O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou na noite de quarta-feira que seu governo está preparado para retomar as negociações com os Estados Unidos. O diálogo, iniciado em julho, foi interrompido após o mandatário acusar Washington de bloquear a passagem do avião presidencial por Porto Rico.
Em discurso na Assembleia Nacional, o venezuelano condicionou a volta das negociações ao fim das medidas retaliatórias. "Já chega dessas perseguições às vezes infantis, de hostilidades. O governo americano tem que se analisar profundamente e entender que a Venezuela agora é um país independente de verdade".
Para Maduro, a retomada do diálogo deve ser com respeito. "Nós estamos prontos e preparados para nos sentarmos em qualquer mesa de negociação e ver se em algum momento podemos alcançar um ponto ótimo para relações positivas com os Estados Unidos".
Venezuela e Estados Unidos estão desde 2010 sem embaixadores em Washington e Caracas por causa da complicada relação diplomática entre o então presidente Hugo Chávez e Barack Obama. Desde então, os dois países são representados pelos encarregados de negócios.
Em julho, o chanceler venezuelano, Elías Jaua, se encontrou com o secretário de Estado americano, John Kerry. A iniciativa, no entanto, minguou em setembro, após a denúncia de Maduro sobre o bloqueio do avião presidencial em Porto Rico.
Como represália, Maduro expulsou a encarregada de negócios americana, o que levou a uma medida similar de Washington. Três meses depois, no entanto, John Kerry afirmou que os Estados Unidos estavam abertos ao diálogo com Caracas.
Em várias ocasiões, Maduro acusou Washington de travar junto à direita venezuelana uma "guerra econômica" contra seu governo, que levou a uma "inflação induzida" de 56% em 2013 e ao desabastecimento de produtos básicos. Os Estados Unidos sempre rejeitaram as acusações.
Apesar de suas relações tensas, os Estados Unidos continuaram sendo o principal comprador de petróleo da Venezuela durante os anos de Presidência de Chávez e Maduro. O país é o maior produtor de petróleo latino-americano e que conta com as maiores reservas petrolíferas do mundo.
Os tempos são outros. O CHAVISMO teve sua alta nos ides das ações bolivarianas no início das esquerdas no poder no final da Guerra Fria . Agora as relações comercias bilaterais ganham força em detrimento das regionais. Seria inteligente por parte da Venezuela não dialogar com o maior comprador de petróleo de seu país? E o seu papel na OPEP na atualidade como fica? Post e comente a temática! 17/01/14.
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