência operacional", diz a Petrobras.
A grande verdade é que por mais errado que os gestores façam, a empresa responde presente. Escândalos, fraudes, caixa 2 e tantas outras mazelas não conseguem falir a maior empresa do país. Post e comente a temática! 06/04/14.
3 comentários:
Maria Foster, creio que ontem, fez uma coletiva explicando e respondendo perguntas, algumas bem ácidas por sinal, sobre a Petrobras. Ela admitiu grandes erros cometidos na antiga gestão feita pelo Nestor Cerveró. Ao meu ver ela é uma pessoa que merece respeito, séria e de uma gestão muito boa, o que pensa a respeito dela? e sobre a A Refinaria Premium II, acha que beneficiara todo o nordeste?
Ela é apenas mais um instrumento do governo para desviar os verdadeiros interesses na Estatal. Não é de agora que a Petrobras paga a conta país para manter uma condição falsa de estabilidade na economia. A gasolina usada como freio da verdadeira inflação, negócios superfaturados para gerar possíveis caixas 2 e etc. Quanto as refinarias, não acho que os negócios sejam prioritários, visto que, os motivadores principais são pouco contundentes. Onde a produção atual do pré-sal justifica mais refinarias? Foster parece de fato ser séria, porém nesse governo ninguém sério fica. Espero errar na análise, porém.............Muito obrigado pela postagem. Você mostra conhecimento de causa. Valeu!
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